Doutor Carlos ou Monstro Maia?

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OS cinco rapazes saíram do beco e subiram a rua, assim que chegaram à próxima esquina seguiram para a direita e logo depois viraram no primeiro beco à esquerda. Breno estava indo na frente, seguido por Lucas e Alex, Nick estava logo atrás com Rafael. Faltavam mais três quarteirões para chegarem à casa do Maia. Rafael preocupado com Nick perguntava o tempo todo se ele estava bem.

— Estou fraco e sentindo dor, muita dor, mas aguento — respondeu cansado e com uma expressão de dor.

— Aguenta firme, estamos chegando lá.

Eles continuaram subindo apressados pela rua dos fundos das casas e estabelecimentos. Passaram por mais duas quadras e entraram na terceira. Nick estava exausto e o ferimento que antes estava estancado, voltou a sangrar.

— Rafael, dá um tempo — pediu e parou, se apoiando na parede e respirando fundo.

— Você está bem, Nick? — perguntou Rafael, preocupado.

— A mesma coisa de antes. Fraqueza, tontura e dor. — Nick pôs a mão no curativo e sentiu a mão molhar. Olhou para a sua palma que estava mais uma vez vermelha. — Estou sangrando de novo.

— Você está fazendo esforço. Toma, bebe. — Rafael lhe estendeu a garrafa de água.

— Não. Não tempos tempo — recusou, se apoiando de novo em Rafael.

— Estamos perto. Se apoia em mim também — disse Alex ficando ao seu lado. — Breno, Lucas, vão indo na frente. Carlos já deve estar nos esperando.

Nick se apoiou em Rafael e Alex e eles voltaram a andar com Lucas e Breno indo na frente com o passo mais acelerado. Assim que chegaram à quarta quadra, Breno correu para o portão dos fundos da casa com o muro alto de madeira e encontrou o Carlos Maia à sua espera na porta dos fundos.

— Breno, graças a Deus! Já estava ficando preocupado. O padre Antônio me contou tudo, entre — mandou dando passagem para ele entrar no jardim. — Cadê o seu amigo ferido?

— Está vindo logo atrás. Ele está muito fraco, Carlos, e perdeu muito sangue — respondeu Breno com Lucas chegando logo em seguida e entrando no jardim da casa.

— Já preparei tudo, não podemos perder tempo. — Ele olhou para fora da porta e voltou a olhar para os dois. — Ele vai precisar de sangue. Vocês sabem o tipo sanguíneo dele?

— Não sei, mas eu sou O positivo — respondeu Breno no mesmo instante que Alex e Rafael apareceram no portão com Nick. 

Eles entraram na casa e Maia os levou até o seu escritório, onde já estava tudo preparado.

— Qual é o seu tipo sanguíneo? — Maia perguntou para Nick, enquanto Alex e Rafael o colocavam na maca.

— A positivo — respondeu com dor na voz.

— Algum de vocês é A positivo? — Maia perguntou para os outros e Lucas levantou a mão. — Tem alguma coisa que te impeça de doar? — perguntou, enquanto cortava a atadura.

— Não.

— Ótimo, vou te preparar para a transfusão. — Maia pegou uma cadeira e pôs do outro lado da maca. — Sente-se aqui.

Lucas fez o que ele pediu e apertou a mão do amigo.

— Vai ficar tudo bem.

Maia pegou os instrumentos para a transfusão e fez o procedimento. Em seguida, pediu auxílio a um deles. Breno prontamente se ofereceu e ele começou a fazer os procedimentos para a retirada do fragmento da bala.

A cinco quadras dali, o carro de Jason estava parado no mesmo lugar, ele agora está do lado de fora do carro, andando de um lado para o outro, como um tigre furioso enjaulado.

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