Cap 44

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Cap 44: O meu veludo marrom

Lovers by Luna

Sofia •

  Estava tudo pronto pro Natal com a Duda em Recife, passagem de avião, roupas organizadas na mala, minha família estava de acordo também, mas por pura consequência do futuro,  precisávamos conversar com a mãe da Duda sobre a viagem. Eu já sou maior de idade, sou responsável por ela, agora só falta a vossa excelência Hippler, Kerly, deixar sua filha ir. Confesso que vai ser estressante, até porquê, além dessa mulher ser homofóbica, ela simplesmente me odeia por eu ser a mulher que a filha dela tá namorando e não o "homem" que ela queria. Ou seja, ela prefere ter uma filha maltratada pelo namorado escroto, do que alguém que trate ela realmente bem. Estou sentada ao lado de Duda no sofá, esperando a mãe dela chegar, mas nenhuma de nós parecemos calmas. Estávamos de frente a televisão, tentando escolher alguma coisa pra assistir, mas eu sei que ela não está prestando atenção no que ver.

– Duda. – Pego o controle da sua mão e desligo a TV. Ela olha pra mim e se aproxima, eu até entendo essa necessidade de toque físico dela, mas eu não consigo entender o por quê eu gosto tanto deles. Ela se aproxima mais um pouco, eu não consigo me segurar e roubo um selinho seu.

– Ei! – Duda faz sua melhor cara de sonsa e eu rio disso. Tento roubar outro selinho, mas rapidamente ela segura minha bochecha e ela quem rouba um selinho meu.

– Que filha da puta! – Seguro seus pulsos e subo em cima dela, começando uma lutinha. Duda tenta se rebater, e consegue algumas vezes, mas eu sou muito mais pesada que ela, e consigo segurá-la em baixo de mim sem muito esforço.

– Tá bom, isso tá ficando meio estranho.. – A Hippler diz levantando a cabeça um pouco pra chegar aos meus lábios. Meus cabelos caem em seu rosto quando nos beijamos, e eu senti um pequeno choque assim que aconteceu. Em um momento qualquer, não preciso mais segurar seus pulsos, pois suas mãos já estavam retirando a minha blusa, explorando cada detalhe das minhas costas, e de repente, um alarme começou a tocar cruelmente na minha cabeça. Eu não sei explicar, era como se fosse algo que me fizesse parar de fazer tudo que eu estava fazendo, que me avisava que era errado oque eu estava fazendo. Afasto minha boca da sua lentamente e escondo minha cara no seu pescoço. Todas as vezes que eu tento fazer isso, esse maldito alarme toca na minha cabeça e

– Sofia, – Ela toca devagar nas minhas costas. – seu coração tá muito acelerado, oque houve?

– Eu não consigo, desculpa. – E só de pensar que sou eu quem tem medo de fazer isso e não a Duda, eu me sinto extremamente vulnerável. Ela iria abrir a boca pra falar algo, ouvimos três batidas fortes na porta.

– Abre aqui, Eduarda!! – Caio do sofá com o susto. Duda de olhos arregalados consegue segurar meu braço a tempo, me mantendo em cima dela. A garota procura minha camisa por todos os lados e quando finalmente acha, sua mãe bate na porta de novo e com certeza mais forte. Duda finalmente acha minha blusa e joga na minha cara, saio de cima da morena e ponho minha camisa tão rapidamente que não ligo se está ao contrário ou não. Kerly bate na porta com mais força e dessa vez grita pelo outro lado da porta. Duda se senta no sofá e pega seu celular, fingindo normalidade enquanto eu vou até a porta atender.

– Boa tarde, sogra. – Sorrio fraco e ela sorri completamente forçada. Quando a mulher entra e se vira, faço o maior escândalo mostrando o dedo do meio e a língua pra ela, Duda vê e começa a rir. Kerly se vira pra olhar pra mim, mas naquele momento eu já estava agindo normalmente.

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