We need to stay together

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Eu batia e chamava desesperadamente na porta de entrada da casa dele, mas não consegui deixar de ficar surpresa quando ele abriu a porta.
- É a saída da minha casa. Com licença. - Ele vira a cara e passa reto por mim.
- Qual é, você estava saindo?
- Sim, eu estava. - Ele nem mesmo olha pra mim, segui atrás dele na mesma velocidade.
- Olha, espera, espera.
Ele para, vira de frente pra mim e caminha uns dois passos na minha direção. Senti o nó na garganta, mesmo assim continuei.
- Não sou uma causa perdida. O que está fazendo comigo está funcionando.
- Eu sei, eu não quis dizer isso. - Não consegui disfarçar um sorriso.
- Soou como um pedido de desculpas. - Ele me lançou aquele olhar de reprovação, então eu continuei. - E eu sinto muito também.
- Não, olha, você acha que entendeu, mas na verdade, não entendeu. - Ele disse com os olhos tristes.
- E quanto a você, entendeu? - Eu desafiei.
- Entendi.
- Você não entendeu.
- Eu entendi. - Ele estava chegando mais perto.
- Não, não acho que você entendeu.
- Você não acha que eu entendi? - Ele levantou o tom de voz, segurando a risada.
- Eu acho que eu deveria te explicar. - Antes de terminar a frase empurrei ele pra chuva.
Fiquei na área observando ele se momolhar, segurando a risada. Ele se virou de frente pra mim.
- Está vendo? Eu entendi. Eu entendo. - Ele ia caminhar de volta pra área, mas caiu de mal jeito no chão molhado e eu tive aquela bendita crise de riso e não conseguia mais parar.
- Viu? É nisso que precisamos trabalhar. - Ele sentou lá mesmo, no chão molhado. - Não é engraçado quando machuca alguém.
- Olha, eu sinto muito. - Corri na direção dele, me molhando também. - Você está totalmente certo, vou trabalhar nisso, eu juro. - Eu ainda estava rindo de tudo que estava acontecendo. - Desculpe.
- Certo, isso é lição de amanhã. - Ele disse quando estava ajudando ele a se levantar.
- Entendi. - Nós rimos.

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