O Grande Khorkhoi

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Deserto de Gobi, Fronteira Sul, 30 de Junho.

No meio do ano, depois de ficar um mês fugindo das forças especiais de Timur, Khan finalmente havia chegado na Morada dos Khorkhois, muitos bons homens recém-recrutados haviam perecido pela sede e das armadilhas terríveis do Sugestivo, mas a jornada precisava ter um significado.

– O que pensa, Khan?

– Chen-Li? Ainda está acordado a essa hora?

– Não consigo dormir, a tensão está presente em nosso meio, alguns homens estão falando sobre motim.

– Sempre é assim, as pessoas precisam de esperança, e no momento, eu não tenho muito a oferecer, soube que Timur criou uma Polícia Secreta, o que significa que a população deve escolher entre confiar no lunático que foi caçar vermes mitológicos no meio do deserto ou sofrer nas mãos do seu semelhante megalomaníaco.

– Palavras demais, palavras complicadas.

– Heh, eu já imaginava que não me entenderia de primeira, mas se bem que seu Mongol está ficando melhor, agora durma Chen-Li, amanhã será glorioso demais para ficar bocejando.

Com as palavras de conforto de seu amigo gigante gentil, Chen-Li dormiu confortavelmente, mas acordou com uma gritaria ensurdecedora dentro do acampamento.

– O KHORKHOI ENGOLIU O KHAN!

Quando Chen-Li colocou a cabeça para fora de sua tenda improvisada, ele não pôde acreditar nos seus próprios olhos, afinal o Verme Mongol era apenas um mito, em alguns casos um xingamento contra os bárbaros das estepes, mas aquelas criaturas gigantes saiam da areia e engoliam soldados inteiros como aperitivo, de modo que Chen-Li fora extremamente sortudo, pois assim que colocou os pés para fora da barraca, um Khorkhoi gigante a engoliu

– O KHAN ESTÁ MORTO!

Depois de assimilado o choque, veio a preocupação pela vida de seu amigo, que havia lhe prometido acabar com a Guerra, se o Khan morresse, tudo estaria perdido…

3 dias depois.

Chen-Li seguia para fora do Deserto de Gobi cabisbaixo, com ele, apenas 15 homens sujos e feridos, sobreviveram dos 200 que foram ao deserto, o plano era chegar na cidade mais próxima e debandarem depois da fracassada revolta do suposto Renascido Genghis Khan.

Mas eles foram tomados pela surpresa quando se depararam com uma sensação estranha de tremedeira, que se provou um verdadeiro tremor de terra, um abalo sísmico de pelo menos 3 pontos.

Quando sob a luz do luar, o impossível se fez possível mais uma vez neste conto épico da Guerra: Genghis Khan não apenas estava vivo e bem, como também montava o Khorkhoi Gigante sob a Terra!

– Finalmente os encontrei, irmãos! Não precisam mais se esconder ou fugir, pois agora até a mais brava fauna da Mongólia serve ao seu governante de direito!

Com urras e vivas, Genghis Khan era recebido como o grande herói de guerra que era, embora Chen-Li soubesse que a ovação não era para comemorar a domesticação do Verme da Mongólia, e sim pelo fato de seus sonhos e esperanças, os sonhos e esperança da Mongólia… Não, do Mundo Inteiro! Aquela luz que acendeu-se no coração de Khaliun Jargalsaikhan depois da morte de seu melhor amigo, a Paz dos deuses.

Khan, por outro lado, não sorria por estar vivo, e sim por poder ver que os rostos felizes não são cobertos pelas cinzas da guerra.

– Você voltou! Voltou para nós Khan!

– Eu nunca os abandonaria, Chen-Li. Para Ulan Bator!

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