Os meus pais estavam a colocar umas molduras antigas e umas peças de roupas em caixotes de cartão grandes... Eu não sabia o que eles estavam a fazer mas eles trocaram olhares e disseram que eram coisas velhas para o lixo.
Como é óbvio, e bastante evidente eu não acreditei em nada, mas fiz de conta que tinha ''caido'' bem a mentira...
O meu pai andava a ver casas na internet, umas aqui, em Chicago, outras na California. Ele chamou a minha mãe e eu fiquei atrás da porta a ouvir tudo o que ele queria que eu não ouvisse.
Acho que ele tinha encontrado uma casa Vitoriana na California, com um preço mesmo barato, tendo em conta o espaço e a história daquela casa.
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Ben- Bella? Podes entrar, já sabemos que estás ai...
*como é obvio entrei em pânico por não saber que eles sabiam que eu estava a ouvir tudo*
Sarah- Sabemos que não tens estado bem nesta cidade, então vamo-nos mudar para a California.
Sorri, virei costas e fui arrumar as minhas coisas.
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Eles pensavam que o problema estava na escola, mas na verdade o problema sou mesmo eu... Depois de arrumar as minhas coisas fui-me deitar, estava mesmo cansada.
*D I A S E G U I N T E*
Estava já tudo no carro quando o telefone do meu pai toca em número privado.
*Atendeu*
* E equanto ele falava, achei que ele estava desconfortável, com o que estava a ouvir do outro lado. *
*Desligou*
Achei que ele tinha mudado algumas ideias sobre mudar para aquela casa, via-se na cara dele... Ele não disse nada, apenas disse que era a Sra. Murth, a proprietária da casa, cujo os último casal que viveu naquela casa, morreu lá... talvez seja por isso que estava confiante que ia gostar da casa !
Quando chegamos eu soltei o Boris, o meu cão, na relva para que ele possa cheirar um bocado a casa... Ele não parava de ladra para um alpendre que tinha na parte de trás da casa.
Enquanto a Sra. falava com os meus pais eu decidi abrir uma porta que me pareceu bastante intressante... Desci e aquilo estava muito escuro, tenho quase a certeza que até vi alguém lá em baixo, mas parecia-me completamente absurdo visto que eu não acredito em espíritos !
Voltei a subir, e disse que ficavamos com ela, os meus pais olham para mim, com cara de quem não gosto muito da ideia, mas lá aceitaram também.
Eu fui decorando o meu quarto enquanto a minha mãe tratava da sala e o meu pai da cozinha.
Aquela casa era incrivel, quadros grandes, papeis de parede com tons de verde, azuis e amarelos, vidros daqueles como o das igrejas, madeira macia, e uma mobília antiga, mesmo Vintage !
Por momentos parecia que a casa ganhava vida, que a madeira fazia barulho...
