A Filha Do Dono Da Fazenda Potiguar

Ta Tudo Bem?

Cézar: Claro que eu paro.

Isa: Não gente, não precisa não.

Cézar e Lilla: Precisa sim!

Isa:*Eu sorrio mesmo sem querer e digo*
Nossa que guarda pesada, essa minha.

Cézar: Meu amor, sempre!
Papai é essa loira feia ai, sempre vamos cuidar e amar você.

Lilla: Loira feia, é sacanagem. Aí se eu te chamo de bola murcha, é falta de respeito.
*Nós damos risada*
Mas ele tá certo, meu amor. A gente sempre vai estar por você, nós te amamos!

Cézar: Isso aí!
Nós dois, e a mamãe, amamos vc.

*Eu sorrio, e fico muito feliz, por eles estarem se dando bem, então, minha esposa desce na farmácia, e meu pai recebe uma ligação, ele confirma, e quando a Lilla volta ele diz*

Cézar: Loira feia, deixa eu te falar, eu preciso que vc venha comigo daqui a pouco, aqui no centro.

Lilla: Mas e a Isa, bola murcha?

Cézar: A Almira fica com ela.
É aquele babaca do Renê, só vc sabe negociar com ele. Me ajuda?

Lilla: É...

Isa: Vai com ele.

Lilla: Tem certeza?

Isa: Tenho.

Lilla: Valeu bola murcha, eu vou.
Me espera aqui, que eu vou colocar ela no quarto, e já volto.

Cézar: Valeu, loira feia!
Se cuida, tá princesa do papai.

Isa: Te amo pai!
E para de chamar ela de loira feia.

Lilla: Viu, seu bola murcha!

Isa: E você tbm, não chama ele de bola murcha.

Lilla: Ta bom.
*Ela me pega no colo, e me leva para o quarto, chegando lá, faz de tudo para eu ficar confortável e diz*
Eu posso ir mesmo?

Isa:*Eu sorrio*
Claro que pode, meu amor.
Cuida do meu pai, tá bom?

Lilla:*Ela troca de blusa, pega o chapéu dela, e vem me dar um beijo*
Eu vou, tá bom? Mas daqui a pouco, eu venho ficar agarradinha com você, tá bom?

Isa: Ta bom.
*Eu digo, e vejo minha mãe entrar no quarto, e meu sorriso some, então eu digo a ela*
Vai, para você voltar logo.

Lilla: Ta bom.
*Ela me dá um beijo na boca, e vários no rosto, e diz*
Eu tô com o telefone, qualquer coisa me liga.
Te amo.

Isa:*Eu retribuo os beijos dela e digo*
Tbm te amo!
Agora vai.

Lilla:*Ela estava indo, voltou, me deu mais um beijo, e foi, aí quando passou pela sogra, disse*
Cuida dela, hein minha sogra!

Almira: Pode deixar, Lilla.
*Ela sai, e minha mãe começa a me arrumar na cama, e diz*
Como foi lá?

Isa:*Eu digo seca e ríspida*
Normal.

Almira:*Ela termina de me ajeitar na cama e diz*
Aconteceu alguma coisa, meu amor?

Isa:*Eu digo seca*
Não sei, mãe. Aconteceu?

Almira:*Ela me olha como quem não entendesse*
Não filha!
Cê tá estranha, por isso eu perguntei.

Isa:*Eu sorrio ironicamente e digo*
Mãe, eu vou perguntar uma vez só. Oq a senhora, e o João, tem?

Almira: *Ela suspira, evitando o meu olhar*
Isa, não é o que você está pensando. Não agora... Isso não é algo simples de explicar.

Isa: *A raiva começa a tomar conta de mim*
Não é simples? Mãe, você traiu o papai com ele! Como pode dizer que não é simples?

Almira: *Olha para mim, com uma expressão de culpa*
Eu... Eu errei, filha. Mas você não sabe tudo o que aconteceu. Não me julgue sem entender.

Isa: *Eu dou risos nervosos*
Entender? Eu sei o suficiente, mãe. Eu fui para o hospital, para cuidarem de mim, e tive que saber que você, o João... e vi a destruição que causou na nossa família. Como quer que eu entenda isso? Ele é o melhor amigo do papai, como pôde?

Almira: *Ela diz com a voz trêmula*
Eu sei que foi horrível, Isa, e não tenho desculpas. Mas... às vezes a gente faz coisas que não entende na hora, coisas que acabam nos levando para um caminho errado. Eu só... queria ser feliz também.

Isa: *Eu fico em silêncio por um momento, digerindo as palavras da minha mãe*
Feliz? E o papai? E eu? E até mesmo, o idiota do Marco? A gente não importa? Eu não posso simplesmente esquecer o que você fez, mãe.

Almira: *As lágrimas começam a cair*
Eu nunca quis te magoar, filha. Eu te amo mais do que tudo, mas errei. E sei que você não vai me perdoar agora, mas eu só peço que me deixe tentar consertar as coisas, mesmo que seja aos poucos.

Isa: *Fico quieta, encarando a mãe, ainda magoada*
Não sei, mãe... não sei se consigo.

Almira: *Em um suspiro, baixa a cabeça*
Eu entendo. E vou esperar o tempo que for preciso para que você me perdoe.

Isa: Talvez isso não seja possível!
*Eu digo bem magoada*

Almira: *Ela levanta a voz,com a raiva transparecendo em seu olhar*
Você não tem moral para me julgar, Isa! Olha quem está falando! Você, que foi capaz de trair o Fernando para ficar com a Marília! E agora vem me apontar o dedo como se fosse a perfeita?

Isa: *Eu fico em choque por um momento, sem acreditar no que ouvi*
O quê? Como você pode falar isso? Você acha que o que eu fiz é a mesma coisa? Todos sempre souberam, que eu amo a Marília, eu não machuquei ninguém, ao contrário dele, que tentou me bater, junto com o seu filho! Agora você, você destruiu a nossa família!

Almira: *Ela ergue a cabeça, desafiadora*
Ah, claro, porque sua traição foi tão inocente, não é? Você não parou pra pensar no que fez também. Você foi egoísta, Isa, e agora quer me crucificar por um erro que cometi? Eu não te ensinei a fazer isso!

Isa: *A raiva cresce, meus olhos se enchem de lágrimas*
Eu errei, mãe. Eu sei disso. Mas eu errei, e casei com a mulher que cometi meus erros. Mas você... você destruiu o papai, o seu marido, destruiu a nossa casa! E agora quer se fazer de vítima? Não tem noção do que fez!

Almira: *Ela dá um passo para frente, e diz com a voz ainda mais firme*
Eu sei o que fiz, Isa. E sei que o que fiz foi errado. Mas você não pode vir me acusar, não pode me apontar o dedo como se fosse melhor do que eu. Eu nunca te pedi permissão para viver minha vida!

Isa: *Grito, já sem controle*
Eu nunca pedi pra você destruir tudo, mãe! Nunca pedi! Você poderia ter resolvido as coisas de outro jeito, sem arrastar todos para o fundo do poço!

Almira: *Ela olha para Isa, com uma mistura de dor e revolta*
Você acha que eu não sei disso? Mas agora eu preciso que você entenda que eu sou humana, e eu errei. E você também. Não venha me julgar quando você mesma carrega suas próprias falhas!

Isa: *As lágrimas caem, mas eu seguro firme*
Eu posso errar, mãe. Mas o que você fez... o que você fez é imperdoável.

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