Stina blackstenius

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O jogo tinha acabado há pouco, e eu já estava no vestiário organizando alguns materiais quando ouvi o barulho da porta se abrindo.

Olhei para trás e vi Stina entrando, o rosto abatido, os ombros caídos. Seu uniforme ainda estava sujo de grama e suor, e ela respirava fundo, claramente exausta.

- Amor... - comecei, já percebendo que algo não estava certo.

Ela passou as mãos pelos cabelos, irritada.

- Joguei muito mal - murmurou. - Eu não devia ter perdido aquele gol no primeiro tempo... nem aquele outro no final. Eu só atrapalhei o time.

Suspirei, me aproximando devagar.

- Stina, todo mundo tem dias ruins. Você sabe disso.

- Mas não era para ser hoje - ela respondeu, frustrada. - A gente precisava ganhar.

Ela balançou a cabeça e soltou um suspiro pesado, como se estivesse prendendo aquela angústia desde o apito final. E foi aí que percebi algo ainda pior: seu rosto estava mais pálido do que o normal, e seus olhos piscaram algumas vezes, como se estivesse tonta.

- Stina, você está bem? - perguntei, já sentindo meu instinto de médica despertar.

- Estou - ela disse rápido demais, mas, no mesmo instante, levou a mão ao estômago e fez uma careta.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, cambaleou levemente para o lado, e eu tive que segurá-la pelo braço.

- Ok, definitivamente você não está bem! - falei, preocupada, a guiando até o banco mais próximo.

Ela tentou protestar, mas não deixei.

- Você está enjoada? - perguntei, me ajoelhando na frente dela e segurando suas mãos frias.

- Um pouco - admitiu, fechando os olhos por um instante. - Mas é só cansaço.

Passei a mão pelo seu rosto, sentindo sua pele mais quente do que deveria estar.

- Stina, você está exausta. Seu corpo está te avisando que passou do limite.

Ela suspirou, entreabrindo os olhos para me encarar.

- Eu só... queria ter jogado melhor.

Aquela frase fez meu coração apertar. Stina sempre foi extremamente dedicada, e vê-la se cobrando tanto assim partia meu coração.

Segurei seu rosto com as duas mãos, forçando-a a olhar para mim.

- Você sempre dá o seu melhor, amor. Sempre. Um jogo ruim não apaga tudo que você já fez.

Ela mordeu o lábio, claramente ainda se culpando.

- E mais importante que isso... - continuei, minha voz mais suave. - Você tem que cuidar de si. Você pode ser a melhor jogadora do mundo, mas se não ouvir o seu corpo, não adianta nada.

Stina suspirou, relaxando um pouco sob meu toque.

- Eu te amo, sabia?

Sorri e depositei um beijo em sua testa.

- Eu sei. E é por isso que eu vou cuidar de você, quer você queira ou não.

Ela riu baixinho, fechando os olhos por um instante, como se finalmente estivesse se permitindo descansar um pouco.

- Tá bom, doutora... você venceu.

- Eu sempre venço - brinquei, piscando para ela.

Stina riu outra vez, e, naquele momento, soube que, mesmo em um dia ruim, eu sempre estaria ali para lembrá-la do quanto ela era incrível.

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