O inesperado

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...Teve que acontecer.


...


-"Eu sabia Caytlinn. Sabia que não era só eu a sentir isto"- disse ele passando a mão no meu cabelo.


Fiquei estranhamente feliz por ouvir aquilo. Ele tinha a certeza que gostava de mim e eu percebi que também tina essa certeza.

Ia dizer-lhe que estava pronta a aceitar o que sentia mas uma voz feminina vindo de trás de mim interrompe-me.


-"Ross"!!!- exclama a voz que parece estar muito feliz.

-"Candice?!"- exclama Ross.


Nisto eu olho para ele e de seguida para a rapariga atrás de mim. Ela corre na direção dele de braço abertos e eu afasto-me.


-"Andei à tua procura desde que cheguei.. Estás na mesma Rossinho"

 
Antes que ele pudesse falar ela aproximou-se dele tentado beijar mas ele empurrou-a de rompante.

- "O que é que te deu Rossy?! Eu..."- ele interrompe a fala dela.


- O que é que me deu? Isso pergunto eu Candice... Envolveste-te com o meu tio. Estragaste a minha vida e a minha relação com o meu tio, ele era o meu melhor amigo e fizeste com que ele me trai-se  também. Ainda tens a lata de me aparecer a frente?!

Eu estava estupefacta. Como é que alguém é a capaz de, em primeiro lugar envolver-se com um familiar do namorado e, em segundo lugar deixar aquele loiro lindinho?  Estava de lágrimas nos olhos só de ver o Ross naquele estado. Sentia a revolta dele em mim.


-"Ross eu só fiz isso para manter a nossa relação.. Tu.."- Ross interrompe-a de novo.

-"Cala-te! Sai daqui, desaparece e deixa-me ser feliz."- Ross olha para mim e de seguida olha novamente para Candice.


Ela apercebe-se que aquele olhar entre mim e Ross significava algo.


-"Quem é esta? A tua nova boneca?"- diz enquanto ri ironicamente.


Ross arregalou os olhos e anda apressadamente em direcção a ela. Agarrou-a por pelo pulso com força e disse:

-"Nem toda a gente é como tu. E não falas da rapariga que eu quero e que eu gosto. Agora,  SAI!"


Depois daquilo que ele disse tive ainda mais certezas de que ele gostava de mim.

Candice foi embora rindo, o que me deu um certo ódio.

Ross levou as mãos à cabeça puxando e despenteando ainda mais o seu cabelo. Sentou-se no chão com a cabeça entre as pernas a soluçar. Provavelmente a chorar.
Aproximei-me dele.


-"Hey, está tudo bem.."- Ajoelhei-me em frente dele-" Estou aqui, contigo."- Acariciei-o até chegar à sua mão e puxei-o para cima.


Olhou-me com uns olhos distintos e tristes. Fiquei automaticamente destruída. Ele baixou a cabeça e voltou a chorar.


-" Estou contigo"- disse-lhe levantando a sua cabeça fazendo-o encarar-me- "para o que der e vier"- puxei o seu ombro e abracei-o com força.

Estava impressionada da forma como ele chorou daquela maneira à minha frente. Realmente ele confiava em mim. Nunca tinha conhecido um rapaz tão sensível e isso agradava-me.






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