CAPITULO 7

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Estava dividida, se eu prestava atenção no velho ou nos homens que já estavam longe, quando olho uma última vez para trás, em uma suplica de alguém aparecesse para detê-los, quando os 4 param e ficam assim congelados, petrificados, talvez os Deuses tenham me escutado, e nesse instante levo um soco no rosto, muito forte nos lábios inferiores, que se cortaram, sinto um filete de sangue escorrer, olho nos olhos de meu agressor e peço por mais alguns minutos de força, pois estava muito fraca, e ouvi uma rima, no meu interior, que ficou se repetindo e repetindo, até que eu a proferi em voz alto.

_Que como o ar me torne brisa, que como a lua me torne forte e que como o gelo, me torne fatal.

Com as palavras sendo proferidas me senti mais rápida, mais forte e mais letal, senti que aquilo não duraria o suficiente, mas deveria tentar, idealizo um pedaço de gelo, em forma de adaga, em minhas mãos, e corro em sua direção, ele ficou surpreso, mas por pouco tempo.

_parece que vou ter um brinquedinho hoje

_ vai se catar seu saco de rugas.

Ele me olhou com raiva, parece que ele não gosta muito de ser chamado de velho, ele enfiou a mão na parte de trás das calças e sacou uma arma, apontada para mim.

_Vamos ver quem vai ser um saco de rugas depois que eu acabar com você.

Realmente, achei que fosse morrer, quando alguém entra na minha frente.

_Pare agora Vitor.

Era o Richard, ele não sabe quanto eu o amo neste momento.

_você pode ate ser o dono das palavras, mas seu poder é fraco.

E ele atira, acertando o, eu o vejo cambalear para trás e cair, eu corro para ajudá-lo.

_fique aí, isso aqui foi só um tiro, se proteja, pois o real alvo é você.

_mas...

_Acho melhor você o escutar.

E o velho, que de acordo com meu professor, se chamava Vitor, virou a arma em minha direção e começou a atirar, eu corri o mais rápido que pude e fui na direção da arvore mais próxima, me escondendo atrás dela, apenas escutando as balas acertarem o tronco da arvore.

Quando olhei para ver como Richard estava, ele estava sangrando muito, e estava sendo chutado e socado por homens realmente grandes e fortes, não sei de onde e nem como, mas eu só pensei em uma coisa, em queimar todos eles. Eu queria massacra-los, destruí-los, parar de me esconder. Sai de trás das arvores, e fui em direção ao meu principal alvo.

_parece que você tomou coragem para me enfrentar menininha.

_ou eu simplesmente quis vê-los queimar.

Eles pararam e me encararam, Vitor apontou sua arma em minha direção e atirou, mas estava com tanta raiva que não senti dor e nem o que eu realmente achei que sentiria quando fosse baleada, só senti os fortes impactos.

_ Que minhas chamas os derretam.

Fechei meus olhos e não vi mais nada, só escutei gritos de fúrias e de dor, mas estava cansada demais para sentir remorso, eu me deitei no chão, e abri meus olhos para apreciar os céus, mas o que eu realmente apreciei foi formosos olhos cinzas, ele me olhava com cautela, como se estivesse em dúvida do que faria comigo, mas estava cansada, estava cansada de dormir, e estava cansada de estar usando meus poderes, poderes que para mim pertenciam a apenas filmes e livros de ficção, estava cansada demais para achar aquilo realidade, estava cansada demais para acreditar naquela realidade, "só espero que isso seja um sonho"

Fechei os olhos e adormeci.

O grande luarOnde histórias criam vida. Descubra agora