Lugar de paz

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N/a(aviso): último capítulo.

Muitas coisas na vida não tem um sentido concreto, como por exemplo olhar daqui de baixo o céu azul, porque azul? Ou o porque das nunvens ser branca, tudo bem são aglomeração de gotas de água mais desde quando água tem cor?

Muitas destas questões não podiam ser respondidas, assim como o fato de Louis William Tomlinson, o cara que era definitivamente meu namorado, mais que eu nunca tivê a oportunidade de ver na minha frente em cores, sumir da minha vida, do dia para noite.

Sem respostas, avisos, cartões, telefonemas, sem avisar nem ao menos Niall, Zayn e Liam.

Tinha sido duro...

Primeiro dia:

- Nós precisamos muito comprar meu celular e eu quero o mais caro, porque sim!- Cruzei os braços na frente de todos que estavam na sala junto comigo.

- Porque agora eu sou rico!- Niall levantou ao meu lado me imitando com os braços.

- Idiota!- Empurrei o loiro nos braços de Gemma que faziam alguns meses de namoro.

Estranho imaginar isso e nojento também, mais o jeito que os dois se olham, parecem ver que vão ter 50 filhos 90 cachorros juntos.

Fomos até a loja mais próxima eu me sentia o Niall dentro do carro no meio de dois casais, isso me fazia lembrar de Louis.

E que eu precisava falar com ele pelo celular.

##

10/07

Oiii aqui é o Harry boo, eu queria dizer que bom, eu tou digitando você provávelmente já entendeu. Te amo, volta logo.

11/07

Você não respondeu minha mensagem ontem, tá tudo bem? Você não me atendeu também, Louis onde você esta?

15/07

LOUIIIISS PUTA QUE PARIU ONDE VOCÊ ESTA, QUE ODIO EU TE ODEIO!

20/07

Eu sei, você me abandonou, você simplesmente sumiu, você seguiu sua vida sem deixar rastros, você foi pra Yale, por que a sua vida estava em jogo eu entendi! Mais podia ter avisado, eu ia sofrer menos!

30/08

Eu ainda te amo!

27/11

Adeus!

Uma gota quente de lágrima escorreu entre os meus olhos.

E assim começa a dúvida daquele tal sentimento sem explicação definida, a tal da saudade, que até o momento você ainda não sabe se é lembrança, carinho, perda, distância ou apenas sentir saudade. Todas essas características são descritas no dicionário dessa forma, mas será isso mesmo?

Afinal, saudades do que?

Do cheiro? Da companhia? Dos risos? Dos choros? Das brigas? Das brincadeiras? Do ter alguém ao seu lado? Como alguém pode sentir saudade de coisas abstratas? Bom, a saudade é abstrata, mas como o ser humano se submete a ter um sentimento dessa forma tão, tão, mas tão surreal e abstrato.

E desde que somos crianças aprendemos a sentir saudades: daqueles que partiram, dos amigos que mudaram de cidade, da infância que não volta mais; mas existe uma saudade mais dolorosa, a saudade do amor, da paixão, daquilo que um dia te fez sentir borboletas no estômago e criar situações fantasiosas na sua mente em menos de 5 segundos.

É eu sentia falta do garoto que me fazia rir, que me fazia carinho e me cuidava com unhas e dentes, como ele pode abandonar todos?

Ninguém sabe o quanto é doloroso pra mim que todo dia no colégio venham me pedir onde está Louis.

O pior é eu abaixar a cabeça e um flash de todas as lembranças criadas por mim surgir, e quando eu levantar ter de responder "eu não sei onde ele está".

Rápidamente sequei meus olhos com o dedo indicador levantando da grama quente, indo ao refeitório.

Eu tinha gazeado provávelmente umas quatro aulas pela vigésima vez no colégio.

Eu não tinha muito motivo pra estar aqui, se meus quadros tinham adquirido fama e lucro para mim.

Só ia ao colégio para não deixar meus amigos preocupado e porque a certa fama de bad boy que eu tinha no colégio me dava autoestima.

Sim Harry Styles o garoto frágil, meigo agora tinha essa fama, porque depois que Louis se foi de sua vida, ele se tornou depressivo e dependente de bebidas pra se tornar um cara feliz outra vez.

Ele teve de fingir ser um cara duro que no final estava só chorando por Louis como um bebê.

Peguei uma bandeja para comer e fui para fila mais próxima.

- Harry vai ter uma festa amanhã lá na minha casa, tá convidado! - Uma loira que eu nem sabia seu nome passou com a bandejá falando isso e eu respondi com um sorriso sem dentes.

- AHHHHHHHHH!- Lucky chegou empurrando sua bandeja pra cima de mim.- De novo nessa? Já faz cinco meses cara!

- Cala boca, Lucky você nunca teve a porra de um namoro de verdade, você não é o cara pra me jogar coisas na cara agora!

- Se você tivesse um namoro de verdade, vocês tariam juntos até hoje!

Meu sangue ferveu e eu me senti quente, foi o suficiente para eu empurrar o garoto longe antes de querer puxar seu piercing da boca com minhas próprias mãos.
Peguei minha mochila e sai andando apressado pelos corredores com a mão na boca cobrindo minha expressão de raiva e choro.

- Ei cara onde você vai?- Zayn me parava em alguns cinco passos para a porta da saida.

- Zayn me deixa, sério eu preciso de ar, respirar!

- Nada disso vamos conversar!

- SAI DA MINHA FRENTE PORRA!- Gritei choramingando, vendo a expressão de espanto de um Malik que só deu espaço para mim passar.- Me desculpe!- Disse saindo, entre as arfadas de ar.

Joguei minha mochila em algum canto do carro enquanto dirigia com gotas de lágrimas cheias de pressão saiam pelo meu rosto.

Espalhadas sem rumo, só saiam para pré-eliminar uma dor que talvez nunca iria passar.

Eu não queria e não tinha nem um motivo para ir pra casa.

Então logo estava eu, em uma passarela que dava com vista para a praia.

O vento gelado era disfarçado pela presença do sol, que também ardia meus olhos.

Era tão bom, me dava a sensação de paz, e como se tudo tivesse bem outra vez.

- AIIIII, meu.....olha pra onde anda!- Olhei para o lado e um garoto de calças curtas olhos verdes batucavá sua guia bem em minha perna.

- Acho que isso vai ser impossível! - O garoto sorria, entre seus cabelos lisos jogados em seu rosto.

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