As Filha da Rainha de Copas e da Cinderella, Red e Chloe viajam no tempo para evitar um golpe em Auradon dado pela própria Rainha de Copas, no passado elas tentam descobrir o motivo da mãe de Red ser uma tirana. No meio dessa aventura, elas recebem...
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Sua mãe sabe mais.
E onde isso a levou, agora?
Suas cinzas viajam com o vento. Rune até gostou do destino da mãe, afinal ela nunca o quis. O garoto foi fruto de um amor intenso; seu pai idolatrava Gothel, fazendo ela sentir-se rainha de tudo, mesmo que isso fosse uma simples maneira de escapar do fato: eles não tinham mais nada. Mas os trancafiados na ilha se alimentavam de ilusões, do que restou. E quando Gothel soube que a paixão fervente pelo homem lhe trouxe um filho, os beijos deixaram de queimar, suas noites perderam a a excitação e a idolatria que Gothel recebia dele afundou junto de qualquer sentimento.
Ela é o tipo de mulher que elimina um sentimento mesmo antes de senti-lo- quando não lhe é útil. E, com um filho chegando, sabia que o foco do homem não seria mais nela. Por isso, na noite mais vazia da Ilha, Gothel o assassinou. No entanto, manteve vivo o filho para não ter um resto de vida solitário.
O homem era destinado a ela, de fato o amor de sua vida. Ambos deviam ter se amado até fim, mas o sangue frio da bruxa impediu a história de acontecer, provocando a ira de Eros, o deus do amor, a quem abençoou Gothel com um homem maravilhoso, mesmo depois de seus atos deploráveis. Como consequência, Eros lançou uma maldição sobre Gothel, onde a cada ano que passasse, o filho seria alimentado de sua beleza assustadora mesclada à sensualidade e traços marcados. Enquanto isso, Gothel definharia até se tornar pó outra vez.
Isso aconteceu alguns poucos anos atrás e desde então, Rune o filho Mamãe Bruxa, vive isolado na *Torre de Rapunzel*, como o lugar é chamado.
Ele se aprofunda nos grimórios de sua mãe, e quando não está estudando as habilidades, retoca as pinturas do teto. Sente que mater os sonhos de Rapunzel gravados naquela Torre é uma maneira de não esquecer que ele não tem ninguém, fica horas assistindo aquelas pinturas imaginando-as com vida e admirando como Rapuzel as tornou reais.
A Torre, de repente, abalou-se em tal medida que os livros caíram do móvel que os abrigava. Rune avaliou os riscos olhando para os lados ao saltar da cama. Aparentemente nada quebrado, mas os ruídos de trovões se fizeram tão estridente que o garoto cogitou as coisas explodirem.
Rune correu para a única janela, afim de espiar a fonte daqueles sons. Sua casa ainda tremia. As paredes rochosas começaram a se partir, mas ele não percebeu esse detalhe acontecendo pelas suas costas.
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