Lauren's POV
- Só vocês mesmo para me fazer sair de casa nessa chuva – Camila disse logo que se sentou a mesa – Por que a Ally não veio? – direcionou a perguntou a ninguém em particular enquanto olhava algo no celular.
- Encontro via skype com o Troy – respondi com um sorriso simpático. Camila olhou em minha direção e revirou os olhos, voltando sua atenção para o celular logo depois.
Ok, chega. Isso já ficou ridículo. Soltei um suspiro em frustração. Já estava arrependida por ter aceitado vir para esse jantar. Sabia que a intenção das meninas era de nos aproximar mais pelo menos um pouco, mas Camila visivelmente não está colaborando. E quer saber?Foda-se! Vou parar de engolir meu orgulho por ela.
O jantar seguiu bem, apesar de tudo. Era impossível não me divertir na companhia de Dinah e Normani. Entrei no jogo de Camila e fingi que ela não existia. Foi difícil quando tudo que meus olhos queriam era apreciar sua beleza, mas eu consegui. Até certo ponto. Depois de duas garrafas de vinho Dinah e Normani já estavam muito alegrinhas e resolvemos ir para casa. Eu estava dirigindo essa noite já que não bebia mais. Não é porque estou fora da reabilitação que iria voltar aos meus antigos hábitos. Me permiti sentir orgulho de mim mesma por um momento. É uma luta diária, eu sei que posso ter recaídas no futuro, mas estou feliz por poder ficar ao redor de pessoas que bebem e não sentir vontade ou necessidade de beber também.
- Lo, você vai deixar a Mila em casa, não é? – Dinah disse com a voz embolada.
- Não precisa. Eu pego um taxi – Camila se pronunciou rapidamente.
- Se você conseguir um táxi disponível uma hora dessas – Normani disse bocejando logo em seguida.
- Se você quiser, eu posso ir te deixar em casa, não vai ser problema – Camila acenou em concordância e fomos em direção ao carro. É a ultima vez que passo por cima de você,disse para meu orgulho.
O único som que poderia ser ouvido era o da chuva batendo no carro. Camila se mantinha calada e com a cabeça encostada á janela. Tive que ir deixar Dinah e Normani em casa antes de ir deixar Camila na casa dela. As meninas estavam quase dormindo por conta do excesso de vinho e eu não conseguiria subir com as duas para entrar em nosso apartamento, ou pior, elas poderiam vomitar dentro do meu carro.
Quando estávamos na metade do caminho o carro começou a diminuir a velocidade do nada. Estranho. Pisei fundo no acelerador, mas o carro continuou diminuindo a velocidade. Franzi a testa em confusão. Eu me lembro de ter enchido o tanque ontem. Quando o carro parou de vez a voz de Camila se fez presente.
- O que aconteceu? – ela perguntou.
Ignorei-a. Girei a chave na ignição para ligar o carro. Nada. Tentei ligar novamente. Nada. Respirei fundo e tentei mais uma vez. Nada de novo. Olhei ao redor e notei que não tinha nada onde estávamos, era só a estrada mesmo. Nenhuma oficina ou qualquer outro lugar onde pudesse pedir ajuda. Encostei minha cabeça no volante frustrada.
- Acabou a gasolina? – Camila perguntou. Balancei a cabeça negando. – Então por que você parou?
- Eu não sei, o carro simplesmente não quer ligar mais. – respondi.
- Então faz alguma coisa – ela disse como se fosse simples resolver o problema. Tive que rir.
- Eu não sou mecânica, acorda! – revirei os olhos.
- O seu carro quebrou, você tem que dar um jeito de consertar – Camila cruzou os braços – Eu quero ir pra minha casa.
- Acredite, eu também quero. Mas o carro não ta ligando – tentei ligá-lo novamente e o resultado foi o mesmo – Tá vendo? Não pega!
- Vou ligar pro reboque – Camila disse pegando o celular – Ok, eu to sem sinal. Você liga pro reboque.
- Meu celular não ta comigo, ficou na bolsa da Mani – dei de ombros – Daqui a pouco a chuva passa e seu sinal volta, relaxa ai.
- Relaxa ai? – ela disse com um olhar irritado em minha direção – A gente ta no meio do nada enquanto o céu cai e você quer que eu relaxe? Me poupe, Lauren.
- Então vai pra casa a pé – destravei as portas do carro – Dentro de uma pequena caminhada de uma hora você chega.
- Quer saber? Vou mesmo! Prefiro pegar uma pneumonia á ficar aqui com você – Ouch! Essa doeu. Porém não deixei transparecer.
- Tchau – sorri irônica.
Camila deu um ultimo olhar de morte para mim antes de sair bufando do carro. Acho que ela não tinha percebido que a chuva estava mesmo forte. Ouvi-a soltar um gritinho afetado logo que fechou a porta do carro. Fiquei observando até onde ela iria com essa ideia de ir pra casa a pé. Abraçando o próprio corpo ela começou a caminhar. Camila olhou para trás uma vez e fez um movimento com os dois braços. O que essa louca ta fazendo? Um carro passou logo após em alta velocidade e ela parou de fazer os movimentos, recomeçando a andar novamente enquanto o carro já ia longe. Meus olhos arregalaram-se quando a realização me bateu. Ela tava pedindo carona? Isso é sério?
Engoli em seco respirando fundo logo depois. Abri a porta do carro e corri um pouco para alcançar Camila que já caminhava mais a frente. A chuva estava ficando cada vez mais forte e minhas roupas já estavam completamente encharcadas.
- Você ficou louca? – falei pegando seu braço e virando-a de frente pra mim.
- Foi você que deu a ideia de ir pra casa a pé – ela disse irritada.
- Você tava pedindo carona, Camila! – falei no mesmo tom. – E se fosse um psicopata naquele carro á procura de alguém pra matar?
- Larga meu braço, Lauren! – ela com raiva – Ah, e você anda assistindo muito seriado policial pra pensar que todos que dão carona são psicopatas.
- Vamos voltar pro carro agora – puxei seu braço caminhando para o carro.
- Não! Eu não vou voltar – ela puxou o braço com força e soltou-se.
- A gente vai acabar pegando um resfriado – soltei um suspiro pesado – Para de ser cabeça dura pelo menos uma vez na vida.
- Você volta sozinha, eu não vou! – bateu o pé igual criança birrenta.
- Você não me deu outra escolha – falei antes de em um movimento rápido jogá-la em meu ombro. Agradeci mentalmente ao meu condicionamento físico e por Camila não ser tão pesada.
- Lauren, me bota no chão agora! – ela esbravejou dando tapas em minhas costas. Segurei-a com mais força com meu braço prendendo suas pernas – Eu to falando sério, Jauregui! Me coloca no chão agora se não eu te mato – foi impossível não soltar uma risada de sua ameaça – Você ainda tem a cara de pau de rir? Ugh! – gargalhei ganhando mais alguns tapas em troca.
Botei-a no chão quando cheguei ao lado do passageiro no carro e Camila tentou dar um soco em meu ombro, segurei seu pulso bloqueando seu golpe e o levei para o alto de sua cabeça. Ela tentou o mesmo movimento com o outro braço e eu a bloqueei mais uma vez. Dei um passo para frente ainda segurando seus pulsos acima de sua cabeça e pressionei seu corpo no carro.
- Calma – sussurrei olhando para seus olhos enquanto ela tinha a respiração pesada.
- Me solta – ela disse também sussurrando.
- Não – engoli em seco e passei minha língua por meus lábios.
- Lauren... – Camila disse alternando o olhar entre meus olhos e lábios.
- Camz... – minha respiração estava descompassada e meu coração batia tão rápido que eu tenho certeza que ela poderia sentir já que estávamos tão próximas.
- Por favor – ela olhou para meus lábios mais uma vez e eu já sabia onde isso ia dar. Aproximei meu rosto do seu mais alguns centímetros pudendo sentir sua respiração tão descompassada quanto a minha – Me beija – fechei a pequena distancia entre nossas bocas logo que Camila fez tal pedido. Por favor, se for um sonho não me acorde.
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Wedding Bells
FanfictionWB começa com Camila dando a “maravilhosa” noticia de que está noiva de Austin Mahone, até onde Lauren iria para tentar impedir esse casamento? (Aconselho ler a one shot Wedding Bells primeiro pra poder entender o desenrolar de tudo)