Check-Out

1 0 0
                                    

JASON saiu da sala com o celular na mão, ligando rapidamente para Vinci. Precisava que eles voltassem o mais rápido possível, não podia perder mais tempo. Desde que começaram a perseguição, aquela era a primeira ligação que recebia com informação do paradeiro deles, e ele não poderia deixar essa oportunidade passar. Arrependeu-se de deixar os quatro saírem para procurá-los na igreja, estava óbvio que eles não estariam lá. Ele não culpava Paulo, ele havia dito que achava que não estariam lá, mas mesmo assim ele os mandou. Vinci atendeu ao telefone e Jason já foi falando da informação que recebeu, pedindo que chegasse depressa, ele disse que já estavam a caminho. Jason saiu à rua trancando a porta e esperou pelos outros chegarem.

No hotel, o recepcionista estava em pé, aflito roendo a unha, olhando nervoso para a entrada esperando a polícia chegar. Não sabia como ia fazer para não deixar Rafael e os outros saírem como havia sido pedido, ele não queria subir e encará-los e mesmo achando que Rafael tinha sido bem simpático com ele, poderia ter sido apenas para disfarçar. Afinal ele tinha perguntado justamente sobre a notícia da qual ele estava envolvido e temia achando que eram perigosos. 

Passados quinze minutos e sem a polícia chegar ele resolveu ir lá, pois Rafael havia dito que eles não iriam demorar. Ele pensou bem no que diria e saiu da recepção subindo nervoso as escadas.

No quarto, Nick saiu do banheiro sem a camisa, tinha se limpado e verificado seu ferimento, nenhum dos pontos tinha aberto. Ele tentou limpar a roupa, pois poderia chamar a atenção, mas o sangue estava bem seco e grosso, só havia conseguido tirar o excesso, deixando uma mancha rosada e metade da camisa molhada.

— Eles vão usá-lo para nos atrair — disse ele sacudindo a roupa para secar.

— Como? — perguntou Alex deitado atravessado em uma das camas.

— Não sei, provavelmente nem eles sabem — respondeu Nick sentando-se na beirada da cama. — Mas eles sabem que queremos resgatar Breno e devem estar pensando em como usá-lo para nos atrair.

— Eles estão em cinco, nós em quatro. Eles podem deixar um deles de plantão com Breno, caso a gente o encontre — disse Rafael sentado em uma cadeira de frente a eles. — Voltar lá pode ser arriscado.

— E como vamos resgatar o Breno então? — perguntou Lucas e eles se olharam.

— Não vamos. — Nick abaixou a cabeça e olhou para Lucas que estava espantado. 

— Como assim não vamos? Vamos deixar ele lá?

— Nós vamos ter que ajudá-lo de outra forma.

— Que outra forma? A gente nem sabe o que fizeram com ele, Nick! Não sabemos se ele está vivo, se ele tem tempo para nos esperar pensar no que faze! — disse Lucas nervoso andando pelo quarto. — Eles vão fazer qualquer coisa com Breno para nos atrair ou para nos assustar!

— Lucas está certo, não podemos deixar ele lá — disse Alex se sentando.

— Se vocês tem alguma ideia de como tirar ele de lá sem colocar a gente ou ele em risco, por favor, me falem. — Nick olhou para os quatro, mas ninguém fazia ideia do que fazer. — Foi o que eu pensei.

— E de que outra forma nós vamos ajudá-lo? — perguntou Rafael. 

Nick olhou para ele abrindo a boca pra falar quando ouviram batidas na porta. Os quatro se olharam apreensivos e ficaram calados.

— Quem é? — perguntou Rafael.

— Sebastian, da recepção.

— Só um momento.

Rafael olhou para os outros achando estranho o recepcionista bater na porta querendo falar com eles. Ele fez sinal para Nick se esconder e ele rapidamente entrou no banheiro. Rafael olhou pelo olho mágico e abriu um pouco a porta colocando o pé atrás dela, para impedir de que alguém empurrasse de repente e olhou para Sebastian.

TestemunhasOnde histórias criam vida. Descubra agora