Mentiras

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Era segunda-feira 6:00 da madrugada. E o relógio desperta, com um som agudo e estridente. Emily acorda com o som em seus ouvidos
-- ah... não acredito! Tenho aula hoje. -- Emily sussurra irritada. Se levanta, pega o chinelo e vai até o banheiro que era dentro do seu quarto.
Era o quarto dia na casa ela ainda não tinha se acustumado.
Ela parou na frente do espelho com os olhos cerrados e o rosto marcado pelo sono. Pega a escova na gaveta do armário e começa a escovar seus longos cabelos loiros. Ao terminar pegou a escova de dentes, e escovou-os com uma preguiça alarmante. Logo após lavou o rosto, secou-o e sai do banheiro. Abriu o armário e pegou uma camisa-regata preta, uma calça jeans escura e um moletom rosa. Ela os colocou e depois desceu para a cozinha.
Ao chegar, avistou a sua mãe tirando o buli do fogão e levando a mesa. Emily não entendia como a mãe poderia ser tão diferente dela.
-- Emy! Você já acordou. Ansiosa para o seu primeiro dia de aula? -- disse a mãe entusiasmada.
-- Não.-- respondeu Emily com uma voz seca. -- odeio escola nova.
-- quer comer antes de ir? -- disse ela ignorando a resposta de Emily.
-- sim. Estou morta de fome. -- respondeu. E se sentou. A mãe colocou pães presunto e mussarela na mesa, junto ao leite e café. Emily colocou leite e café em um copo de plástico. Cortou o pão e colocou fatias de presunto e mussarela. Comeu uma velocidade impressionante rápida.
Ao terminar, Emily se levantou, pegou a mochila rosa que havia deixado ao lado da cadeira e colocou nas costas.
-- Vamos mãe? -- disse Emily.
-- vou pegar a chave. -- Respondeu a mãe. -- vá indo para o carro.
Emily sai da cozinha, atravessou o corredor. Ao chegar na porta, girou a chave, girou a maçaneta e saiu para o lado de fora da casa.
O céu ainda estava em um azul escuro. Emily olhou no relógio e já eram 6:35.
Ouviu um barulho na casa vizinha. Era o Nathan, seu vizinho que ela considerava lindo. Com uma bicleta preta com bagageiro. Ela não tinha visto mais ele. Dês da última vez que se encontraram, no dia que ela se mudou.
-- Oi Emily. -- disse Nathan com um sorriso encantador.
-- Oi -- respondeu ela vendo ele se afastar de bicicleta.
-- Vamos Emy. -- era sua mãe. Se movendo até o carro. Emily não respondeu. Mas foi em direção ao carro.
Ao entrar sentiu o cheiro de carro novo.
Não está esquecendo de nada né? -- perguntou sem olhar para Emily.
-- Não mãe. -- respondeu ela. Logo após colocou fones de ouvidos. E se desligou do mundo. O som era tão alto que até sua mãe conseguia ouvir.
A mãe dela já tinha saído de casa e já estava quase no final da rua. Não era muito longe a escola de sua casa. Uns 5 minutos indo andando.

Ao chegar na frente da escola Emily viu um grande portão, com muros azul claro. Cheio de adolescentes. Com um barulho alto de conversa.
-- Boa aula filha. -- disse a mãe.
-- Obrigada mãe. Tchau. -- Emily saiu do carro e fechou a porta. Estava agora em uma calçada bem a frente do portão principal. Sua mãe ligou o carro e foi embora.
Emily pegou um papel em seu bolso e lá estava marcado, o cronograma das aulas.
Quando entrou para dentro da escola, viu longos corredores pintados de verde e branco, e portas brancas. Ela era alvo de muitos olhares curiosos. E não deixavam de perceber como a garota era bela e com um rosto angelical. Ela realmente era muito bonita.
Olhou novamente no papel e sua primeira aula era matemática.
Ao encontrar a sala. Percebeu que a porta estava aberta. Foi em direção a ela. Ao chegar se assustou ao ver Nathan junto a um garoto e uma garota.
Quando ele a viu, fez a mesma feição de susto que Emily.
Emily? -- perguntou ele confuso.-- vem aqui. -- Emily sorriu. Começou a caminhar até o canto da sala cheia de carteiras.
-- Não sabia que você viria para essa escola. -- disse
-- que conhecidencia. Pelo menos agora conheço alguém aqui. -- disse ela com um tom de felicidade e se sentou em uma cadeira junto a eles.
-- bom esses são meus amigos. Hannah e Ryan. -- Hannah era mto branca de cabelos pretos e longos, e usava batom vermelho. Ryan era um pouco mais moreno com cabelos enrolados e olhos escuros.
-- oi pessoal. -- disse Emily envergonhada.
--oi.-- disseram os dois ao mesmo tempo.
-- como está sendo seu primeiro dia? -- perguntou Nathan.
-- diferente. Agora todos ficam reparando em mim. -- respondeu ela.
-- você já deve estar acustumada. Bonita assim não tem como não olharem. -- disse Ryan.
-- Obrigada. -- respondeu ela, envergonhada.
No mesmo estante entra um garoto pela porta de pele branca e roupas devidamente passadas e limpas de oculos. Ele senta na primeira carteira no meio da sala.
-- Esse é o nerd da sala. -- disse Hannah, procurando se enturmar com Emily.
Típico de toda sala. -- respondeu Emily para Hannah mas sem olhar para ela. Estava olhando para o chão. E Nathan olhando fixamente para ela. Analizando o rosto dela, como analizara uma obra de arte.
Logo após entra uma garota loira e alta com um olhar malefico, acompanhada de duas meninas menores que ela. Eram extremamente iguais. Gêmeas, com cabelos castanhos até os ombros, e com um corpo visivelmente magro.
-- Essas são as piranhas da sala. -- disse Hannah com uma voz seca.
-- isso também é típico de toda escola. -- respondeu Emily, mas desta vez olhando para ela.
-- Se você andar com elas, vai perder o meu respeito. -- disse ela e sorriu.
-- Não sou do tipo que gosta de aparecer. -- disse Emily.
Um som estridente ecoou no lugar. Era o sinal da escola. Após o sinal começaram a entrar vários alunos na sala, em um aglomerado de pessoas. Logo após o professor entra na sala. Ele era um pouco velho e tinha barbas e cabelos brancos-grisalhos e usava uma roupa social.
Agora todos os alunos já estavam sentados em seus lugares. O professor colocou seus livros na mesa e percebeu que havia uma aluna nova.
-- acho que temos uma aluna nova! -- disse o professor entusiasmado.-- você pode vir aqui na frente menina? -- Emily ficou tremula e se levantou, atravesou o corredor de carteiras e chegou até perto da mesa do professor.
Qual o seu nome? -- perguntou ele.
-- Emily Moore. -- respondeu ela e sorriu. Ainda estava tremendo.
-- Seja bem vinda Emily, espero que goste daqui
-- obrigada. -- respondeu ela. É foi para o seu lugar.

Emily estava entediada. Já tinham se passado três longas aulas. Até que o sinal bateu. Era hora do intervalo. As pessoas da sala começaram a sair. Emily se levantou. Nathan se levantou junto a ela. Quando ela ia se mover para frente, ele segurou a mão dela e a puxou-a com delicadeza. Era a primeira vez que eles haviam se tocados. O olhar deles se cruzaram, eles se olharam fixamente.
-- Quer ficar conosco no intervalo? -- disse ele e sorriu disfarçadamente.
-- Seria ótimo! -- respondeu ela. Hannah e Ryan ficaram só observando os dois. Então todos eles foram em direção a porta para saírem. Emily e Nathan na frente e Hannah e Ryan logo atrás.

Ao findar a aula Emily estava saindo da escola com os novos amigos. E viu o carro grande e vermelho da mãe bem a frente do outro lado da rua.
-- Pessoal vou com a Hannah até a casa dela -- disse Ryan - tchau, até amanhã.
-- Até amanhã pra vocês. -- disse Hannah e saíram.
-- Ei! Vocês venham aqui -- disse Anna para os Emily e Nathan. Eles atravessaram a rua, ele estava empurrando sua bicicleta.
-- será que você pode levar a Emily para casa. Eu tenho um compromisso urgente. E acho que ela não vai querer ir. -- disse ela olhando para Nathan.
--levo sim. Pode ser Emily? -- disse ele.
-- Pode sim. -- respondeu ela. --Tchau mãe.
-- tchau filha. Te amo. E Vaí direto pra casa.
-- ta mãe. -- ela ligou o carro e sai um pouco rápido. E eles foram em direção a calçada.
-- então... topa subir no meu bagageiro? -- perguntou ele e sorriu.
-- claro! -- respondeu ela é sorriu de uma forma encantadora, como uma princesa. Ele subiu na bicicleta
-- vamos?
-- vamos... -- ela subiu na bicicleta atras dele e sugurou em sua cintura.
-- coloque seus braços em volta de mim. -- disse ele
-- Como? -- perguntou ela confusa.
-- para você não cair, eu ando um pouco rápido. -- então ela colocou os braços em volta da cintura dele e sentiu seus músculos, cobertos por um fino tecido.
-- aí vamos nos! -- disse ele e começaram a se mover em uma velocidade cada vez mais rápida. O vento soprava em seus cabelos, fazendo balançar. E sentiram a brisa fraca do vento em seus rostos.
-- O que achou do seu primeiro dia?
-- melhor do que eu pensei que seria. Obrigada por não me deixar lá sozinha.
-- foi um prazer pra mim... então você tem namorado?
-- não. E você?
-- não mais?
-- como assim?
-- sabe aquela garota loira e patricinha? Então, namorava com ela.
-- e porque terminaram?
-- ela era muito chata. E quando terminei ela disse para todos que eu a traí. Mas não traí.
-- nossa. Ela é mesmo uma vadia.
-- ela ficou te olhando com um olhar de raiva pra você. Porque você acha? -- ele sorriu.
-- por que estava com você. Ela me olhava com cara de quem quer vomitar.
-- isso é inveja. Não sei se você percebeu mas todos estavam olhando pra você.
-- pior que percebi. Mas não estou acustumada com isso.
-- como disse o Ryan "você deveria estar acustumada, pois é muito bonita".
-- sério que você acha isso?
-- claro! Você não se acha bonita?
-- não tanto quanto vocês falam.
-- entendi...
-- o Ryan gosta da Hannah?
-- está tão óbvio assim? Gosta. Mas não quer assumir.
-- porque?
-- acho que medo de rejeição.
-- que pena eles formam um lindo casal. -- ele sorriu. Agora já estavam na rua da casa deles.
-- viu chegamos e não foi tão ruim.
-- muito obrigada, e até amanhã.
-- pega meu número, para quando quizer falar comigo. -- disse ele. E passou seu número pra ela. E ela salvou em seu celular.
Então... tchau. -- disse ela. Logo após deu um beijo na bochecha dele.
-- tchau. -- ele disse e ficou paralizado com uma expressão de susto e ao mesmo tempo felicidade. Ele sorriu e foi para sua casa.
Ao abrir a porta de sua casa, ouviu algo. Era seu pai conversando com alguém no telefone
-- Anna temos que escode-la pois estão procurando ela. Foi por isso que nos mudamos. Ela está em perigo! -- disse o pai com uma voz preocupada para a Anna que estava do outro lado da linha. Emily subiu as escadas correndo. Ela não queria que ele soubesse que ela ouviu a conversa.
Entrou no seu quarto tirou a mochila e sentou-se em sua cama.
Mas agora tinha uma coisa que não saia de sua cabeça. Ela não estava entendendo o que seu pai estava querendo dizer com aquilo. Porque e do que eles estavam falando.

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