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Dedico este primeiro capítulo á itsmelua por todo o apoio e motivação que ela me dá.
Obrigada por esperares até eu estar pronta para começar a publicar esta história, por me dares opiniões sinceras, por me aturares, por não te importares que eu te massacre ao mostrar-te todas as fotos vergonhosas minhas e dos meus amigos que nem sequer conheces e ao mostrar-te todas as coisas estranhíssimas (e engraçadas temos que admitir) que eu vou encontrando na net. Mas acima de tudo obrigada por seres a pessoa que és e que eu adorei conhecer! Love ya gal!

Samantha é uma rapariga de olhar misterioso, tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice e é teimosa no seu máximo. Ela é intensa e tem aquele gosto ácido que deixa qualquer homem louco. Sam tem uma mania absurda de tomar sempre as piores escolhas possíveis e o poder de me viciar nela. Ela é feita de imperfeições perfeitas que me fascinam mais do que deviam.
Eu amo Samantha Grace Adams desde que tinha 14 anos e a vi na sala de castigo da nossa escola por ter fumado na casa de banho e agora ali estava ela, no meu sofá, sentada mesmo ao meu lado, a beijar um rapaz de forma demasiado agressiva e desesperada, e neste momento só queria arrancar os olhos para o que o coração não visse.

"Hey, vê se acordas meu!" Disse Dylan dando-me um safanão, destraindo-me dos meus pensamentos.

"O que foi?" Proferi resmungando.

"Fuma isto mazé e deixa-te de olhar para ela como um estúpido." Dylan passou-me o cigarro que estava na sua boca para a minha mão e aí comecei a inalar o seu fumo. Proferi um obrigado abafado e levantei-me, deixando Dylan a falar com a namorada, dirigi-me á janela e abri-a para que a minha mãe não sentisse o cheiro a tabaco quando chegasse a casa á noite e debrucei-me na mesma, ficando lá a fumar.

Deixei-me inundar novamente nos meus pensamentos, revoltado com o facto de que a pessoa que eu mais amo me tratar com um estúpido, me desprezar e ter o desplante de trazer um rapaz diferente todas as semanas para o meu sofá. Mas o que mais me revoltava era eu mesmo, revolta-me por correr atrás dela há 4 anos, de cuidar dela o tempo todo, de a tentar concertar enquanto ela me magoa e de dizer sempre a mim mesmo "nunca mais" mas acabar sempre nas mesmas situações a sentir-me ainda pior do que na vez anterior.

Acabei o meu cigarro mais rápido do que devia, atirando-o a seguir pela janela. Já não suportava estar a ver aquele cenário, pelo menos não mais hoje.

"Pessoal têm que sair." Anunciei saindo da beira da janela. "A minha mãe hoje chega mais cedo a casa." Como mau mentiroso que era vi logo que Dylan e Alice, a sua namorada que também faz parte do nosso pequeno grupo de amigos, não foram muito na minha desculpa, mas acho que perceberam o porquê de eu estar a mandar toda a gente embora e levantaram-se sem contestar. Já Sam pareceu acreditar completamente, o que estranhei pois ela também sabe sempre quando eu minto e não espera para me atirar á cara que eu estou a mentir. Ela levantou-se juntamente com o seu amigo, ou lá o que ele era, despediram-se todos de mim e uns dos outros e momentos depois a sala já se encontrava vazia, para além de mim claro. Pude ver pela janela Dylan e Alice a irem embora a pé como sempre faziam, e o "amigo" de Sam a sair no seu carro, mas quando pensava que ela iria com ele, Sam permaneceu de pé em frente ao portão de minha casa e assim que o carro saiu do seu horizonte ela voltou a atravessar o meu jardim e antes que ela pudesse bater á porta eu fui abrir a mesma.

"Chris, és um mentiroso de merda." Disse ela com um pequeno sorriso divertido no rosto, voltando a entrar em minha casa. Sam sentou-se no sofá e sentei-me rapidamente á sua beira.

"Porque é que mandaste toda a gente ir embora?" Perguntou agora com um ar mais sério.

"Não sei." Dei de ombros. "Acho que só queria estar sozinho." Sam não era burra nem sonsa nenhuma, ela sabia perfeitamente que ela era o motivo de eu estar assim, mas por algum motivo ela gostava de se fazer de desentendida neste tipo de situações, acho que ela só estava à espera que eu algum dia lhe admitisse que tinha ciúmes.

straight lines:: short storyOnde histórias criam vida. Descubra agora