Paixão Obsessiva - Fred (parte 2)

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             A voz do seu antigo namorado vinha com um tom de surpresa, mas ao mesmo tempo com uma certa esperança de que não fosse ela, talvez pelo fato de estar beijando um cara que ele provavelmente só de olhar consideraria um "fedelho". Ela o cumprimentou e apresentou ele à Fred, Dean parecia muito simpático - bem mais do que ela se lembrava - já Fred lançava um olhar ameaçador na tentativa de intimidá-lo. Eles conversaram durante aproximadamente dois minutos sobre a vida de Carrie e de Dean, e por mais estranho que parecia ele tentava sempre inserir Fred na conversa. Eles se despediram e Dean se afastou e logo se aproximou de uma garota, sem demorar muito acabaram se beijando e Carrie pôde finalmente desviar o olhar de volta para Fred. Ele também tinha acabado de mudar a direção do olhar para ela e sorria.

   - Até que ele não é tão ruim, só um pouco baixo. - Ele disse.

   - Ele está mais simpático que antes.

   - Seria grosseria se eu te beijasse agora?

   - Seria, mas não me importaria.

             E seus lábios novamente se encontraram. Durante o resto da noite eles dançaram, e de hora em hora, o tempo parava para observar aquele amor que nascia ali. Quando o relógio de aproximava das 4:30 da manhã, o celular de Carrie a lembrou que teria uma reunião naquela tarde e precisava dormir bem. Eles foram para o carro e como um bom cavalheiro, ele abriu a porta para ela. Apesar do que tinha acontecido naquela noite, a amizade deles permanecia intacta e talvez até mais forte. Eles estavam no carro cantando enquanto passavam por uma rua escura, Carrie avistou a sombra de um homem caminhando pela calçada, ele se movia depressa, mas no momento que o carro passou por ele a luz do poste da rua o iluminou, o homem olhou para dentro do carro e ela podia jurar que era Richard. Ela disse para Fred parar o carro e ela pulou do mesmo muito rápido, olhou para onde Richard poderia estar e não tinha mais nada, ele havia sumido. Ela ficou alguns minutos procurando e concluiu que ele deveria ter entrado em um beco e fugido. Ela tinha certeza que ele sabia que era ela que estava cuidando de seu caso, e ao vê-la saiu correndo.

    - Carrie, vamos embora, aqui está muito perigoso!

            Ela estava enfurecida, tinha estado frente a frente com seu maior objetivo, e não conseguiu agarrá-lo. O clima entre ela e Fred tinha esfriado e eles permaneceram em silêncio até chegarem na frente da casa de Carrie. Ao chegar na porta, Fred depositou um beijo em sua testa.

    - Você está bem?

    - Estou, é só que... - Ela fez uma pausa e seus olhos se encheram de lágrimas. - Não, não estou.

            Ela começou a chorar e ele a abraçou, segurando-a com todo carinho possível, ele perguntou se podia entrar e ela assentiu.

     - Estou há anos nesse caso, desisti do meu namoro, deixei minha família e minha cidade natal, e quando finalmente o vejo ele escapa.

     - Mas você precisa ver o lado bom, você não fazia ideia de onde ele estava não é mesmo? Agora sabe que ele está aqui.

     - Mas olha o tamanho dessa cidade, Fred, se ele for um pouco esperto me passará a perna de novo.

     - Qual é, Jones? Você é a melhor detetive dessa cidade, aposto que você acha ele fácil.

     - Obrigada, Fred. Você fez a noite ser incrível, e quando ela ficou péssima, você a melhorou de novo.

     - Eu vou sempre tentar dar o meu melhor por você, Carrie.

             E como já era de se esperar, se beijaram. O beijo começou como os outros, repleto de carinho e cuidado, mas com o passar do tempo eles se tornaram intensos para acompanhar o movimento das mãos de ambos. Ela acariciava os braços e nuca dele e ele segurava firme a cintura dela. Eles estavam sentados lado a lado no sofá acobreado da sala de Carrie, mas depois de o clima esquentar novamente, ele a puxou para si, e por ser uma posição desconfortável ela se sentou em seu colo. Ele agora segurava firme em suas coxas e ela tinha começado a depositar beijos em seu rosto com a barba por fazer, ela desceu até seu pescoço e se dirigiu para a zona abaixo do pomo-de-adão. Ele se arrepiou e a levantou segurando ela pelas nádegas, ele fez o mesmo que ela mas desceu um pouco mais, chegando em seu decote. Ele a colocou no chão e tirou seu vestido, em seguida tirou sua camisa deixando à mostra seus músculos bem desenhados e as curvas de Carrie.

      - E eu achando que você estava linda quando vim te buscar. - Disse ele avaliando cada centímetro dela.

              Sem dizer nada ela simplesmente o beijou, e enquanto isso desabotoou a calça preta que ele usava e em seguida sua cueca, ele sem ficar para trás retirou a roupa íntima dela também. Eles trocavam carícias e aquilo não era simplesmente uma noite de sexo qualquer, ele a amava e ela, da maneira que fosse o amava também. O resto da madrugada foi seguida por sensações de intenso prazer e trocas de sentimentos de ambos através do contato entre seus corpos, a luxuria também tomou conta deles e pela proximidade dos dois não tiveram vergonha de expor suas fantasias e desejos. Quando o dia já estava amanhecendo, depois da última vez em que os dois gozaram e seus corpos já não aguentavam mais, eles que já estavam no quarto de Carrie se deitaram lado a lado e deram as mãos.

      - Eu espero por isso desde que te vi pela primeira vez, sei que pode parecer só papo de um pirralho pegador, mas o que eu disse na boate era verdade. Eu te amo. E acho que desde a minha adolescência não amo ninguém dessa maneira.

      - Você sabe que a minha vida é o trabalho, não sabe? Eu devo admitir que essa noite, quem sabe, eu tenha me apaixonado um pouquinho por esse seu jeito de cuidar de mim. E quem sabe pelos seus olhos e seu sorriso também, mas isso é segredo. Boa noite, Fred. - Ela deu um beijo no rosto dele e se virou para finalmente dormir.

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