the beginning of my death

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Eu costumava a pensar que o começo da minha morte, foi a partir do momento em que tudo ficou embaçado e minha garganta queimava com a falta do ar, mas acho que minha morte foi muito antes de tudo isso. Quando comecei a viver intensamente, e comecei a amar sem a ridícula noção do que pensam que é certo ou do que eu realmente acho que é certo, é que notei que estava fazendo algo que me empurrava literalmente para o abismo.

Mas a sensação, era o fator que gritava mais alto em minha consciência. O amor ardiloso e perigoso o tornava mais real e fascinante. Era como se minha capacidade de amar estivesse totalmente alterada, e eu não tivesse mais a noção do certo ou errado. E isso foi muito antes dos meus momentos finais, e, sinceramente não me arrependo de nada. Na tranquila e escura morte, aonde relembrava meus doces pecados, começar do início do meu fim era a coisa que mais me tranquilizava, quando eu sabia que aonde quer que eu estava agora, estar na terra era muito pior. A não ser quando eu estava com ela.

Acho que, você só entenderia se soubesse pelo que eu passei.

[ Seis meses antes]

- Melanie! - Gritou minha mãe do primeiro andar. - Acho bom que você não se atrase hoje, por que eu estou cheia de afazeres. - Insistiu. Isso acontecia toda manhã; Eu fazia o meu melhor para não ir a aula.

Ás vezes, comia biscoitos de mel, por que eles especialmente me davam enjoo, e depois os vomitava. Minha mãe, Elizabeth Candle, sempre acreditava, e me deixava ficar em casa. Ela nunca soube dessa minha "alergia", e trabalhava tanto, que nem ao menos se preocupava em saber a causa dos meus vômitos matinais.

Ela era tão ocupada com o trabalho de jornalista, que quase nunca estava em casa. Ia para o trabalho depois de deixar eu e meu irmão na escola, e chegava na hora do jantar todos os dias. Não tinha muito tempo para se preocupar em nos ajudar na escola, mas as notas vermelhas do boletim eram quase que um crime para ela. Ela era independente, meu pai; Daniel Vega, havia se divorciado dela quando eu tinha sete anos, e nós não nos falávamos muito. Mas Tyler sim. Na época que eles se separaram, Tyler era bem menor, tinha cinco anos, e ainda não podia saber que a razão da separação foi por causa da traição de meu pai com sua secretária. Eu sabia, e tudo que eu conseguia sentir por ele era raiva, mas minha mãe não impediu que crescêssemos com meu pai.

Tyler, sempre ia a sua casa, e eles iam pescar na maioria das vezes. Minha mãe o amava, e perguntava tudo o que acontecera para ele, e ela ficou muito triste quando descobriu que meu pai havia marcado o casamento com sua secretária. Ao contrário de meu irmão, eu nunca quis visitar meu pai, e ele me ligava no meu aniversário ou no dia de ação de graças, mas eu era fria com ele. Hoje em dia, ele continua tentando me agradar, e não tenho como dizer não para ir visitá-lo ou sair com ele ás vezes. Talvez seja por causa de meu irmão mais novo; Eric. Ele é somente uma criança de três anos, fruto desse casamento entre a ex secretária de meu pai e ele. Eu na verdade o adoro, mas minha opinião sobre sua mãe não muda.

-Já estou indo!-Gritei cantarolando enquanto descia as escadas com pressa. Fui até a cozinha, aonde Tyler terminava seu cereal, também sendo apressado por minha mãe, que já estava saindo de casa. Peguei uma maçã na fruteira logo em cima da bancada e me virei para Tyler, já tendo certeza de que minha mãe não podia nos ouvir da garagem. -Você tem certeza sobre o que me disse? - Perguntei e depois dei uma mordida na maçã.

- Bom dia pra você também, Mel. - Advertiu, sorridente. Sorri de volta e mostrei o dedo do meio, o que nos fez rir juntos. - Sim, é verdade. Ouvi a mamãe falando sobre essa tal viagem no telefone. Se ouvi certo, será amanhã á noite. - Disse, se levantando e indo até a pia, lavar sua tigela.

- Tomara que seja verdade. A festa seria demais.-No momento em que tentei imaginar a festa, sorridente e muito entusiasmada, Tyler me lançou um olhar de raiva, que desfez meu sorriso em segundos. - Quê?

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