Fiquei 7 anos sendo torturada por pessoas canibais, fiquei sendo prisioneira, mas um homem que era um deles me ajudou a escapar, por conta dos traumas acumulados acabei me fechando e não querendo falar com ninguém.
Acordei e não sabia onde estava, tinha um homem estranho na porta, que me olhava, como se já me conhecesse.
- Sn - fala ele chegando perto e eu me afasto.
- Sai, quem é você? - falo assustada.
- Sou o Namjoon, você perdeu a memória e não se lembra de mim - fala ele tentando ir até mim.
- Mentira, cadê eles? Onde eu estou? - falo e vejo outro homem entrar.
- Oii Sn, sou eu o Eun-woo - fala ele chegando perto - eu sou policial, somos amigos.
- Eu não te conheço - falo.
- Sim, você me conhece, mas não se lembra - fala ele.
- Aqui, pega - fala Namjoon me entregando um celular.
Vi algumas fotos da gente, umas bem íntimas como se fosse namorados, vi algumas fotos com Eun-woo também.
- Somos bem próximos - falo dando o celular para ele.
- Sim, somos quase namorados - fala Namjoon e eu fico assutada.
- Namorados? Eu nunca tive um - falo.
- Agora você tem - fala Eun-woo e eu olho para ele - eu sei que o que você passou, está te traumatizando novamente, mas eu preciso da sua ajuda, preciso saber onde eles ficam, pegamos dois do bando de canibais que fizeram isso com você.
- O que são canibais? - pergunto.
- Pessoas que comem, carne humana - fala Namjoon.
- Eles mataram meu pai, eu vi eles assando partes do corpos deles - falo.
- Então, eu preciso que você lembre o local que aconteceu - fala Eun-woo.
- Tinha uma placa, azul, com um símbolo redondo - falo - o posto, paramos no posto de gasolina.
- Você sabe onde fica? - pergunta Eun-woo e eu concordo - eu preciso que você me leve lá.
Comecei a andar para trás, balançando minha cabeça, me negando a voltar para lá.
- Eu vou te proteger, eu prometo - fala Eun-woo tocando em minha mão.
- Eles vão me matar - falo chorando.
- Eles não vão, eu vou estar com você e te proteger - fala Eun-woo.
- Eu também - fala Namjoon.
Fiquei assustada, mas acabei aceitando, era de tarde, andamos pela estrada, Eun-woo foi me perguntando algumas coisas no caminho e Namjoon não soltava minha mão, me sentia segura e confortável com eles.
- Aqui, está placa - falo apontando - foi aqui.
- Tem certeza? - pergunta Eun-woo e eu saio do carro - eii, calma aí.
Fui andando um pouco, quando vejo um colar que meu pai usava, eles eram do melhor amigo do meu pai.
- Foi aqui - falo com voz de choro, pegando o colar do meu pai - meu pai usava esse colar que é do melhor amigo dele, ele deu no aniversário do meu pai.
Acabo revendo a cena daquela noite em minha cabeça, me levantei e segurei na muleta e fui andando rápido, segurava a mão da minha mãe, cheguei até o Rio que tinha ali.
- Não faz mais isso - fala Eun-woo.
- Nossa, você anda rápido em - fala Namjoon colocando a mão no joelho cansado.
- Foi aqui que íamos pular, mas alguma coisa grudou minha mãe e a puxou - falo.
- Acho melhor chamamos reforço - fala Namjoon e Eun-woo concorda.
Voltamos, ficamos esperando os reforços chegar, já estava anoitecendo e isso me preocupava.
- Eles vão demorar? Já está anoitecendo - falo nervosa.
- Calma, eles estão chegando - fala Eun-woo.
- Você falou isso umas três vezes, já já eles vão sair para caçar - falo andando de um lado, para o outro.
- Acho que se eles vão caçar, temos que se esconder - fala Namjoon.
- Ali, é bom para colocar o carro - fala Eun-woo apontando.
Eun-woo escondeu o carro, passou alguns minutos e os policiais ainda não tinha chegado.
- Eun-woo eu tô com medo - falo tremendo - eles vão matar a gente.
- Calma pequena - fala Namjoon me abraçando.
- Eu sei o que eu passei, eu sinto dores todos os dias - falo - não me pede para ter calma, não quero viver um terror de novo.
Escutamos barulhos de carro, mas não era os policiais, o carro parou e tinha um casal.
Eu vivi aquela cena, eu sabia o que iria acontecer, a mulher implorou para ele não ir, mas ele falou que iria voltar e então ela se trancou no quarto.
- Eles vão atacar - falo e Eun-woo manda ficar no carro - Eun-woo, volta aqui.
Escutamos vários gritos, tampei meu ouvido, me encolhi no carro, Namjoon me abraçou, escutamos tiros, vi aporta se abrir e algo puxar Namjoon.
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