4. História de avô

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Ambrósio conseguiu correr bastante, e pensou ter despistado todos.
- Acho que é o bastante...

Ele estava no meio da floresta. Foi em uma árvore qualquer, sentou, encostou suas costas nela para descansar. Foi quando percebeu um senhor já com seus 70 anos. Tinha uma barba grande e usava uma espécie de manto velho, costurado com partes de roupas diferentes. Ambrósio tomou um susto e ficou com medo. O homem se aproximou.
- Calma, filho. Não farei nada de ruim.

O garoto estava paralisado, mas com a voz calma do velho, sentiu uma segurança... uma segurança paterna, algo que lembrava seu pai...
- Quem é o senhor?
- Eu? Me chamo Groan. Pode me chamar de avô, ou de vovô se preferir...
- Não conheci meus avós... Mas meu pai me falou que eles funcionam como nossos segundos pais.
- Ambrósio, eu conheci seu pai, um bom homem pra constar. Sinto muito pelo o que aconteceu... O mesmo com sua mãe.
- ...
- Ela me pediu para ser seu professor quando a hora chegasse.
- Meu professor...? Quando a hora chegasse...? Espera, quer dizer que ela sabia que morreria?
- É uma história complicada. Você não precisa saber agora, filho.
- Por favor, avô, me conte!
- A hora chegará. Até lá, você estará sobre meus cuidados.
- ...
- Agora... Deixe eu lhe contar uma história. Feche os olhos.

Ambrósio fecha os olhos, enquanto Groan conta uma história, que despertava nele um interesse tremendo.
- A muito tempo atrás, havia uma árvore. Essa árvore enfeitava o mundo de tal forma que era considerada o maior tesouro. Quando os humanos a descobriram, veneravam a árvore pois sabiam que era a maior obra de Deus já feita. Ela transmitia tal sensação que deixava todos relaxados e mais dispostos. Entretanto, os homens começaram a travar guerras disputando ela. A consequência foi, o enfraquecimento da árvore. A terra foi ficando mais fraca, o vento mais seco, a água perdeu seu aspecto cristalino e o fogo não recuperou mais sua beleza. Esse problema perdura até os dias de hoje. Agora, Ambrósio, abra os olhos.

Ambrósio, ao abrir os olhos, se deparou com um local lindo, era um vale, rodeado por cachoeiras, animais e árvores.
- Onde estamos?
- No vale mágico, meu filho. Aqui é onde acontecerá seu treinamento.
- Qual o motivo disso?
- Ambrósio, eu sei que você tem poderes diferentes... Especiais. Eu presenciei na praça principal de Camelot e vi que sua mãe tinha razão.
- ...eu preciso de poder para vingar Linus e a meus pais.
- Vingança não é algo bom, Ambrósio. Os poderes mágicos só devem ser usado para o bem dos humanos, dos animais e da natureza.
- E por que esse lugar para treinarmos?
- Eu moro aqui, além de que o fluxo de magia é incrível. Se você tiver prestado atenção na minha história, olhará para trás e saberá o porquê.

Ambrósio ao olhar para trás, aonde estava encostado, percebe algo majestoso.
- A árvore!
- Sim, essa árvore é chamada de Yggdrasil. Ela é a fonte de Mana do universo.
- Mana?
- É a energia usada pelas forças da natureza e para executar magia, utilizando os elementos.
- Então eu vou precisar dela?
- Sim, e muito. Agora, venha descansar na minha cabana, hoje foi um dia exaustivo.

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⏰ Última atualização: Dec 29, 2015 ⏰

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