Capítulo 16

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Jake off

Kate on

Jake: Kate! Vamos acabar!

Aquelas palavras sim destruiram tudo o que eu tinha dentro de mim. Porque é que ele quer acabar tudo?! Ele quase se matou por mim e agora quer acabar? Como é que isso é possível? Como é que ele consegue magoar-me tanto, com tão pouco?!

Jake: Kate, eu não posso mudar o meu passado. Isso tudo está a impedir que sejámos felizes. E eu não aguento ver-te mais a chorar. Haverá sempre alguma coisa, uma palavra até que nos levará a reviver o meu passado e isso assim não vai resultar. Nem para mim nem para ti. Se quiseres nunca mais teremos que nos ver ou falarmo-nos. Nós não vamos conseguir lutar contra isto para sempre e eu acho que devemos acabar com isso agora!

Ele não derramou nem uma lágrima, ele apagou os seus sentimentos e desabafou. Tudo o que ele disse era verdade. Porra Jake porque é que tens que ser assim? Porque é que não podias ter sido uma pessoa melhor? Porque é que apareceste na minha vida se foi só para incomodar?! Eu estou farta, já estou pelos cabelos com esta situação. Eu estou a chorar de raiva, de dor, de amor, de tudo!

Eu: Vamos acabar...

Eu abaixei a minha cabeça e deixei as inúmeras lágrimas cairem.

Eu: Mas com duas condições.

Jake: Diz.

Eu: Primeira, não me podes dirigir a palavra tal como eu farei. Segunda... não quero te ver nunca mais à minha frente!

Nesse momento olhei-o nos olhos. Vazios. Ele apagou os sentimentos todos que tinha.

Jake: Tudo bem. Adeus Kate!

Eu não lhe respondi, voltei a baixar a cabeça e esperei que ele saísse. Ouvi uma porta fechar e depois ficou tudo silêncio, eu comecei a chorar ainda mais e depois comecei a gritar de ódio pelo que o Jake me fez sentir por ele. Dizem que o amor anda sempre ao lado do ódio, e tudo que eu sinto agora por o Jake é ódio e só isso apenas.

Dirigi-me ao meu quarto e comecei a partir tudo, molduras, espelhos, copos, pratos que eu ainda não tinha arrumado, parti até a cama quando a xutei. O meu ódio e raiva era tanto que eu tinha que descontar em alguma coisa.

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Estava a sair do bar já super bêbeda, quando sinto uma pancada na cabeça e depois não me lembro de nada.

Acordei no dia seguinte num quarto desconhecido, desci da cama e procurei por uma luz, lol estava a beira da porta, quando a acendi reparo num quarto super lindo e enorme. Ele era rosa e roxo. A cama era branca e os cobertores eram roxos e rosas. Tinha uma secretária também branca, dois criados mudos brancos, um pequeno sofá para ver tv naquele plasma enorme. Decidi abrir a única porta que tinha ali, e vi um corredor enorme com outras portas brancas. Bati a primeira que vi, ninguém abriu. Eu já estava cheia de medo, eu não conheço esta casa. Voltei a bater à porta e ninguém respondeu. Decidi finalmente abri-la. O quarto era parecido com o que eu estava só que azul e preto. A cama estava feita e depois havia ali outra porta e de repente ela abre-se e eu dou um grito e caio ao chão.

...: Ahhh... és tu... que susto porra...

Que susto porra? Tas a brincar com a minha cara?

Eu: Deixaste a tua educação em casa foi? Eu não sei quem tu és e nem me interessa, mas eu quero saber onde estou e porquê? E como é que cheguei aqui! E tens comprimidos para as dores de cabeça?

...: O meu nome é Nicholas, mas todo mundo me trata por Nick.

E depois ele não falou mais nada. O que eu queria saber ele não disse.

Eu: Pois, mas eu não sou todo o mundo por isso Nicholas importas-te de responder às perguntas que eu te fiz?

Nicholas: Tu não sabes quem eu sou pois não?

Eu: Olha meu papagaio eu não sei quem tu és e nem quero saber, eu estou a cagar completamente se tens um bom estatuto social, se conheces alguém famoso ou se és alguém famoso... não me interessa nem mesmo se tu fores o maior retardado da história, o que me parece mais provável. Eu só quero é que ganhes algum respeito e me digas o que é que eu estou aqui a fazer.

Ele começou a encarar-me meio surpreendido.

Eu: Oi? Vais responder ou para além de teres deixado a educação em casa também deixaste o respeito?

Nicholas: Esta é a minha casa. O quarto onde estás é o quarto da minha irmã Isabella, mas ela não está porque foi dormir a casa de uma amiga. E tu estás aqui porque ontem quando tu estavas a sair do bar onde eu estava bateste num poste e desmaiaste, aí eu trouxe-te para aqui para não seres violada.

Eu: Hum... bem... então adeus.

Nicholas: Espera! Porque é que não tomas o café da manhã e me contas qual foi a razão de estares assim tão bêbeda?

Eu: Quem disse que havia uma razão?

Nicholas: Ora, há sempre uma razão.

Eu encarei-o um pouco e depois respondi.

Eu: Com uma condição.

Nicholas: Qual?

Eu: Tens que me contar qual foi a tua razão.

Nicholas: Razão do quê?

Eu: Ora, se eu tinha uma razão para estar lá, então tu também tinhas.

Ele deu uma risada.

Nicholas: Tudo bem, mas primeiro diz-me o teu nome.

Eu: O meu nome não te interessa.

Nicholas: Porque não?

Eu: Deves ter muitas outras coisas para pensar, e o meu nome só ia incomodar.

Eu disse olhando a casa.

Nicholas: Percebo, mas então como te devo chamar.

Eu: Tu não vais precisar de me chamar se eu te vou estar sempre a ouvir.

Ele começou a olhar para mim e ficou um silêncio... deu para reparar que ele era a perfeição em pessoa, alto e com o abdomen super bem definido, era moreno com uns lindos olhos verdes que brilhavam, reparei em covinhas quando ele falava, o que ajudou mais à perfeição dele e depois os dentes perfeitamente alinhados e brancos que iram marcar o sorriso dele na minha mente.

Eu: Hum... podemos descer?

Nicholas: Hum... sim...

Ele ia fechar a porta.

Eu: Vais assim?

Ele ainda estava de toalha.

Nicholas: Pois desculpa não estava a prestar atenção.

Ele entrou e depois de dois minutos saiu com umas calças largas cinzentas e uma camisola branca.

Nicholas: Podemos descer.

Ele desceu as escadas à minha frente e dirigiu-se à cozinha e eu segui-o.

O Idiota Do Meu "Doce" Vizinho! (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora