6º- Should I trust him ?

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Previously on Fresh Blood: 
"Qual é o plano então?"
POV MARRY
Parece que chegou a hora de confiar em algo a não ser a minha irmã. Estava na hora. Mas confiar nele teria de implicar dizer o meu segredo ?
"O plano é o seguinte: para não parecer uma armadilha tu vais mesmo chegar a ir para a Turquia e eu irei contigo porque levarei as outras raparigas também. Assim que chegares lá eu compro-te em nome do meu irmão ou a partir dum nome falso e trago-te para Mystic Falls mas teremos de apanhar muitos transportes para não sermos apanhados. Assim que chegarmos a Mystic Falls irás ficar em casa do meu irmão ele não se irá importar de todo até garantir que podes voltar à normalidade. Mas durante todo o processo teremos de ser honestos um com o outro ok? Terás de confiar em mim."
Tudo isto parecia bastante surreal,  tentei beliscar-me porque sempre encarei isto como um pesadelo mas a triste e dolorosa verdade é que isto está mesmo a acontecer. Como irei confiar na pessoa que me raptou? Bem, ele não pareceu mentir quando fez aquela revelação mas ele podia ser um bom actor. A minha cabeça está a mil, os meus pensamentos meio sedados meio conscientes estão a consumir-me. 
" Justin não achas que estás a pedir demais? Tu raptaste-me para me tornar numa prostituta e eu ouvi aquela voz antes de perder a consciência. Eras tu. Como queres que eu confie em ti? Como não irei saber se isto é um jogo ou realidade. Já não basta estar meio drogada ainda levar com uma bomba destas é demais Justin. Eu já percebi que desde o inicio que não vais com a minha cara mas mesmo assim porque sentares-te ao meu lado em todas as aulas de Literatura? Porque te preocupares com o que bebo? Porque me fazeres isto? Porque depois de tudo ainda me quereres tirar daqui. Porque Justin?" E lá estavam o caralho das lágrimas. Justin num impulso e apanhando-me de surpresa limpa as minhas lágrimas com o seu polegar e acariciando-me a bochecha. Embora quisesse me mexer estava impossível porque depois de tudo isto consegui sentir tanto conforto mesmo que fosse ele a dar-mo.

"Shh.. Não chores por favor. Eu sei, eu sei que tu isto parece tão errado mas por vezes o errado é o certo. Tens razão, eu meti-me demasiado na tua vida mas eu não te odeio.. Pelo contrário, eu escondo um certo fascínio por ti daí tudo o que fiz. Quando mandei raptarem-te deixei-me levar pelo orgulho do meu pai mas o arrependimento está atingir-me como murros no estômago. Eu não te odeio de todo, tenho mesmo um fascínio que me deixa confuso e fora de mim por ti e por esses olhos verdes. Nem sei porque os escondes com o teu cabelo." Justin disse, sorrindo fazendo-me olhar para ele de uma maneira totalmente diferente, de uma maneira admirável como se tivesse acabado de conhecer um novo Justin, um justin meigo e cuidadoso. Um justin confiável.
"Justin, eu quero confiar em ti mas tu tens de me continuar a dar motivos para confiar porque isto é demais para digerir. E podes-me fazer um favor?"
"Sim, claro. O que foi pequena?"
"Pequena? O que aconteceu à boneca ?" Não consegui evitar não rir.
" Eu sabia que tinhas gostado. Então ficarás pequena boneca" Não evitamos e rimos juntos mas Justin pareceu lembrar-se de algo e parou.
"Mas diga lá, pequena boneca, qual era o favor que me queria pedir ?"
"Afinal são 2" disse envergonhada.
"Que são?" 
"Queria saber como está a minha irmã e se ela se manterá fora de perigo e que, se pudesses, vires aqui todos os dias falar um bocadinho comigo"
"Os seus desejos são ordens majestade" Ele sorriu. Consegui reparar que tem um sorriso angelical e uns olhos cor de avelã do outro mundo e oh meu deus Mary estás mesmo drogada a pensar tudo isto.
"E não devíamos criar um nome para a nossa "missão" que pudéssemos falar e ninguém descobrisse?" Sugeri. 
"É uma boa ideia. Mas não podemos falar isto à frente de ninguém. Já sei um nome! Que tal "Fralda Suja"? Não evitámos e desatamos a rir à gargalhada. " Qual é a piada? Lembrei-me do anúncio da Dodot" 
" Não, tenho uma ideia melhor. "Operação Cobra"
"Feito"
Depois de alguns momentos de silêncio Justin perguntou:
"Mary, porque queres que eu venha aqui todos os dias?"
"Porque esta sala fede a bolor e parece que estou fechada numa cela do manicômio." Justin fez uma cara de desilusão esperando outra resposta. "Mas eu ainda não acabei" Ele olhou-me de uma maneira relutente, os seus olhos brilhavam de entusiasmo. " E porque ultimamente tens sido o meu conforto, mesmo quando atrofiávamos na faculdade sentia-me bem e depois de hoje..."
Justin sorriu e deu-me um beijo suave na bochecha. Por momentos avaliei os seus lábios e por momentos insanos apeteceu-me conectá-los com os meus. 
"Então até amanhã pequena boneca.." Acabou por dizer saindo.

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