Onde estou?

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- Mayarah, preste atenção! - minha professora gritou.
- Me desculpe professora - percebi que todos na sala me encaravam.
Eu passei a aula inteira fingindo prestar atenção na aula, amava fazer faculdade de moda, mas hoje eu briguei com meus pais, não me lembro o motivo mas foi sério.
- Estão dispensados. - foi como se a mais bela música soasse em meus ouvidos.
- Mayarah, não acredito! - Cristal falou me dando um abraço exagerado e apertado, odiava contato físico, tipo muito mesmo.
- Oi, como vai ?
- Vou bem e você ?
- Estou bem - falei indo embora.
- Ei! Espera, vamos conversar.
- Tenho que ir, foi mal. - Cristal era uma das garotas mais populares da escola, vivia sendo vagabunda e chata comigo.
Saí de lá apressada, odiava aquela garota. Cheguei em casa muito tarde, não vi meus pais, então eu fui direto para a cama.
- Mayarah, por favor desça aqui.
Fui despertada de meu sonho, minha mãe estava gritando, me chamando para ver alguma coisa.
- Já vou mãe.
Pulei da minha cama e corri até meu garda-roupas, não achei nada legal para vestir então corri peguei uma toalha e corri até o banheiro, tomei um banho rápido e demorado.
- Mayarah, venha logo!
- Estou terminando o meu banho.
Terminei o meu banho e me enxuguei, passei um perfume e vesti uma roupa simples que encontrei.
- O que foi mãe ? - Falei do meu quarto, terminando de vestir minha roupa.
- Desça até aqui, eu e seu pai precisamos ter uma conversa muito séria e importante com você.
- Já vou, só um momento.
Abri meu armário em busca da minha escova de cabelo.
- Onde você se meteu sua danada? - falei sussurrando.
Comecei a revirar minhas fileiras de blusas, depois as fileiras das minhas calças. Demorou, mas finalmente eu encontrei, penteei meus cabelos muito rápido, meus pais deviam estar furiosos com a minha demora, mas pentear meus cabelos era muito mais importante, do que quer que seja que eles falariam.
- MAYARAH! - eles gritaram juntos, igualmente com raiva no tom de voz.
- Já estou indo.
Desci as escadas como o Flash, e sentei no sofá.
- Estou na sala. - gritei para que eles virem ao meu encontro.
Eles apareceram, estavam com uma expressão facial que eu não consegui decifrar, e eu era boa em decifrar os que os outros estavam sentindo e por causa do Kung Fu, aprendi a decifrar o ponto fraco dos outros, sim eu fiz Kung Fu, durante nove anos minha vida.
- Mayarah, saiba que eu te amo - minha mãe falou vindo para cima de mim e me dando um abraço apertado.
- Mãe, a senhora está bem? - me afastei dela e percebi que ela estava chorando.
Meu pai agarrou nós duas e nos puxou para um abraço em grupo.
- Não estou entendendo nada, o que está acontecendo ?
- Minha filha, eu lhe amo saiba disso - minha mãe falou pausadamente soluçando.
- Filha, por favor nos perdoe, mas isso é para o seu bem - meu pai falou se afastando e enxugando as lágrimas e limpando os seus olhos.
- Não estou entendendo vocês dois, o que está havendo? Poderiam me explicar?
- Sinto muito, ENTREM!
Quatro homens vestidos de branco entraram, dois me agarraram pelos braços, enquanto eles me seguravam o outro pegou e injetou em meu braço algo que fez com que eu desmaiasse. Antes de minha visão escurecer ouvi minha mãe falando :
- Nós te amamos filha, não tenha nunca dúvidas disso.
Acordei bem devagar e percebi que estava no banco de trás de uma van, quando o enfermeiro percebeu que eu havia acordado, simplesmente injetou em meu braço outra injeção, tentei reagir mas estava tão exausta que eu não conseguia me mover, tentei me mover mas não conseguia, meu corpo não respondia, senti aquela pontada no meu braço, demorou mais do que na primeira vez, mas a injeção fez e feito e minha vista escureceu.
- Onde ? Onde estou ? - falei sem abrir os olhos, mas quando os abri me assustei, eu estava deitada nua, dentro de um tanque cilíndrico que estava com água que chegava até um pouco a cima de meus ombros, havia várias agulhas interligadas com finos tubos, então ao olhar para fora vi várias pessoas me encarando, porém só uma em pé, uma mulher que aparentava ter 34 anos, ela era loira e vestia um termo cinza, e calçava um sapato agulha.
- Comecem!
Então começaram a passar pelos tubos um líquido azul, parecia que um ácido estavam entrando e queimando minhas veias, era uma dor insuportável, a água parecia amenizar um pouco da dor que eu sentia, mas ainda assim era uma dor forte e aguda e começou a se espalhar, todo o meu corpo parecia estar queimando, era inevitável não gritar, as pessoas do lado de fora apenas me encaravam, minha visão começou a ficar estranha, de repente comecei a ver aquele malucos como raio X, depois tudo ficou escuro, não conseguia enxergar nada, depois de uma pontada forte em meu coração minha visão voltou ao normal, a dor passou e aos poucos a água do tanque começou a esvaziar, fiquei em pé mas não encontrei forçar e cai no chão, acho que teria continuado acordada se eu não tivesse batido a cabeça com força no chão, a única coisa que lembro é de ouvir algo que parecia ser a porta do tanque abrir e uma mulher dizendo:
- Senhora Milla, operação Arma X efetuada com sucesso. Milla devia ser aquela loira, ela devia ser a chefe, por isso estava em pé observando em quanto todos pareciam estar concentrados tentando continuar a me torutar, fora isso nada demais.
- Acorde! ACORDE - abri meus olhos, estava me sentindo tão estranha, mas de uma forma boa.
Uma senhora que aparentava ter 50 anos, me encarava esperando que eu fizesse ou falasse algo, ela vestia um vestido negro, seus cabelos eram grisalhos, mas tão arrumados que parecia que ele tinha feito algum tratamento.
- Você é muito mais bonita do que eu achava que seria, sabe eu pensava em uma arma um pouco mais rude e masculina, você parece ter 18 anos.
- Sinto muito lhe enformar mas você errou, eu tenho 19 anos, poderia me informar onde eu estou?
- Olha, também é educada. Bom eu não posso lhe falar nada sobre isso, mas vou lhe levar até minha filha, ela lhe explicará tudo, então me siga.
- Olha eu não sei se é uma boa idéia, eu não te conheço e fui sequestrada pelo seus, vou chamar de seus projetos de cientistas loucos que me torturam, fora esses "pequenos" motivos, eu confiaria em você.
- Apenas siga-me, se não vai ser levada a força.
- Já que insiste com sua delicadeza e educação, não tem como eu negar.
Segui ela até um corredor, havia vários quartos, me distrai pensando se havia mais pessoa nessa loucura.
- Está agindo de uma forma que eu não esperava.
- Vocês me torturaram, só não quero ser morta.

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⏰ Última atualização: Aug 03, 2015 ⏰

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