My shark girl - A Caverna Encantada

𝑵𝒐𝒕𝒊𝒄𝒊𝒂

𝑬mma pov's

Acordo na minha cama ao meu lado um pequeno bilhete, com certeza era do meu irmão.

ᗷIᒪᕼᗴTᗴ : 𝑶𝒊 𝒎𝒂𝒏𝒊𝒏𝒉𝒂,𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒂𝒅𝒐𝒓𝒎𝒆𝒄𝒆𝒖 𝒆𝒏𝒕𝒂̃𝒐 𝒗𝒊𝒎 𝒕𝒆 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒂𝒓 𝒏𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒄𝒂𝒎𝒂. 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒆𝒋𝒂 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓! 𝑺𝒆 𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝒎𝒊𝒎,𝒆𝒔𝒕𝒐𝒖 𝒏𝒂 𝒃𝒊𝒃𝒍𝒊𝒐𝒕𝒆𝒄𝒂 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒔𝒆𝒎𝒑𝒆.
𝑩𝒆𝒊𝒋𝒐𝒔 ★

Dou um sorrisinho enquanto leio, mas logo me levanto, amarrando meus cabelos em um coque bagunçado, e saio do quarto em direção à cozinha. Estou morrendo de fome; acho que eu comeria até pedra.

- Oi, Dalete! - eu falo, me sentando no banco do balcão. Ela se vira sorrindo, como sempre.

- Oi, santinha! - ela diz, dando um beijo na minha testa. Em seguida, abre a geladeira e tira um bolo de cenoura de lá.

- Está com fome, querida? - ela continua enquanto corta uma fatia generosa.

- Sim, estou morta de fome! - respondo, rindo ao pegar o pedaço de bolo que a mais velha me entregou.

Ficamos conversando enquanto eu como. O cheiro do bolo mistura-se com o aroma do café fresco que Dalete prepara. É um momento tranquilo até que ouço a voz de alguém atrás de mim.

- Emma, a diretora Norma está te chamando na sala dela - diz Elisa. Dou uma última olhada para Dalete, que me manda um sorriso encorajador antes de eu me levantar e ir em direção à sala da Norma.

Ao chegar lá, bato na porta antes de entrar; essa mulher é chata e eu não quero ser surpreendida. Ouço um "Pode entrar" do lado de dentro e respiro fundo antes de abrir a porta.

- Me chamou, diretora Norma? - digo ao entrar, tentando parecer educada enquanto caminho até sua mesa.

- Sim, sente-se. A notícia que eu tenho é meio... chocante - ela fala com uma expressão séria. Sento-me angustiada para ouvir o que vem a seguir.

- Bom, sua mãe sofreu um acidente de carro e ela está em coma no hospital... Seu pai me ligou dizendo para você entrar em contato com ele - ela fala como se não fosse nada. Fico totalmente chocada; o coração dispara no meu peito.

- O que?! - exclamo, a voz falhando enquanto sinto uma onda de emoções me invadir. Uma mistura de medo e desespero toma conta de mim.

As lágrimas começam a escorregar pelo meu rosto sem que eu consiga contê-las. A sala parece girar ao meu redor enquanto busco por alguma explicação lógica. As paredes estão tão próximas que quase sinto falta de ar.

- Como isso pode estar acontecendo? - murmuro entre soluços, tentando processar as palavras dela.

- Eu sei que é difícil - diz Norma suavemente. - Você precisa ser forte agora.

- Como posso ser forte? Minha mãe... - minha voz se quebra enquanto as lágrimas caem como chuva.

- Meu irmão já sabe? - pergunto tentando parecer forte, mas minha voz trai minha insegurança.

- Já sim... A reação dele não foi nada agradável - ela fala com um tom arrogante que me irrita profundamente. Que mulher horrível!

Sem conseguir suportar mais, falo correndo da sala em direção à biblioteca atrás de meu irmão, mas encontro o professor Gabriel no caminho. Ele está parado ali, com uma expressão preocupada no rosto.

- Emma? O que aconteceu? Você parece pálida... - ele pergunta, seu olhar atento faz meu coração acelerar ainda mais.

As lágrimas continuam a escorregar pelo meu rosto enquanto eu hesito por um momento, tentando encontrar as palavras certas para explicar a dor que estou sentindo.