PT | Safe & Sound - RDJ

Ligações

No amanhecer suave daquela manhã, a luz do sol escorria pelas frestas da cortina, tingindo o quarto com um brilho dourado que parecia flutuar no ar. Robert abriu os olhos lentamente, sentindo o calor do corpo de S/N ao lado dele, os cabelos dela espalhados pelo travesseiro, emoldurando seu rosto sereno. Ele ficou ali por alguns minutos, apenas observando-a, capturando aquele momento de paz, como se quisesse gravar cada detalhe em sua memória. Seus olhos traçavam a curva suave da bochecha dela, a forma delicada como os lábios dela se moviam levemente com a respiração.

Ele sentia algo novo, algo profundo. Era mais do que amor; era como se ela fosse o centro de uma nova constelação em sua vida, e ele estava orbitando ao redor dela, encontrando seu equilíbrio.

Com cuidado para não acordá-la, RDJ deslizou para fora da cama, sentindo o frio do chão de madeira sob os pés descalços. Vestiu suas roupas silenciosamente, o movimento ensaiado e quase reverente. Antes de sair do quarto, deu uma última olhada para você, seus olhos suavemente iluminados pelo brilho da manhã. Um sorriso pequeno e afetuoso cruzou seus lábios. Downey sabia que ela precisava de um bom café da manhã antes de enfrentar mais um dia no MIT, e queria que esse gesto fosse a primeira coisa que ela visse ao acordar.

Na cozinha, Rob movimentava-se com suavidade e calma. Pegou os ingredientes com cuidado, esquentou a cafeteira e preparou algumas torradas com ovos mexidos, misturando uma pitada de carinho em cada movimento. Ele estava longe de ser um chef, mas queria que aquilo fosse mais do que um simples café da manhã — queria que fosse um lembrete de que ele estava ali, presente, disposto a ser mais do que uma sombra do passado.

O aroma do café fresco começou a encher a casa, se misturando com o calor suave do sol que já se espalhava pelas janelas. O som baixo da frigideira quebrava o silêncio da manhã, mas ainda assim, tudo parecia envolto em uma tranquilidade sagrada.

No quarto, S/N se mexeu na cama. Os primeiros raios de sol que tocavam sua pele a despertaram lentamente, como um beijo delicado do novo dia. Ela abriu os olhos devagar, ainda envolta pelo calor do cobertor e pela suavidade das lembranças da noite anterior. Virou-se na cama, estendendo o braço ao lado, mas sentiu o espaço vazio. O corpo de Robert não estava mais ali, mas seu cheiro, sua presença, ainda preenchiam o quarto. Ela sorriu, um sorriso calmo e satisfeito, o tipo de sorriso que nasce sem esforço, apenas por sentir que o mundo está no lugar certo.

A garota se levantou, o corpo ainda relaxado pelo sono, e caminhou até a porta. Quando desceu as escadas, o cheiro do café a envolveu, a dedicação que Robert colocava em cada gesto. Ao entrar na cozinha, o viu de costas, concentrado na tarefa simples de mexer os ovos na frigideira, as mãos ágeis, mas cuidadosas. Havia algo de incrivelmente terno naquela cena.

— Bom dia, chef — ela brincou suavemente, a voz ainda rouca de sono, encostando-se ao batente da porta com os braços cruzados.

Ele se virou, um sorriso fácil aparecendo em seus lábios ao vê-la.

— Bom dia, querida  — respondeu, e, com um gesto exagerado, apontou para a mesa onde o café da manhã já estava quase pronto. — Sente-se. Eu vou cuidar de tudo. Hoje é o dia da sua apresentação e não quero que esteja de estômago vazio.

Você riu suavemente, caminhando até a mesa e se sentando. O calor do café esquentava suas mãos, enquanto ela o observava terminar de preparar o restante da refeição. Havia um conforto familiar no que ela, apesar de nunca ter vivido aquilo, e também uma tensão sutil, como se ambos soubessem que, em algum momento, teriam que falar sobre o que estava acontecendo entre eles.

Quando Downey finalmente sentou-se à mesa com ela, o silêncio que antes era reconfortante agora parecia carregado de um subtexto mais profundo. Ambos sabiam que precisavam conversar, mas as palavras, por algum tempo, ficaram suspensas entre eles, esperando o momento certo para emergir.