Capítulo 3

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Havia se passado um mês desde que o novo garoto entrou na escola e, com o tempo, descobri coisas sobre ele que eu nem queria saber e me pergunto como aquelas garotas sabiam de tudo aquilo, mas só oque vale a pena tirar disso tudo é que o nome dele é Harry.
O tal Harry já não era mais o assunto do momento, visto que ele estava sempre sozinho e deu um fora na maioria das meninas da escola...e até meninos, mas isso não vem ao caso. Ele é como um lobo solitário, frio e indecifrável.
Enfim, pelo jeito, o novo assunto são os novos bolinhos da cantina...esse povo arruma cada conversa!
-Pode ir sentar Emy, já já eu vou, só vou falar rapidinho com o Adam e já te encontro. - Eu disse para Emilly que me esperava com sua bandeja. Eu segui Emilly com o olhar até ela se sentar e logo me virei para falar com Adam. Na verdade, só ia pagar a ele o dinheiro que ele me emprestou na sorveteria outro dia, nada demais, mas ultimamente têm estado horrível conversar na escola por causa das novas construções e reformas que estão fazendo.
Assim que terminei de falar com Adam, segui em direção a mesa, quando ouço "Cuidado garota!" de uma voz desconhecia e logo me sinto ser agarrada por alguém que me tirou de onde eu estava como um furacão. Quando olho para cima, vejo que o grito veio do pedreiro, que havia deixado uma enorme placa de vidro cair de cima da escada de onde ele estava. Quando olho para o lado, vejo Harry na minha frente me olhando atentamente com uma expressão séria, com os braços ao meu redor enquanto estávamos no chão. Foi aí que eu percebi tudo: Quem gritou foi o pedreiro, o barulho veio do vidro quebrando e quem me agarrou foi o Harry. Como ele conseguiu? Eu podia ter morrido lá.
As pessoas a nossa volta começaram a se aglomerar, mas eu estava em choque, e só via o rosto do Harry perto do meu. Muitas pessoas falavam coisas ao meu redor, mas a única coisa que eu ouvia era:
-Consegue se levantar? - Harry perguntava com uma mão no meu braço e outra em minha cintura me ajudando a levantar. - Vem, vou te levar a enfermaria. - Eu apenas assenti e fui com ele.
Quando chegamos a enfermaria, a enfermeira veio até mim e me pediu para deitar na cama que tinha ali. Harry se sentou em um banco perto de mim.
-Como está se sentindo? - Perguntou a enfermeira.
-Eu...Estou com muita dor na cabeça e...- Sinto um arder na minha perna, e logo vejo um caco de vidro no meu tornozelo. - Minha perna...- Eu digo sentindo a dor.
A enfermeira tirou o caco de vidro, fez o curativo, me pediu para ficar deitada um pouco e saiu do quarto.
Eu fiquei deitada olhando para cima e sentido o olhar de Harry sobre mim, então decidi encará-lo.
-Obrigada pelo oque você fez. - Eu disse calmamente e ele se aproximou, sentando ao meu lado na cama onde eu estava deitada.
-Não foi nada. - Ele disse. - Por que não dorme um pouco?
- Tudo bem. - Eu digo sorrindo fraco. Achei que ele iria sair dali quando fechasse os olhos, mas senti sua mão mexendo no meu cabelo, oque me fez abrir os olhos um pouco espantada.
-Descupa, quer que eu pare? - Ele perguntou tirando sua mão de mim.
-Não...- Peguei em sua mão e coloquei em meu cabelo de novo, e logo ele voltou com o carinho, oque me fez dormir rapidamente.
***
Quando acordei, Harry já não estava sentado na cama, e sim, estava sentado em uma cadeira ao lado da mesma, com a cabeça apoiada e um dos braços e com uma mão segurando a minha. Fiquei meio confusa com aquilo, mas logo ri de como ele dormia engraçado. Olhei para o relógio e passavam das 13h. Sentei na cama e me aproximei de Harry, o balançando devagar e o chamando. Ele logo acordou e ficou meio confuso olhando ao seu redor, mas logo lembrou de tudo.
-Harry, está aqui até agora? Podia ter voltado para a aula ou ido embora. Você não tem que almoçar? Sua mãe deve estar preocupada que você ainda não foi para casa! Já passam das 13h e...- Harry me interrompeu dizendo:
-Para de se preocupar, eu fiquei por que quis. - Ele disse me calando. - Deixa eu te ajudar a levantar. - Ele disse me envolvendo em seus braços e me ajudando.
-Obrigada. - Eu disse e abracei ele. Foi um abraço muito tranquilo, me trouxe paz, nunca havia abraçado alguém e sentido isso. Nem parecia que estava abraçando uma pessoa de verdade. - Como você conseguiu me tirar de lá tão rápido? - Eu disse me soltando de seu abraço e vi ele mudar de expressão.
-Eu...estava perto de você, do lado na verdade. - Ele disse apreensivo e eu aceitei sua reposta.
-Tudo bem...Bom, acho que está na hora de irmos embora. - Ele assentiu e cada um foi para um lado quando chegamos na rua.

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