Capitulo 2

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Ao chegar em casa minha mãe ainda não estava, fui direto para o meu quarto, depois de tomar um banho desci para almoçar e salvar a cozinha de minha mãe de ser incendiada por Symon. Assumi o fogão e fiz nosso almoço, não esperamos por nossa mãe pois ela costumava chegar tarde do trabalho.
- Quando é que você vai criar coragem e falar pra Sophia que gosta dela? Eu disse a ele interrompendo o almoço.
- Não acho que chegou o momento ainda.
- Pra você nunca é o momento.- Falei rindo da cara dele.
- Eu só quero ter certeza do que ela sente por mim, antes de abrir a minha boca e falar besteira.
- Você só vai saber se falar, porque pelo que conheço de Sophia ela não é muito de demostrar seus sentimentos. Escute meu conselho de irmã, se abra com ela e esclareça tudo enquanto há tempo.
- Vou pensar no assunto, é muito complicado tudo isso. Dito isto a conversa morreu entre nós.
Terminamos de almoçar eu lavei a louça e já estava a guardando quando minha mãe chegou. Realmente parecia que ela teve uma manhã bem puxada, ela trabalhava em uma distribuidora de bebidas, e ultimamente vinha lhe dando muita dor de cabeça.
- Muito trabalho hoje?
- Nem me fale, muitos pedidos para rever, cargas atrasadas, aquilo hoje foi uma loucura e nem chegou o final do dia ainda. - Disse ela pondo o almoço no prato.
- Mantenha a calma mãe, vai dar tudo certo, você sempre dar um jeito pra tudo.
- É isso, minhas estratégias estão acabando, preciso contratar um novo gerente.
- E porque não faz isso??
- O orçamento não me permite Laura, acha que se eu pudesse não já teria contratado alguém para me ajudar?
- Faça um novo orçamento, corte gastos, se não você vai acabar pirando.
- Vou rever, vou rever. Cadê seu irmão?
- Deve ta lá no quarto pensando em Sophia! Respondi a ela sorrindo.
- Ele ainda ta apaixonado por ela?
- E você acha que ele esquece ela tão fácil? Não sabe da história a metade mãe.
- Nossa não sabia que era tão sério assim, pensei que fosse apenas uma paixão atoa.
- Também achei no início, até ver ele suspirando por ela, já disse a ele fala pra ela, mas ele disse que ainda não, então lavo minhas mãos.
- Digo o mesmo, eles que se entendam.
Quando minha mãe terminou de almoçar recolhi seu prato e em seguida lavei, quando terminei ela já tinha voltado para o trabalho. Fui para meu quarto e chequei meu celular, quatro chamadas perdidas de Katherine, acho que ela estava desesperada. Retornei a ligação e ela atendeu ao terceiro toque.
- Oi!! Aconteceu algo?? Lhe perguntei.
- Não, você não atendia fiquei insistindo até você perceber que eu estava lhe ligando.
- E poque essa urgência toda em falar comigo?
- Ia te chamar pra vir pra cá assistir filme, chamei as meninas também.
- Ta bem chego ai em meia hora.
Desliguei o celular troquei de roupa e fui para a casa dela. Katherine não morava muito longe, mas só o fato de caminhar sozinha até lá desanimava qualquer um. Como esperado cheguei lá em meia hora, Clara e Sophia já estavam, todas aguardando minha chegada para começar o filme.
- Que filme veremos? Fui logo perguntando assim que entrei.
- Tem que ser de comédia! Afirmou Clara e eu concordava com ela, nada de romance, porque aqueles romances perfeitinhos só existem nos filmes.
Sentadas todas no tapete assistimos o filme, rimos litros e fazia tempo que não ria tanto assim com as meninas, já que minhas férias gastei dormindo, assistindo ou lendo, porque nem pra enxer o saco de Symon eu servia, como boa irmã que eu sou.
- Gente vocês viram o cabelo de Rebeca? Que era aquilo? Disse Clara se acabando de rir.
- Acho que ela exagerou na tinta vermelha! Comentou Sophia com a boca cheia de pipoca.
- Ela é estilosa meninas, deixa ela. Nem Katherine levava a sério o que ela mesmo acabara de dizer, e todas nós rimos muito disso.
Ao terminar o filme fomos limpar a bagunça, tinha pipoca pra todo lado, parecia que havia ocorrido uma guerra de pipoca ali e nao uma sessão de filme. Depois de tudo limpo nos despedimos de Katherine e fomos para casa e novamente voltei só.
Já passava das 18:00 horas quando sair da casa de Katherine, a noite estava fresca, mas o ar úmido denunciava chuva a caminho, resolvi andar mais rápido, não estava afim de tomar chuva aquela hora, mas não foi isso que aconteceu no meio do caminho a chuva caiu, parei na frente de um restaurante ainda fechado para esperar a chuva cessar, notei que era um restaurante japonês e que nunca tinha vindo ali, parecia um lugar aconchegante. Nesse horário o trânsito costuma ficar maluco e ainda chovendo os motoristas pareciam que perdiam o senso de direção. A chuva não cessava de jeito nenhum e eu já estava ficando aflita naquela rua deserta, e quando eu menos espero uma moto é bloqueada por um carro que saia em alta velocidade de uma esquina, o piloto da moto não teve muito tempo de frear e a pista escorregadia por chover muito não o ajudou, o que lhe fez derrapar e perder a direção da moto trazendo-os em minha direção, tudo aconteceu tão rápido que eu não tive tempo nem de sair do lugar. A moto veio em minha direção me atingindo nas pernas me fazendo cair. Desorientada levantei mais todo o meu traseiro doia, fui correndo tentar ajudar o piloto da moto a se livrar da moto que prendia sua perna, outras pessoas que ali estavam me ajudaram a levantar a moto, aparentemente ele estava bem, perguntei se sentia alguma dor ele balançava a cabeça dizendo que nao, parecia só desorientado como eu e foi só quando ele tirou o capacete que meu mundo parou, nunca havia visto alguém com olhos tão lindos.

Eu acredito no amorOnde histórias criam vida. Descubra agora