Capítulo 14

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Acordei com o som de uma máquina! Estava numa cama coberta pelo um cobertor, estava escuro mas os meus olhos conseguiam distinguir que estava diante de um quarto com uma pequena mesa à minha direita e um espelho por cima da mesma. Diante dos meus olhos estava um pequeno televisor e um relógio. Nele marcavam 4:27 da manhã! Estou um pouco desorientada e com muita fome!
Levantei me devagar e fui em direção à porta que estava à minha esquerda. Abri-a e estava um grande corredor que ia dar a uma divisão com um sofá e uma mesa de jantar! Fiquei ali parada sem saber o que fazer! As recordações da noite, ou do dia anterior invadiram-me a cabeça. Até que algo me fez lembrar que não estava sozinha!
Eu: Cameron! CAMERON!
Chamei-o cada vez mais alto. Comecei a ouvir um som vindo do corredor e naquele escuro avistei o Cameron de pijama, ensonado e com os braços abertos!
Cameron: Então? Até que enfim que acordaste!
Ele abraçou-me com muita força e deu me um pequeno beijinho na testa.
Eu: O quê que aconteceu? Como é que vieste aqui parar?
Cameron: Calma! Anda comer alguma coisa primeiro, depois eu explico-te tudo!
Sentei-me na mesa e ele deu-me um prato de massa aquecida. Fui comendo enquanto ele me contava o que tinha feito e o porquê de estar ali.
Cameron: Quando descobri que eles iam explodir com as vossas casas, a primeira coisa que fiz foi tirar os teus pais de lá! Não foi fácil, eles confirmaram se eles estavam em casa antes de colocar a bomba. Eu tive cerca de 10 minutos para os tirar de lá! E sem que ninguém reparasse. Depois aluguei-lhes um apartamento fora da cidade para que não houvesse suspeitas. Preparei um plano para te tirar da cela, estava tudo a correr perfeitamente bem, mas vocês foram uma semana mais cedo para África do que o previsto. Então quando entramos no edifício para te salvar, ele já se encontrava vazio. Depois, quando descobri que vinham para Luanda, comprei esta casa, o mais perto possível do hotel, para tentar controlar tudo. Ontem, eu já sabia que irias fugir. Então fiquei apenas à espera que aparecesses, tive que te resgatar. Não foi assim tão difícil!
Eu: Eu não entendo!
Cameron: O quê que não entendes?
Eu: Como é que descobriste tudo isso? Descobriste quando é que iam explodir com a casa, descobriste que íamos para África, mais tarde descobriste que estávamos em Luanda e que precisamente ontem eu iria fugir. Como?
Cameron: Alison... Isto não vai ser nada fácil!
Eu: Porquê? Como é que descobriste que isto também não ia ser fácil? Cameron, o quê que me estás a esconder?
Cameron: Por favor acalma-te!
Continuei a comer e a desesperar que ele me explicasse mesmo tudo!
Cameron: O diretor tem uma doença muito rara! Uma doença que ataca o cérebro e todo o seu sistema nervoso. Só existe uma cura, mas não resultou com ele. As células nervosas dele também nasceram de maneira diferente. Então os médicos deram-lhe uma esperança. Ele precisa de ter um grupo de rapazes e raparigas com uma qualidade de personalidade diferente. Esse grupo tem que possuir controlo total sobre o seu cérebro, fazendo coisas inacreditáveis e impossíveis, mas sem que isso afete as suas células nervosas. Então ele pegou em todos vocês. E está a treinar-vos até que pelo o menos dez pessoas consigam chegar a ter esse poder mental. Depois os médicos vão analisar o vosso cérebro, fazer experiências e descobrir uma cura.
Comecei a entrar em pânico, mas na realidade tudo bate certo. Tudo o que nos fazem tem um motivo. Mas mesmo assim, era escusado matarem pessoas pela porcaria de uma cura. Não sei.
Eu: Cameron, tens a certeza que isso é verdade?
Cameron: Infelizmente sim. Isto ainda está longe de acabar!

Don't Die 2Onde histórias criam vida. Descubra agora