O grande luar

CAPÍTULO 6

Dessa vez não sonhei com nada, foi um sono tão profundo, mas tão desconfortável, acordei e percebi que estava no chão, olhei em volta e percebi que estava completamente escuro e veio as lembranças passadas, tinha sido sequestrada, mas por quem e pra quem?

Levantei me rápido do chão e senti que tinha algo preso em meu tornozelo, toquei no que era e percebi que era uma corrente, estava presa, fiquei desesperada, estava entrando em pânico, comecei a chorar repentinamente, e estava com falta de ar, será que iria morrer assim, nesse lugar onde ninguém iria me achar?

Escuto um ranger de portas e uma luz cegam-te, que me deu uma baita dor de cabeça, depois de um tempo, em que minha visão já tinha se acostumado melhor olho para a porta e vejo, um senhor que já devia ter passado da sua cota de vida, com as costas corcundas, e olhos completamente negros, com bolsas negras embaixo dos olhos, suas feições pareciam mais de uma pessoa morta do que viva, e quando viu meu medo apenas sorriu, mostrando-me suas longas presas.

_olá minha querida bruxinha, espero que esteja bem confortável em seus aposentos.

Eu realmente não acreditava em seres mitológicos, mas com aquele cara olhando tão intensamente para mim, não consegui descordar, minha garganta estava seca, sem fala, quando lembrei de minha mãe, deitada no chão da cozinha.

_ Oque vocês fizeram com minha mãe?

_ Nada de mais, por enquanto.

_ Onde ela está? Se vocês fizerem alguma coisa com ela eu vou.....

_você irá fazer oque? Sentar e chorar igual você está agora? Você é fraca de mais para compreender o que eu sou.

Nesse momento suas presas se alongaram.

_deixe-me te mostrar para que você nunca mais ouse me desrespeitar de novo.

Chegou mais perto de mim e colocou sua cabeça nojenta perto do meu pescoço, e me segurou com uma força que nem mesmo eu tinha, e me mordeu, eu ouvia grandes sucções e uma grande dor de alastrou pela minha região do pescoço, estava me sentindo fraca quando ele me largou no chão.

_se você for uma boa menina, talvez eu liberte sua mãe, mas não lhe prometo que você sairá viva.

Eu estava tremendo, o que foi que ele fez? Oque ele era?

Ele me chamou primeiramente de bruxa, agora ele suga sangue, ele não poderia ser um vampiro, eu nunca acreditei nisso, como posso acreditar agora?

E passei um interminável tempo naquele lugar até que senti muito frio, com a falta de sangue, e principalmente a falta de alimento, estavam me prejudicando, talvez eu fosse morrer aqui, congelando, junto com os ratos.

Fechei os olhos e estava à espera da morte, não sei quanto tempo se passou, se passaram apenas algumas horas ou dias, só sei que alguém entrou e me deixou um pouco de comida, mas estava fraca demais para me levantar, não estava conseguindo mexer nem um musculo, estava pronta para morrer, quando uma voz, que conhecia apenas nos meus sonhos, a voz daquela mulher de cabelos loiros. "Não morra agora, você é forte demais para morrer como um animal fraco, enfrente seus medos, que lhe emprestarei minha força" fiquei assustada.

_quem está aí?

Ninguém respondeu, estava pensando que estava delirando, quando uma força se instalou em mim, não uma força grandiosa, mas uma forte o suficiente para conseguir levantar, cheguei perto do meu prato, e comi, não me lembro do gosto, ou do que era, só sei que comi como se fosse o melhor alimento do mundo, e me encostei na parede, e olhei em direção ao prato, e vi um pequeno pedaço branco, talvez um pedaço de papel?