Alfonso

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Há tempos, Alfonso faz parte da família de Júlio. Hoje ele trabalha apenas como um motorista, mas antes ele exercia uma função de Grande importância, talvez um dia eu lhe conte.

_leve a menina Alfonso! Eu não vou poder acompanhar, você sabe que você precisa fazer isso, ou seu emprego já era.- disse havenna à Alfonso.

Júlio teria prometido a Clarisse, que ela poderia hoje escolher o que quiser de presente. Ela mesma iria comprar seus presentes.

Alfonso nunca gostou de crianças, principalmente de Clarisse. Talvez ele tinha um motivo especial.
Durante seus 38 anos na Grande casa, ele nunca mostrou um sorriso alegre. Sempre foi trancado para o mundo e para todos.

_Eu não vou sair sozinho com essa menina, eu não gosto dela, você sabe disso havenna!- disse Alfonso  confiante de si.

_mas você não tem que escolher nada aqui! É seu trabalho!
Alfonso pensou em responder, mas pensou bem e viu que ela estava certa. Então ele simplesmente disse:

_chame a menina! Rápido!

Havenna sai com a vassoura na mão, depois de um tempo volta com Clarisse que está vestida numa roupa de joaninha super engraçada, enquanto Alfonso penteia seus enormes cabelos negros de frente pro espelho que costumava usar no bolso da frente do uniforme.

_THIAL havenna! Vou trazer um presente pra você. - disse Clarisse acenando para havenna que voltava a varrer a calçada. Ela entra no carro e Rodolfo bota no rádio o cd dos the Beatles.

_onde você quer ir? -perguntou Alfonso, com sua voz rude que da medo a qualquer um.

_Eu queria ir no parque do tio Gil... depois de lar íamos no shopping do Centro- disse Clarisse educadamente.

_eu lembro muito bem que o Sr.Júlio disse que você só iria com ele! O que vamos fazer agora é comprar suas besteiras e voltar para casa!- disse Alfonso irritado como sempre.
Clarisse abaixou a cabeça e começou a chorar discretamente. Muitas coisas acontecerá... hoje era pra ser um dia feliz, mas a ausência dos seus pais estragaram estragaram tudo. O único que poderia melhorar o dia era Júlio, mas ele não estava. Júlio desde um tempo, tem deixado de lado sua família e dado prioridades para outras coisas que na opinião dos seus pais eram desnecessarias.

_ o que é que você tem? Pare de chorar! Vamos enxugue seu rosto! -disse Alfonso enquanto o cd da sua banda favorita falhava por causa de tanto uso.

_ porque que o senhor é assim comigo? Porque ninguém gosta de mim nessa casa?- questionou Clarisse soluçando.

_o que é isso garota? Você acha que ninguém gosta de você? Quantas crianças tem a chance de comprar coisas que não precisam? Quantas pessoas estão aí sem dinheiro para comprar o que comer, enquanto você vai daqui a pouco gastar com besteiras?- Ele parou e logo em seguida continuou- agradeça pela vida que você tem!

_Eu não quero isso! Eu quero minha mãe e meu pai de volta! Eu quero alguém que se importe de verdade comigo! Sabe que dia é hoje? Hoje é meu aniversário! E nem meus pais me deram o parabéns!
Clarisse voltou a chorar novamente.
Alfonso se comoveu, mas seu orgulho não permitia ele se desculpar, então ele continuou no seu destino...

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Davi ajudou a Júlio a caminhar até seu carro, que novamente a crianças desenhava nas vidraças. Davi se irritou, porém não demonstrou. Júlio se sentou no Banco da frente do carro e Davi se pôs ao volante.
_irei te levar para casa, é só você me orientar. - disse Davi o encarando propositadamente.

_Antes disso terei que ir pegar a bicicleta, não é minha, é de uma amiga. Terei que levar à Oficina.- disse Júlio.

_Eu estou com ela no porta-malas, pode deixar que eu pagarei o concerto.

_minha casa é no condomínio Sangrias. Você sabe onde fica?-perguntou Júlio.

_não, eu sou Novo na cidade. Estou aqui de visita e vim resolver uns problemas pessoais e reencontrar uma amiga. Mas você pode me orientar no caminho.

Durante toda viagem Júlio acabará descobrindo que Davi é filho do milionário Richard Marques. Está na cidade em nome do seu pai, a fim de colocar alguns problemas em seu devido lugar. A empresa do pai de Davi aos poucos vem perdendo os lucros, por esse motivo ele vem vindo na cidade investigar esses roubos.
O telefone de Júlio toca, ele se encontra agora no bolso da camisa de Davi. Era seu pai George.

George: Júlio! Preciso de sua ajuda. Não vai ser possível eu e a Katherine estar presente na festa da Clarisse. Será que você vai poder ficar no controle da casa?

Isso não era uma novidade para Júlio. Seus pais sempre foram ocupados, desde de sua infância. Suas maiores preocupações foram a fábrica que se chama conforts. Ela vem progredindo desde de 1996, ano de sua inauguração. Ela fabrica tecidos para venda de roupas, cama, mesa e banho.
Júlio: claro pai! Mas você sabe que a Clarisse vai ficar muito magoada, como os outros aniversários que você não esta e presente.

George: ela irá entender...ah... dê meus parabéns para samantha. Lembra-se eu estou deixando a casa em suas mãos. Voltaremos na segunda feira.
Antes de Júlio responder, George já  teria desligado o telefone. Onde Júlio aproveitou o telefone em mãos para ligar pra Samantha, onde ela atendeu no primeiro toque.
Samantha: Júlio cadê você?! Já fez uma hora que você disse que estava chegando. O que houve?
Júlio: Samantha eu tive um problema... aconteceu uma coisa comigo... um acidente... um cara me atropelou e eu acabei fraturado a perna esquerda.

Samantha: meu Deus Júlio! Mas estar tudo bem agora?

Júlio: estou bem, só estou sentindo um pouco de dor, mas vai passar... tenho algo pra te dizer...sua bicicleta não ficou nada legal...mas eu prometo irei pagar o concerto...

Samantha: não se preocupe, se preocupe agora com você, ok? Mas o que te atropelou lhe prestou ajuda?

Júlio: sim claro. Ele inclusive estar Aqui comigo agora, me levou no hospital e tudo... hoje tem como você ir um pouco mais cedo lá pra casa, Pra me ajudar na festa?

Samantha: claro, estarei às cinco. Até mais, vou tentar pegar um táxi.
E ela desliga.

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_vamos Sr. Alfonso, me ajuda a escolher... - disse Júlia à Alfonso confusa e em dúvida sobre qual das bonecas irá levar.

_leva qual que uma, já está ficando tarde! Escolhe logo a azul!- disse Alfonso sem nenhum interesse em preferência de cor.

Ela acabará escolhendo a boneca azul.
_ela não é bonita Sr. Alfonso? -perguntou Clarisse.
_é sim. Terminou? Já podemos ir?
_espere só um minuto...- ela sai correndo no pátio da loja e some no meio das pessoas, onde faz Alfonso perder a paciência, logo depois de um tempo ela volta e diz- É pra você!- disse ela dando um relógio de Plata em suas mãos.

Os olhos de Alfonso se encerram de lágrimas. Nunca ninguém teria lhe dado um presente, exceto... ao ver o rosto de Clarisse nascendo um sorriso meio, ele sentiu que ela realmente gostava dele. Mas não era um simples relógio que iria domar a fera que se escondia dentro de Alfonso.
_dê a outra pessoa. O dinheiro que você comprou essa porcaria é do canal há do seu pai, e dele eu não quero nada! Você ouviu? Nada!- essa exclamação de Alfonso deixou Clarisse assustada e triste ao mesmo tempo. Ela gostava dele realmente, ela só tentou demostrar esse amor por meio do relógio-  e vamos! Temos que chegar em casa!


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⏰ Última atualização: Aug 13, 2015 ⏰

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