Capítulo 25

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Sexta-feira 

O tempo passou voando, os últimos três dias foram repletos de risadas, repleta de ações e movimentos como chorar de tanto rir. 

A cada dia que passa, eu conheço mais um pouco de quem é o Pedro, e não me arrependo de o ter conhecido, me sinto bem perto dele, como se eu estivesse protegida de tudo e qualquer coisa. Além de que é impossível meu coração não disparar quando ouço seu nome.

Na escola os professores continuavam a passar matéria nova, nada muito difícil. O difícil será a matéria do final do ano. Mas também nada que eu possa deixar passar despercebido, porque logo virão as provas do 1º bimestre. O mais difícil não está na matéria, mas sim em prestar atenção nela. Tanto por ser algo chato, quanto pelo Pedro ocupar todo espaço disponível para pensamentos na minha cabeça. Acho que mais pela última opção, porque antes de eu o conhecer era bem mais fácil prestar atenção, então, acho que vou descartar a primeira possibilidade.

Já estava acordada há um tempo, pensando na vida, nos acontecimentos anteriores; então não senti tanta raiva, surpresa ou qualquer outra coisa que não seja um susto com o som do despertador que acabara de tocar. Inexplicavelmente, eu me sentia disposta, animada, sentindo que hoje seria um bom dia.

Senti calafrios ao tirar a coberta de cima de mim e calcei meu chinelo como de costume nessa semana- já que continuava frio- e fui procurar algo para vestir no closet. Como não se pode mais usar toca nessa escola, peguei meu uniforme, uma meia calça preta, um short jeans e meu presente de natal dado pela minha vó- que eu simplesmente amei- um casaco que o desenho era de um urso panda, sendo consequentemente, preto nos braços e branco no resto com o seu capuz tendo duas orelhinhas pretas.

Parti para o banheiro, onde tomei um banho rápido e lavei bem meu cabelo. Coloquei a roupa que eu havia escolhido e sentada na cama, tirei o excesso de água o deixando só úmido. Então fiz uma trança. Coloquei meu all star, peguei minha mochila e meu celular e eu estava pronta.

Desci as escadas de casa e vi que não havia ninguém por ela. Primeiramente me assustei, mas meus pais deviam estar cansados. Então comecei a escrever em um pequeno papel que havia achado solto na minha mochila.

Eu nunca havia escrito um bilhete antes, então estava meio confusa em relação a qual palavras usar, mas dei meu jeito.  

Oi, bom dia dorminhocos! 

Se vocês estão lendo isso provavelmente já perceberam que não estou em casa, 

mas não se preocupem porque já fui pra escola. 

Dei meu jeitinho, não queria acorda-los. 

Não se preocupem, estou bem.

Voltarei na hora do almoço.

Andei até os fundos da casa, onde fica a piscina e o achei lá. Coloquei meu skate embaixo dos meus braços, subindo nele quando fui pra rua, e parti pra escola cambaleando um pouco por conta do tempo que eu não andava de skate.

Saindo do condomínio-onde eu já começava a pegar o jeito- lembrei do Edu. Mais exatamente, quando éramos menores e rodávamos o bairro andando de skate, ou quase, ele rodava o bairro, eu ainda estava aprendendo com ele. Então parei na calçada e liguei pra ele.

Ligação on:

-Edu?

-Oi!

-Já está na escola?

-Não, na verdade estava saindo de casa agora. Por quê?

-Então estou indo pra aí, me espera na porta de casa que eu já estou chegando.- ele me pareceu meio confuso mas assentiu e desligou a ligação.

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