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É só o fim da primeira semana do segundo ano e eu já estou exausta. O estágio está realmente me matando, mas Simon foi ótimo em me ajudar a conseguir estágio remunerado. Eu consigo juntar esse dinheiro e economizar para quando me casar com Brayden, daqui alguns meses, da mesma forma que ele está economizando com seu trabalho.

Não ouso pedir nada para os meus pais que esteja relacionado ao casamento, os cinquenta mil dólares para calar a boca de Thomas e fazê-lo retirar o processo contra Brayden já foram muito. Além disso, nossos pais não estão cem por cento conosco na ideia de nos casarmos. Nós estamos juntos oficialmente há quatro meses e meio, olhando de fora parece precipitado, mas não para nós.

Olho para o meu celular em busca de alguma mensagem de Brayden, mas não há. O trabalho o está matando também.

Saudades das nossas férias, exceto a parte que fomos a Boise, mas a viagem de mochileiros pela Europa foi divertida, aventureira e romântica ao mesmo tempo.

— Sonhando acordada? — Meg pergunta.

Estou jogada no sofá.

— Férias. Casamento. — Respondo. — Às vezes eu custo a acreditar que tirei uma sorte tão grande.

— Às vezes eu custo a acreditar que você é tão inconsequente. — Ela diz. — Sério, ainda não me conformo com esse casamento.

— Eu não entendo qual o problema de me casar com alguém que estou certa que quero passar o resto da minha vida. — Resmungo.

— Não quer entender. - Ela continua a insistir. — Caramba vocês mal se conhecem, imagina vocês se casarem e descobrirem que isso não vai dar certo. Sem contar que, é claro que vocês estão certos disso enquanto o relacionamento de vocês é noventa por cento sexo.

— Nosso relacionamento não é noventa por cento sexo. 

Meg ergue uma sobrancelha e sai andando.

— Continue se repetindo isso. Eu acho que o casamento é um escape, é seu final feliz depois de tanta merda e você está desesperada por ele.

Eu sei que ela só quer meu bem e isso é uma preocupação geral dos nossos amigos desde que todos sabem do meu passado, mas as vezes eu quero matar Meg, principalmente quando ela banca minha terapeuta.

Corro atrás dela até o quarto. Já que ela está falando isso, quero que me dê sua opinião sincera e completa, não só metade dela.

— Você acha que nós só pensamos em sexo? — Pergunto. — E isso é uma pergunta real.

Ela bate na sua cama e eu subo nela.

— O que eu sei é que vocês são loucos, os dois, a ponto de fazerem sexo em qualquer lugar que arranjam tempo e espaço, até na faculdade vocês transam. - Ela diz. — E pior, a ponto de saírem correndo de onde estão só para se satisfazer. Eu nem consigo acreditar que as duas pessoas com mais tesão no mundo deram a sorte de se encontrar.

Meg está rindo o que é um bom sinal. — Mas sério, vocês conversam? Sem ser sobre sexo ou sobre o casamento.

— Sim. - Respondo.

— Da mesma forma que conversavam quando eram só amigos?

Eu não preciso pensar sobre isso para responder.

— Não.

Faço cara de emburrada quando constato que ela pode estar parcialmente certa nas teorias dela. Brayden e eu realmente temos uma dependência um do outro em uma relação um pouco confusa.

— O que eu faço? - Pergunto me rendendo.

— Está me perguntando de verdade?

— Estou.

Procurando por Nós (Astros de Duke #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora