Destinos Ligados - Série destinos volume 2

Capítulo 13 - DEGUSTAÇÃO

Mais um capítulo galera!

Ah, e ouçam a música, sei que muita gente já conhece, mas nem por isso deixa de ser empolgante!

Caio

Faz três meses que sai da clínica, e a vida aos poucos vai entrando nos eixos, estou trabalhando com Daniel em seu escritório, comprei uma casa no mesmo condomínio dele e de Marina, tudo para ficar mais próximo ao Theo, ainda continuo a terapia, tanto a em grupo quanto a individual com Fabiana, então uma vez por semana eu me desloco até a clinica e isso tem me feito muito bem, é um momento em que não preciso ser forte que não preciso disfarçar meus medos e anseios, com eles eu posso me abrir e dizer o quanto é complicado voltar a rotina normal depois de ter problemas com drogas, o quanto é complicado resistir a tentação, pois sim, uma vez viciado para sempre tentado, Theo era a minha calmaria a promessa que fiz a ele no dia do seu nascimento era a corda que me segurava nos dias de tentação, eu prometi a ele e não quebraria minha promessa, meu sobrinho me salvou me devolveu a vontade de lutar e foi ele quem me ensinou com seus apenas quatro meses de vida que sou um homem melhor, que sou digno do amor incondicional que ele e todos têm por mim.

Isabella tomou chá de sumiço, as poucas vezes que vi em todo esse tempo foram em ocasiões que todos estavam presentes em alguma reunião familiar, nas quais ela sempre saia mais cedo com a desculpa que tinha que trabalhar, ela estava me evitando isso era óbvio, eu tentei ligar algumas vezes e claro, foram tentativas em vão, porque ela nunca me atendia e eu não sabia até quando aguentaria essa situação, isso está me sufocando e eu preciso resolver toda essa merda em prol da minha sanidade mental, sim, pois Isabella tinha o poder de me enlouquecer.

Uma novidade dos últimos meses é que Rick um dos meus amigos da faculdade tinha uma banda que tocava no Informal Pub todas as sextas e ele me convidou para tocar com eles, era tudo por diversão, e sem nem ao menos pensar eu me vi aceitando. Ensaiávamos nas quartas feiras, na casa do Rick, a banda toda se reunia lá, a esposa dele Andreia é uma ótima pessoa e acompanhava todos os ensaios com sua filha a pequena Lara, claro que isso tudo não passava de uma grande brincadeira, todos nós tínhamos nossos empregos e profissão, mas a música sempre fez parte da minha vida e tocar uma vez por semana não faria mal algum, e hoje será a primeira vez que me apresento com a banda e confesso, estou empolgado, Daniel e Marina irão me acompanhar, Ana se encarregou de cuidar do Theo.

Quando chegamos ao pub Marina bate as mãos agitada.

- Estou tão empolgada, cunhado! - Daniel e eu sorrimos com toda sua empolgação.

- Eu também cunhada, vamos que reservei uma mesa para vocês. - Encaminho os dois à uma mesa próxima ao palco, e saio para checar os equipamentos.

Uma hora depois estamos prontos para subir ao palco, o local é pequeno e não tem um grande público, mas mesmo assim é empolgante, a adrenalina corre por minha veias sanguíneas, subimos ao palco e começamos a tocar. Existe uma magia chamada rock and roll, o rock é libertador quando eu pego a guitarra e embalo os primeiros acordes sinto meu corpo arrepiar, loucura? Não mesmo, esse tipo de sensação só quem ama rock consegue sentir, nos posicionamos em nossos lugares no palco e pego a guitarra e me posiciono atrás do microfone, olho para meus companheiros de banda e todos estão como estou, empolgados, balanço a cabeça e conto, 1,2,3 e começo a tocar os primeiros acordes de Sweet Child o Mine, um dos mais famosos solos de guitarras que o mundo do rock já viu, imortalizado por talvez o maior guitarrista de todos os tempos Slash , e eu me entrego totalmente a música, um solo de guitarra para quem toca pode ser considerado a um orgasmo e não estou exagerando, é empolgante sua adrenalina vai lá em cima e seu pulso dispara no ritmo da música, quando acabo o solo meus companheiros começam a tocar seus instrumentos e eu começo a cantar e é um sentimento maravilhoso, começo a me mover, fazendo amor com a música, o publico explode no ritmo de Guns' N' Roses, fecho meus olhos e canto, quando volto a abrir meus olhos tenho uma surpresa, Isabella está entrando no bar, no momento que começo mais um solo de guitarra, meu olhar se conecta com o dela e ela não desvia, então canto novamente, e nem que fosse planejado daria tão certo, a letra diz exatamente o que eu quero perguntar a ela.

Where do we go

Where do we go now

Where do we go

Where do we go

Where do we go now

Where do we go now

Where do we go

Where do we go now

Where do we go now

Where do we go

Where do we go now

Where do we go

Where do we go now

Where do we go

Where do we go now

Para onde vamos

Para onde vamos agora

Para onde vamos

Para onde vamos

Para onde vamos agora

Para onde vamos agora

Para onde vamos

Para onde vamos agora

Para onde vamos agora

Para onde vamos

Para onde vamos agora

Para onde vamos

Para onde vamos agora

Para onde vamos

Para onde vamos agora

Meu olhar sobre ela é intenso, eu não desvio por um só minuto, ela disfarça por um instante, mas volta me encarar e eu a sinto estremecer, é isso, essa conexão que nos envolve, ela é tudo que eu sempre quis, mesmo quando achei que não queria, mesmo quando achei que não devia, Isabella continua me encarando e distribui o peso do seu corpo entre um pé e outro e seu corpo me dá sinais que ela está tão afetada com o momento quanto eu.

Ela ainda me ama, ela ainda é minha e eu... Sou dela totalmente, completamente dela, minha menina, minha fada, minha doce criança e meu doce amor...

"Oh, oh, oh, oh

Sweet child o' mine

Uh, uh, uh, uh

Sweet love of mine

Oh, oh, oh, oh

Minha doce criança

Uh, uh, uh, uh

Meu doce amor"