Sem querer

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Depois de muito tempo que o filho da dona da casa entrou pela porta da frente, eu fiquei olhando para onde ele tinha entrado, em uma espécie de frenesi, completamente parada
e sem piscar.

- Eva! Vai ficar o dia todo nessa grama?!

- Já vai, mãe!

Peguei o rastelo, e me apressei em juntar a grama outra vez.

Era quase 16h, e o horário acabava às 17h. Eu esperava o balde de água se encher na pia da área de serviço. Quando se encheu, peguei- o pela alça com uma mão, despejei um bom tanto de detergente na água e peguei a água sanitária com a outra. No caminho para a escada, passei pela sala, onde minba mãe passava o aspirador num tapete peludo na sala. Tentei passar despercebida.
Ela subitamente olhou para mim e disse:

- Vê se não demora lá em cima.
Subi as escadas apressadamente, revirando os olhos. Caminhei em direção ao banheiro do andar de cima, antes apresentado pela proprietária.
Antes que eu chegasse no banheiro, deixei a água sanitária cair. Aproveitei para ajustar os fones de ouvido ligados ao mp3 velho. Aumentei ao máximo. Quando levantei minha cabeça, a porta do banheiro se abriu, e o garoto antes visto saiu do banheiro, uma toalha enrolada na cintura, o peito umido e bronzeado. Ele esfregava os olhos, e a fumaça que saiu do banheiro o fez parecer ter saido do nada, como um anjo caído.
Suas mãos deixaram seus olhos, e suas íris brilhantes encontraram as minhas.









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