C A P Í T U L O U M
O orvalho caía sobre minha testa um pouco suada por conta de toda a adrenalina que envolvia-me.
Meus pés estavam latejando, presos por cordas provenientes da pequena sapatilha que os calçava.
Meu cabelo preso em um coque bem apertado, dando-me toda a formalidade necessária para um enterro.
Foi feito um enterro com toda a exuberância possível, minha mãe não poderia perder seu status de: nobre dama.
Uma coisa tão patética.
As mulheres vestiam vestidos negros tão alarmantes , que pareciam que iriam para um casamento.Tudo pelo título.
Está frase era a que mais se repetia por esses cantos.
Minhas irmãs abraçavam o caixão de meu pai, enquanto eu permanecia sentada na grama com a pernas cruzadas, com um copo de água sem acreditar no que havia acontecido.
- provavelmente minha mãe repreenderia-me se me visse sentada desta forma. Não é coisa de uma dama.-
Minhas pernas estavam bambas, o suor que escorria por minha testa era gelado.Meu pai havia morrido.
A única pessoa que importava-se comigo, havia morrido. Importava-se quando magoava-me, quando chorava. Ainda não conseguia acreditar, que em um dia estava em seu escritório ao vê-lo trabalhar , noutro estava vê-lo no interior de um caixão.
Ele falecera de algo desconhecido nos pulmões, não houvera nenhuma forma de salva-lo.Observei novamente todo o local, sedada por todos acontecimentos. Meus olhos encontraram minha mãe a conversar com Eliot Grant, um alcoólico rico, caído em uma profunda depressão, que foste largado pela esposa. Meu pai nem sequer gostava dele, não havia motivos dele estar aqui.
Eles pareciam ter um conversa animada, talvez tivessem um caso, sempre suspeitei. Minha mãe, Charlize,sempre importou-se apenas com ela, suas jóias e seu título.
Charlize agora fingia sua expressão triste e lamentadora, forjava uma feição de súplica, de como alimentaria quatro bocas.
Mas na verdade, guardava em suas meias calças sobe o vestido longo negro que usava, uma pequena garrafa de conhaque e em sua mente um plano de casar-me com qualquer homem rico, para ser sustentada pelo genro.
Ela sempre foi assim , e sempre será. Foste assim com todos, porque comigo seria diferente?!
Minha mãe e meu pai Xavier, tiveram , exceto eu, sete filhos.
Possuo três irmãs mais velhas: Claire, Valery e Meredith.
As três foram obrigadas a se casar, com homens que nunca viram na vida, apenas para que diminuíssem os gastos, para gastar mais com jóias.
Claire casou-se com Richard Smith, um joalheiro, beberrão que apenas bate nela, ela desmente , mas todos já sabemos a verdade.
Valery, eu a odeio, sempre invejou-me tudo, sempre fez tudo para que as coisas dessem errado para mim. Ela casou-se com Charlie Harrison, um homem completamente obcecado por ela, que faz tudo que ela lhe pede. Enquanto ela o retribui se deitando com outros homens.
Valery dizia-me que eu não era filha de Xavier, por uns tempos até acreditei, pelo facto de meus cabelos serem loiros e por ter olhos azuis, enquanto todos meus irmãos eram morenos.
Mas meu pai, mesmo não sendo meu pai, cuidou de mim, tal como uma filha. Devo muito a ele.
Por fim Meredith, eu tenho muito gosto por ela, ela é incrível, dócil e encantadora. Sempre tratou-me bem, foi mais minha mãe a própria Charlize.
Ela se casou com Patrick Houser, um rapaz alegre e divertido. Sempre nos fazia rir. Um rapaz que gostava de dançar e sempre alegrar-lá. De Início, Meredith não o suportava, por fim se apaixonou completamente pelo rapaz de olhos azuis.Por fim meus quatro irmãos mais novos: Cody, Emmeline, Emma e Peter.
Que com certeza, seriam obrigados a pôr a mão na massa para manter os luxos da mamãe.
Ela os obrigaria a trabalhar, não sentiria sequer um bocado de culpa.
Charlize me forçaria a me casar o mais depressa possível, e arranjaria um marido com uma facilidade anormal, usaria-me como um negócio.
Ela tinha o péssimo hábito de prometer vossos filhos.
Porém nunca comentou nada sobre meu prometido comigo, é estranho, com as outras ela vivia a comentar.
Será que ela pensou que é errado prometer sua filha de apenas dezassete anos?!
Lógico que não! Ela casou Meredith aos quinze anos.
Ela apenas não quis comentar nada comigo, sabia que eu daria um jeito de fugir. Sempre fui a filha que lhe deu mais trabalho, sempre questionei o que ela mandava-me fazer.
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Promissed
General Fiction"Uma promessa não pode ser desfeita" Pleno século XVIII, guerras se originavam, e cabia ao capitão Christopher Romanov a responsabilidade da defesa de seu país. Sem tempo para sua vida pessoal, seus pais marcam seu casamento, sem vosso consentimento...