Angel

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Oi gente! Ansiosos com o comeback da Camila?

Boa leitura, erros me marquem.



POV Camila Cabello

Meus dedos afundam freneticamente o botão do elevador. A lembrança de Lauren, chorando em meus braços, fez meu coração sambar em meu peito. Talvez tenha sido rude a forma como saí do apartamento ou como falei com ela, mas preciso vê-la, olhar em seus olhos verdes clarinhos e dizer que tudo vai ficar bem. Queria controlar esse espírito de proteção que cresceu de dentro para fora com ela, mas é que o simples fato de saber que pode estar sofrendo com algo e não estou perto nem para segurar sua mão poderia simplesmente me corroer.

Saí do elevador, quase corri até meu carro. Com um pouco de dificuldade, por conta da mão trêmula, consegui entrar no carro. Assim que fechei a porta, encostei minha testa no volante, fechando os olhos e respirando fundo. Tenho que me acalmar e planejar o que faria, afinal, não vou até a esquina, estou indo até uma ilha. Desencostei do volante, já um pouco mais calma, busquei meu celular. Segurei firme em minhas mãos e o desbloqueei, indo direto no contato da Normani.

Liguei o carro e dei a partida, enquanto aguardava a ligação ser atendida.

.: Mila? - A voz cansada do outro lado atendeu.

.: Mani, onde você está? - Disse apressada enquanto fazia uma curva.

.: Estou em uma ilha com a Lauren.

.: Como ela está? - Estava pedindo aos deuses que ela estivesse mais calma.

.: Bom... Agora ela está no banho, mas ainda está muito mal, estou tentando juntar seus cacos. - DROGA!

.: Mani, eu quero vê-la, qual o nome dessa ilha?

.: O que? Você vai vir? É a ilha Angel, é a única com esse nome pelas redondezas, não tem erro, você quer que eu...

Finalizei a ligação antes que ela questionasse, joguei meu celular no banco do carona e me concentrei em dirigir pelas ruas de Miami. Não levou muito tempo para chegar em meu apartamento. Estacionei na minha vaga e subi pelas escadas mesmo. Ofegante, parei em frente à porta e com dificuldade com as chaves, tentando encaixar no miolo da tranca.

- Droga, preciso colocar logo uma tranca eletrônica - Remunguei.

Abri a porta com tudo, ainda ofegante. Corri meus olhos pelo apartamento, vazio, fui ao quarto de Sofia e girei a maçaneta. Estava trancado, ela nunca trancava o quarto.

- Sofi - Bati na porta e não tive resposta, senti meu corpo tremer em desespero - Sofi, abra, sou eu! - Esperei alguns minutos e a pequena abriu a porta - Oi, v-você está bem? - Notei que seus olhos estavam vermelhos. Levei as duas mãos no seu rosto e acariciei, analisando. Ela estava chorando...

- Agora estou - Seus braços me rodearam com força. Que merda aconteceu aqui? Sofia não é de ficar assim. Com as mãos em seu rosto ainda, a levantei, a fazendo me olhar.

- Sofi, aconteceu alguma coisa? - Ela me olhava calada - Rob, onde está Rob?

- Estou aqui - A voz grossa atraiu minha atenção. Desviei os olhos de Sofia e olhei para trás - Não aconteceu nada, estávamos assistindo um filme de terror, ela ficou com medo e se trancou no quarto, não foi? - Perguntou olhando para ela.

Desviei meus olhos dele e voltei a olhar para Sofia, apreensiva.

- Sofi, amor, foi isso? - A pequena balançou a cabeça freneticamente.

- Kaki, não me deixa sozinha mais - Choramingou afundando seu rosto em meu busto. Me abaixei um pouco, afastando sua cabeça um pouco, para olhá-la nos olhos.

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