Capítulo II

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Mary ajudava a mãe nos trabalhos de casa: limpava o chão, alimentava as galinhas, cozinhava… Enfim, Mary colaborava com sua mãe para deixar a casa em ordem.

Aos domingos, Mary colocava seu melhor vestido e ia com seus pais para a igreja que havia no vilarejo. A igreja ficava a uns três quilômetros da casa da família Jones.

Na igreja, Mary gostava de cantar os hinos. Ela sabia uma porção de hinos de cor, e se esforçava para aprender a letra de outros hinos.

O que era difícil para Mary entender era o que o pastor dizia nos seus sermões. Ela não compreendia todas as palavras que ele dizia, nem conhecia todas as histórias da Bíblia que o pastor mencionava. Ele falava para gente grande, e ela era apenas uma criança. Mesmo assim, Mary gostava muito de ir com os seus pais à igreja e procurava aprender tudo o que conseguia, em especial as histórias daquele livro grande de capa preta que era lido domingo após domingo pelo pastor.

Mesmo não sabendo ler, Mary tinha uma admiração especial por aquele livro, por seus personagens e histórias.

Quando o culto terminava, Mary se aproximava do livro para admirá-lo. Na capa, ela via duas palavras escritas com tinta dourada. Imaginava que estivesse escrito:  BÍBLIA SAGRADA.

Era assim que o pastor chamava o livro quando o pegava para ler. Ao abrir o livro, Mary se perguntava:
— Como é que alguém pode entender todos esses rabiscos?
E continuava sonhando:
— Ah! Se eu pudesse ler esse livro! Ele tem tanta coisa bonita! Ah! Se eu tivesse minha própria Bíblia para ler em casa!

A História de Mary JonesOnde histórias criam vida. Descubra agora