Parte 2

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Eu não sei ao certo o porque a morte do meu pai me causa essa dor enorme. E, também não tenho interesse em saber, talvez, essa dor vai passar. Um dia quem sabe.
Eu costumo dizer que cada um tem a sua dor e, é impossível sentirmos a dor uns dos outros.
Logo depois, que mudamos de cidade comecei a estudar num colégio que ficava próximo a minha casa, lá fiz alguns colegas e comecei a me relacionar com as pessoas da melhor maneira que podia no momento. Eu nunca fui de tantos amigos, mas os que eu tinha, sempre foram os melhores. Sempre tive por perto pessoa que me motivaram de alguma forma a não deixar de viver.
A minha família nem sempre me apoiava nas minhas decisões, sempre foram alienados em tudo o que faziam.
A minha mãe, é o único motivo por eu ainda estar vivo. Ela sempre deu a sua vida por mim, e seria egoísmo se eu tirasse a minha vida e deixasse ela aqui.
Enfim, vivi parte da minha adolescência enfrentando descobertas e medos, aos 12 anos tive aquela chamada "namoradinha de infância", era tudo colorido nesse tempo. O primeiro beijo que dei nela foi dentro de uma igreja, me lembro até hoje.
Me lembro que tive que subir num banquinho, por conta dela ser mais alta do que eu, confesso que foi estranho beijar uma menina. Ainda mais dentro de uma igreja, hoje ela mora em outra cidade já teve vários namorados, e é linda como sempre foi. Mas um dia tudo acaba, e você terá que estar preparado para enfrentar a dor da perda, querendo ou nao, podendo ou não.
As perdas nem sempre são bem aceitas por nós, sempre questionamos procurando entender o porquê. E um fato, sempre culpamos alguém.

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