Que aflitas marés humanas, seja noite, seja dia!
Quantas paixões, ganhas, perdas, ardores, nadam em tuas águas!
Que redemoinhos sustentas, de maldade, beatitude e amargura!
Que curiosos olhares inagadores - ácuas de amor!
Cobiça, inveja, desprezo, desdém, anseio, esperança!
Tú portal, tú arena - dos miríades de filas e de grupos alongados!
(Só teus marcos de pedras, fachadas, curvas, poderiam contar tuas histórias inimitáveis; tuas janelas ricas, e amplos hotéis, tuas calçadas largas.)
Tú, a dos pés incessantes correndo, pisando leve, arrastando-se!
Tú, qual o próprio mundo, dando mistura de cores - qual a vida ilimitada, pejada, fazendo pouco!
Tú, inviseirada, vasta, intraduzível amostra e lição!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Folhas de relva
PoetryFolhas de relva, é um grito de liberdade e do pensamento íntimo, nele foi inscrito um dos maiores conteúdos do pensamento cósmico, da ética humana universal, e de uma das maiores expressões da individualidade que, na literatura, houve na História. E...