ENQUANTO ESTAVA À DERIVA, eu sonhei.
Onde eu flutuava, sob a água escura, ouvi o som mais feliz que minha mente podia conjurar — tão lindo, tão enaltecedor quanto medonho. Era outro grunhido; um rugido mais profundo, mais selvagem, soava com fúria.Fui trazido de volta, quase à tona, por uma dor aguda que me golpeava a mão erguida, mas não consegui encontrar o caminho de volta o bastante para abrir os olhos.
Porque, através da água pesada, ouvi o som de um anjo chamando meu nome, chamando-me para o único paraíso que eu queria.— Ah, não, jimin, não! - gritou a voz apavorada do anjo.
Por trás do som que se estendia houve outro barulho — um tumulto medonho de que minha mente se abrigou. Um rosnado grave e maligno, um som estrepitoso, chocante, e um lamento agudo, interrompendo-se de repente...
Tentei me concentrar na voz do anjo.
— Jimin, por favor! Jimin, escute-me, por favor, por favor, jimin, por favor! - implorava ele.Sim, eu queria dizer. Qualquer coisa. Mas não consegui encontrar meus lábios.
— Namjoon! - gritou o anjo, a agonia em sua voz perfeita. — Jimin, jimin, não, ah, por favor, não, não! - E o anjo chorava sem lágrimas, em soluços interrompidos.O anjo não devia chorar, isso não está certo. Tentei encontrá-lo, dizer-lhe que estava tudo bem, mas a água era tão funda, me pressionava e eu não conseguia respirar.
Houve um ponto de pressão em minha cabeça. Doeu. Depois, enquanto essa dor irrompia pela escuridão até chegar a mim, outras dores vieram, dores mais fortes. Eu gritei, ofegando, respirando pela represa escura.
— Jimin! - gritou o anjo.
— Ele perdeu algum sangue, mas o ferimento na cabeça não é profundo - informou-me uma voz calma. — Veja a perna dele, está quebrada.
Um uivo de raiva saiu estrangulado dos lábios do anjo.Senti uma pontada aguda do lado do corpo. Isto não podia ser o paraíso, podia? Havia dor demais.
— Acho que algumas costelas também - continuou a voz metódica.
Mas as dores agudas diminuíam. Houve uma nova dor, uma dor fervente em minha mão que sobrepujava todas as outras.
Alguém estava me queimando.
— jungkook - tentei dizer a ele, mas minha voz era muito pesada e lenta. Eu não conseguia me entender.— Jimin, você vai ficar bem. Pode me ouvir, Jimin? Eu te amo.
— Jungkook - tentei novamente. Minha voz era um pouco mais clara.
— Sim, estou aqui.
— Isso dói - choraminguei.
— Eu sei, jimin, eu sei - e depois, longe de mim, angustiado —, não pode fazer nada?
— Minha maleta, por favor... Prenda a respiração, yoongi, isso vai ajudar - prometeu namjoon.
— yoongi - grunhi.
— Ele está aqui, ele sabia onde encontrá-lo.
— Minha mão está doendo - tentei dizer a ele.
— Eu sei, jimin. Namjoon lhe dará alguma coisa, vai parar.
— Minha mão está queimando! - eu gritei, finalmente rompendo o que restava da escuridão, meus olhos se abrindo. Eu não podia ver seu rosto, algo escuro e quente toldava meus olhos. Por que eles não viam o fogo e o apagavam?
A voz dele estava assustada.
— Jimin?— O fogo! Alguém apague o fogo! - gritei enquanto ele me queimava.
— Namjoon! A mão dele!
— Ele o mordeu. - A voz de namjoon não estava mais calma, estava aterrorizada.
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Twilight - jikook
RomancePark Jimin chega à nublada e chuvosa cidadezinha de Forks - último lugar onde gostaria de viver. Tenta se adaptar à vida provinciana na qual aparentemente todos se conhecem, lidar com sua constrangedora falta de coordenação motora e se habituar a mo...