THIS IS BRAZIL

• Epílogo •

Nota da autora:

Aqui está como prometido o último capítulo de TIB.
Votem e comentem bastante em todos os capítulos, para me ajudar a subir nos rankings e transformar essa fic em livro.
Foram três anos sofridos, mas a história termina da forma que planejei.

Quero agradecer por todos que me apoiaram, pelas mensagens de carinho e amor de vocês. Cada leitor foi importante para obra. Muito mais importante que eu, porque sem vocês, Daniel e Thiago não existiriam só na minha cabeça. Acho que graças a vocês, agora eles existem de verdade.

Vou dar um tempo da escrita, talvez eu volte, não prometo nada.

Meu pix para quem quiser me ajudar nem que seja com um centavo:

ceehs2silva@hotmail.com

Com carinho, da mãe dos gays, Crueger.

“O fim da arte inferior é agradar, o fim da arte média é elevar, o fim da arte superior é libertar"
Fernando Pessoa

Daniel A.

A orquestra sinfônica que tocava “Verão” de Vivaldi soava pelos alto falantes de forma eloquente. No entanto, quase ninguém reparava na grandiosidade dos músicos, pois as pessoas não queriam interromper suas falácias, nem por um instante. Elas falavam sobre seus relacionamentos, detalhavam suas intimidades e, mostravam itens dos quais não precisavam ter, só para se orgulharem de serem capazes de comprá-los. Elas ainda admitiam o quanto não gostavam das mesmas pessoas que pretendiam impressionar. Era cômico como elas se consideravam mais espertas que as outras, quando na verdade, eram apenas rasas e vazias. Exatamente, como a maioria das pessoas são. E, como eu já fui um dia.

Eu não me importava mais com jóias e carros, nem com quantos milhões rendiam na minha conta. Eu só queria ler meus livros preferidos, pintar meus quadros e ouvir as músicas que gostava em paz. Meus pais me deram o privilégio de não ter que me preocupar com a escassez, e eu fui irresponsável durante toda a minha vida, consciente de que o dinheiro poderia solucionar todos os meus problemas. E, ele resolveria, se não existisse uma coisa no mundo que nem o mais rico de todos os homens poderia comprar: Amor. Na sua forma mais pura e genuína. Pode soar clichê, mas é o único sentimento que tem o maior número de livros, filmes e artigos para explicá-lo, e mesmo assim continua sendo uma incógnita. Cada um o vê e o sente de uma forma, e poucos conseguem revelar o porquê. Contudo, eu o vejo como o sentimento humano mais simples de todos: você o sente ou não.

Por um instante, sob as sombras formadas pela iluminação da cozinha, nós nos encaramos e acabamos sorrindo.

— Agora tu sabe que se me trair, eu vou fazer pior que teu ex... — Thiago avisou dando um passo para atrás e girando a chave na maçaneta.