Prólogo - DEGUSTAÇÃO

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Prólogo

Caio

Quem me vê passando, cheio de tatuagens, com pose de marrento, não sabe o que passei para chegar até aqui, mas eu vou contar para vocês cada passo da minha caminhada.

Como passei de um cara que não acreditava em destino, para ser aquele que aprendeu que, é ele que comanda tudo...

Acordo desorientado, não sei realmente onde estou, a ultima coisa que me lembro é que estávamos todos almoçando na casa do meu irmão e de repente tudo ficou preto, firmo meus olhos tentando me localizar, Isabella se aproxima do meu rosto com uma expressão preocupada.

Acordo desorientado, não sei realmente onde estou,

- Caio, você quase me matou de susto. – Ela profere nervosa.

- O que aconteceu? – Pergunto ainda desorientado.

- Você desmaiou, do nada caiu no chão... – Ela continua já com lágrimas nos olhos. – Nunca mais faça isso comigo, eu fiquei desesperada. – Ela diz me abraçando, eu acaricio seus cabelos e mesmo desorientado tento acalmá-la.

- Calma fadinha, estou bem. – Ela ergue seu olhar para o meu.

- Isso quem vai decidir é o médico, você é teimoso, faz dias que está passando mal, com tonturas e toda vez que eu sugiro ir a uma consulta, você foge. Com a saúde não se brinca!

- Desculpe-me. - Digo a ela sinceramente. – Mas o que os médicos disseram?

- Ainda nada, fizeram alguns exames, você vai passar a noite em observação e amanhã sai os resultados.

- Tudo bem, então vá para casa, você precisa se acalmar e descansar...

- Nem ouse, Caio Augusto. – Quando ela me chamava de Caio Augusto, era porque estava realmente irritada, e era melhor eu não tentar argumentar. – Eu vou passar a noite aqui com você.

- Okay, você que manda minha fadinha.

A noite passou sem maiores intercorrências, Isabella logo se acalmou e dormiu, mas eu não consegui pregar os olhos, algo me incomodava, estava ansioso.

A manhã chegou e com ela o nervosismo e a expectativa, eu queria pegar os exames e sair logo daqui, eu odiava hospitais.

Por volta das 10 um médico entra no meu quarto.

- Bom dia Caio. – ele me cumprimenta. – Como passou a noite?

- Não muito bem, não consegui pregar o olho, o senhor sabe, essas camas de hospital não são nada confortáveis.

- Entendo. – Ele diz e desvia os olhos para sua prancheta.

- Então doutor? Os exames chegaram, já está tudo bem, posso ir para casa? – Eu pergunto, ele levanta seu olhar e encontra o olhar de Isabella e depois o meu, e a sua feição mostra que não teremos boas notícias...

- Caio Augusto Ferreira de Medeiros... – Ele diz meu nome completo, como se estivesse lendo ainda o exame que ele trazia em sua prancheta, ele pausa por um momento e sério, ele continua resignadamente. – Infelizmente eu não tenho boas notícias...


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