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Acordar ao lado de Candy é o ponto alto da semana, não tenho mais essa sorte com frequência desde que me mudei de volta para a casa dos meus pais. Uma decisão que tomei por minha mãe, mas também para ter menos gastos, e assim poder usar o pouco que ganho com o futebol e o estágio na escola primaria.

Aquelas crianças correndo e gritando. É desesperador. Lembro-me que disse a Candy durante o pedido de casamento que quero ser pai dos filhos dela, mas a ideia é um pouco assustadora agora.

 Bom dia purr. – Ela murmura me abraçando.

Quando escolhi um apelido para minha namorada, o som do ronronar de um gato pareceu perfeitamente por isso, a voz dela quando acorda, preguiçosa e pidona. Ela se vira e me agarra, deixando minha ereção posicionada no meio de sua coxa, estou duro outra vez. Não sei se ela faz essas coisas de propósito ou é inocente.

 Humm. – Murmuro.

— Desculpe. – Ela diz e se afasta.

Está pedindo desculpas por me deixar excitado? Estranho. Ela costuma amar sexo de manhã.  Qual o problema? 

Candy morde o lábio e depois suspira, está pensando se diz ou não seja lá o que está se passando por sua cabeça. Espero que diga, porque achei que já tivéssemos deixado essa fase de segredos para trás.

Meg acha que nosso relacionamento se baseia quase que totalmente em sexo. – Fala. Espero porque sei que não terminou ainda.  E eu acho que ela está um pouco certa.

Admito, ela me pegou de surpresa com isso.

 Acha? Ou está se deixando levar pela opinião desnecessária da Meg?

Sento-me e percebo que fui um pouco ríspido em minha pergunta. 

 Brayden! – Candy reage imediatamente.

 Desculpe.

Não é que eu deteste Meg nem nada assim, ela é legal, é amiga da Candy e namorada do meu melhor amigo, mas eu não gosto quando ela se mete no meu relacionamento com Candy. Parte disso vem de quando ela interrompeu gritando o que seria nosso primeiro beijo.

Candy senta-se também e passa os braços em volta de mim, intercalando seus dedos em meu abdômen.

 Eu não estou dizendo que não gosto. Só que deveríamos rever algumas coisas se queremos um futuro juntos.

Uma palavra chama mais minha atenção. — Se?

Puxo a mão dela para o alto e toco sua aliança. — Isso não é um se queremos, isso é um com certeza queremos. – Digo e beijo seus dedos. — Mas vamos lá, estou pronto para te ouvir.

— Nós podemos fazer isso enquanto corremos? – Ela me pergunta. — Não consigo ter uma conversa enquanto estamos nus no meu quarto.

Minha garota não consegue resistir a mim e está dizendo que temos que repensar nosso relacionamento baseado demais em sexo. Qual a ironia disso?

Cedo a ela, se ela precisa correr é porque precisa pensar, já entendi como funciona, e como sempre tento dar o que ela precisa vamos fazer isso. Deixo o quarto antes dela indo para a cozinha para procurar algo para comer antes de sairmos.

— Bom dia Brayden. – Meg aparece.

Reviro os olhos antes de olhar para ela. — Diga isso daqui uma hora quando eu não estiver querendo te matar. – Digo com um sorriso irônico.

— Deixe-me adivinhar: Candice comentou algo que conversamos? – Ela me pergunta. — Foi só uma opinião Brayden.

— Que deve ter importado muito já que ela quer rever algumas coisas no nosso relacionamento. Juro que se ela desistir de se casar eu te mato.

Procurando por Nós (Astros de Duke #2)Onde histórias criam vida. Descubra agora