Previously on Fresh Blood:
Corri até casa e quando entro fico escandalizada com o que me deparo..
Oh merda..
Violet estava estendida no chão, com o pescoço desfeito e rastos de sangue. O rapaz giro que ela se referia só podia ser o meu transformador e isto foi a minha "prenda de regresso". Violet estava inconsciente e o meu pai devia estar a chegar dificultando o meu trabalho. Como iria eu limpar esta merda toda e ajudar Violet em 15 minutos? Dava jeito ser bruxa agora.
Primeiro tentei limpar os rastos de sangue e juro que senti os meus dentes cresceram ao sentir o cheiro do sangue da minha irmã. Sempre achei o tipo de sangue da Violet o mais apetitoso de todos e ver toda uma oportunidade e retirar-lhe sangue está a dar cabo de mim, aliás, ultimamente, está a ser dificil ter controle sobre mim mesma.
Após limpar tudo, mordi o meu pulso para dar o meu sangue para Violet. Daqui a uma hora terá um pescoço como novo, como nada disto não tivesse acontecido. Por momentos ter essa imagem retirou-me um bocadinho de culpa mas rapidamente o meu subconsciente mandou-me uma pequena mensagem que a culpa era mesmo toda minha e atingiu-me como uma flecha.
Ao sentir os lábios da minha irmã sugar o meu sangue, senti os meus dentes crescerem e a minha sede a aumentar e ao perceber-me do quão próximos os meus dentes estavam próximos do seu pescoço entrei em transe mas rapidamente fui retirada do meu transe ao ouvir a porta a abrir. Merda, merda, merda só podia ser o meu pai e ele ia descobrir e matar-me. Retirei o meu pulso da boca de Violet e tapei a sua cara com o meu cabelo para lhe limpar os rastos de sangue que estavam nos seus lábios.
"Que é que se passa aqui?"- Meu pai perguntou irrompendo pela porta. Eu sabia que era ele. Esforçei-me ao máximo para conseguir diminuir os meus dentes. Autocontrole agora dava mesmo jeito agora. Pensei na Violet e nos pequenos traços de humana que ainda me restavam e consegui mesmo antes de o meu pai pegar na minha cara para me abraçar e afastar. Violet estava a recuperar a consciência e antes que ela pudesse se descair e contar o que aconteceu eu disse ao meu pai que ela não teve tempo para comer na faculdade e havia tido uma quebra de tensão. O meu pai ficou desconfiado mas acho que serviu para me encobrir a mim e ao meu transformador. Não quero que o meu pai descubra que ele voltou à cidade e muito menos que me transformou. Do meu transformador trato eu.POV JUSTIN
Decidi não me baldar hoje à faculdade porque quero descobrir mais sobre aquele caso da miúda da juba. Nem me lembro do nome dela, só sei que aquela juba juntamente com os seus olhos verdes dá-lhe um certo charme.
Destesto a faculdade, só faço isto pelo meu pai porque me estou completamente a cagar para isto. Confesso que não desgosto de todo de literatura mas licenciar-me nisso nem pensar.
Ian ontem não voltou a casa desde que lhe contei aquilo da miúda. Acho que ele me disse que ia ter com uma rapariga qualquer que se cruzou na rua e que combinaram logo sair. Os encantos do meu irmão não falham realmente. Ainda agora chegou à cidade e já anda a sair com raparigas.
Não querendo ter inveja do meu irmão, eu também poderia isso. Consigo ver baba no canto da boca das raparigas da faculdade cada vez que passo por ela e lhes olhou intensamente. Mas estou demasiado focado na missão que o meu pai me deu. O meu pai confia mesmo em mim, mais do que Ian que está sempre a fugir e a regressar à cidade. Eu sei que é cruel mas saber disso faz-me sentir mais forte em relação ao meu irmão, mesmo sabendo que ele tem uma força descomunal e reflexos rapidíssimos. Lembro-me que me deu uma pulseira com um cheiro fodido a erva mas nunca cheguei a entender o porquê. O meu irmão é um gajo tão estranho meu deus.
Estava na hora de Literatura e a única coisa que me deu iniciativa de chegar a horas foi o facto de me ir encontrar com a miúda de juba que ainda nem sei o nome. Ao entrar dentro da sala, a minha atenção foi para um juba enorme e senti o seu nervosismo ao adivinhar que eu me iria sentar ao lado dela quando tinha metade dos lugares vagos. Consegui ouvir o professor chamar-lhe Mary Gilbert e fui apanhado de surpresa ao sorrir com a informação que havia recebido. Percebi que ela era uma espécie de marrona mas que hoje estava no mundo da lua, provavelmente perdida nos seus pensamentos.
"Então boneca, no mundo da lua? Devias esperar por mim para mim"- Decidi finalmente dizer-lhe, acordando-a dos seus pensamentos. Ela assustou-se dando um pequeno pulo na cadeira.
"Ainda estás com essa da boneca? Muda o disco que é canção já me cansa"- Ela disse revirando os seus olhos. Desde que a vi que não quero admitir, mas tenho um certo fascínio pelos seus olhos. Aquele verde esmeralda escuro em que nos dá a impressão que estamos perdidos num bosque, mas no mais bonito bosque. Merda Justin, deixa-te de pensamentos foleiros. Acho que estas aulas de Literatura andam-me a fazer mal.
"Ui ficas ainda mais gata quando ficas chateada."- Dei-lhe a impressão que estava a gozar com ela, mas estava muito a sério.
Ela ia falar mas foi interrompida com o anúncio do final da aula. Senti o meu telemóvel vibrar e quase fugi da sala ao perceber que era o meu pai. Deve ser devido ao negócio.
MARY POV
Reparei que o Justin deixou a mochila dele dentro da sala e mesmo odiando-o e só me apetecer morder-lhe decidi agir como uma humana. Procurei-o por toda a parte até me lembrar que quando ele me apanhou, nós estávamos no canto mais escondido do campus. Decidi ir até lá e fui parada quando percebi que ele estava ao telefone com alguém e conseguir ouvir pequenos fragmentos da chamada:
"Sim, esteja descansado pai. Eu trato dessas putas. Hoje mesmo quando sair da faculdade vou comprar as passagens... Coitadas pensam que vão ter um trabalho honesto na Túrquia mal sabe o que lhes espera."
Quando tentei manter-me calada, deixei cair a minha mala despertando a atenção do Justin. As suas feições pareciam nervosas e zangadas.
"Eu.. eu.. apenas queria trazer-te a tua mochila.."
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Fresh Blood
FanfictionQuando pensamos que no mundo real não existe tal coisa como vampiros, eis que aparecem Mary E Ian para provar o contrário.. Amores proibidos, segredos, confissões, lutas, mortes.. Tudo por um amor verdadeiro