Lucas on
Eu não estou olhando no relógio, até porque o que eu estava usando sumiu do meu pulso mais de acordo com a minha mãe e com a minha incrível habilidade de dedução, hoje é segunda, um dia depois do acidente.
Exatamente um dia que eu não vejo ela sorrindo ou cantando pra mim.
Agora o Ed e a Mari estão aqui, os médicos não deixaram eles verem a Emma e eu fiquei muito bravo quando escutei isso, nós dois vamos ser madrinha e padrinho do filho deles, somos concerteza uma família.
-Okay, chegou o meu turno.-A Mari entrou no quarto e se sentou.
-Você deveria estar cuidando do bebê não de mim.
-Como você tá Lucas? -Eu bufei.
-Estou ótimo! Poderia dançar até break pra você a noite e ir pro meu jogo de futebol que a propósito é daqui quatro dias.
-Se eu quisesse saber como o seu corpo tá eu perguntava pros médicos e você entendeu muito bem o que eu quis dizer.
-Sim eu entendi, e eu tô cansado Mari, cansado de ficar aqui parado comendo sopinha enquanto escuto a droga dos meus batimentos cardíacos pela aquela mesma de máquina, cansado de pensar na Emma e não poder realmente ver ela...beijar ela.-Eu suspirei e fechei os olhos devagar tentando lembrar dos nossos momentos juntos, o primeiro beijo. Na escola no primeiro dia de aula dela, na casa dela, na minha casa ela cantando no primeiro dia em que a gente se viu e eu percebi que queria aquela garota mais que eu quero respirar.
-Mari eu preciso ver a Emma..me fala como ela ta!
-Eu falei com os parentes dela e o Ed consegui arrancar algumas coisas do médico...ela ta em coma Lucas.-Eu ouvi os bipes da maquina aumentarem e abaixarem rapidamente.
-Não.-Um gemido baixo saiu da minha boca..eu respirei devagar tentando me acalmar.-Mari...Não.
-Lucas se acalma por favor todos estão preocupados mais ela vai ficar bem.
-Eu quero ver ela Mari...Você tem que me ajudar!!
-Lucas nesse momento você só tem que se preocupar com os seus ferimentos, não os dela, nesse momento nos não podemos fazer nada.
-Fala sério Mariana eu não sou tão egoísta ao ponto de me preocupar com esses ferimentos leves quando a minha namorada tá em coma!-Ela sorriu, um sorriso triste e cansado.
-Eu admiro tanto vocês dois! Eu aprendi a amar a sua namorada Lucas assim como eu amo você, se você acha que tudo mundo que tá naquela droga de sala de espera não está preocupado você tá muito enganado mais a única coisa que podemos fazer agora é ter fé...muita fé.
Ela levantou deu um beijo na minha testa e saiu, eu olhei pros fios que estavam em cima do meu peito pra monitoras os meus batimentos e depois olhei pra essa roupa ridícula que colocam na gente, tem uma cicatriz no meu abdomen e uma dor no meu braço quando eu mexi ele pra tirar os fios, eu coloquei os pés no chão gelado e olhei a sala a procura de qualquer coisa pra eu colocar no pé ''não era pra você sair da cama então quem vai colocar um chinelo pelo quarto gênio'' Eu balancei a cabeça e me apoiei na cama por causa da dor que se espalhou pela minha perna inteira.
Eu abri a porta devagar e olhei pros lados, era um corredor grande e eu vi uma enfermeira vindo, ela parecia ter uns 20 anos no máximo e usava um vestido decotado e curto branco, ela parecia aquelas enfermeiras de filme, como que o dono do hospital deixou ela sair por aí assim?
Ela me olhou de cima abaixo e eu comecei a andar na direção contrária da qual ela tava indo.
-Oi gatinho eu acho que você deveria estar no quarto certo?-Ela piscou pra mim.

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Emma
De TodoEmma, alta, bonita e apaixonada, sempre se apaixonou muito rapido e desde que seu pai foi embora ela se tornou mais sentimental e agora esta revoltada com os segredos e mentiras que a MÃE dela contou. “ O passado sempre vai estar conosco, esperando...