Naquela noite, cansado, não sonhei com nada, apenas dormi. Eram, aproximadamente, 11 horas da manhã, quando mamãe sacudiu-me e falou:
- Jeff, acorda filho, a mamãe tem uma surpresa pra você!
- Mãe, deixe-me dormir! - falei com voz de cansado.
- Mas nem quer ver a sua surpresa? E também, hoje tem a festa de aniversário do vizinho, meu amorzinho.
- "Tá, mãe!"
Levantei-me e fui até a cozinha. Que alegria quando avisteiLiu encostado na parede. Corri e o abracei.E ficamos conversando sobre o que havia acontecido nos últimos dias. Logo que saímos, mamãe conversour consigo mesma:
-Será que os dois vão continuar a dar certo? Jeff está diferente...; estou com medo de dar algo errado...; o Jeff mudou eLiu não sei como está...Estou com tanto medo!
Depois de uma longa conversa, subimos cada um para o seu quarto, e nosaprontarmos para ir a festa.
Coloquei uma blusa com capuz branca, calça jeans preta e um tênis preto.Saí do quarto com foninhosde ouvido, escutando música. Já meu irmão, usava bermuda azul, camisa branca com estampa de skatee tênis branco-azul.
Mamãe e papai vestiam-se com trajes requintados.
Mamãe perguntou: - Vamos?
Respondemos que sim e concordamos com todas as regras propostas por mamãe para aquela noite.
Fomos caminhando até a casa do vizinho, cada um com um presente na mão.
Chegamos. Eu e Liu á frente e meus pais atrás. Colocamos os presentes sobre uma cesta já cheia de presentes e nos sentamos em uma mesa.
Assim que nos sentamos, dois garotos nos chamam (eu e Liu) para brincar.Sorrindo, recusamos, mas mamãe pede que fôssemos com eles.
Os garotos entregaram-nos uma arma de brinquedo e um chapéu de fazendeiro.Começamos a brincar, fazendo piu, piu, piu, mateeei, "yes!"
Logo depois, os três meninos que já haviam brigado comigo apareceram...
Um deles, armado -Randy, o líderda gangue, falou:
- Olá Jeff, feliz em me ver? Olha só, você esta brincando comarminha, mas a minha é de verdade. Vamos ver qual machuca mais?
Nesse instante,Randy deu um tiro no chão, e todos da festa sairam até lá, com medo.
Liu queria ajudar-me, mas, fraco,sentiu medo ecorreu, se escondendo em um lugar na casa dos seus pais.
Falei: -Pára, velho! Eu não lhe fiz nada, foi você quem me atacounaquele dia, eu apenas me defendi!
Randyrespondeu: - Mas quase matou os meus amigos e por isso deve morrer!
Corri em direção a ele, o soquei, peguei a arma e atirei em sua perna, fazendo-o cair.
Troy correu em direção a mim, com intenção de esmagar-me.
Atirei na barriga de Troy, fazendo-o cair no chão duro.
Keith foi o último. Foi até Jeff, e tentou atirar, mas a arma estava descarregada.
Saí correndo e Keith veio atrás. Brigamos. Era soco pra lá, soco pra cá... Próximo a porta do porão, escorregamos e caímos lá embaixo.
Bati em uma prateleira de substâncias químicas. Uma delascaiu em meu rosto. Corri até o banheiro tentado lavar-me.Segurando a toalha de mão, bati em Keith, quando ele, sentindo o cheiro que exalava do meu rosto, pegou um isqueiro, acendeu-o e o jogou sobre mim, falando: - Queime até ir para o inferno!
Corri, pulei no gramado de frente a casa de Bárbara e rolei.
O fogo se apagou.
Meus pais levaram-me ao hospital mais próximo.Desacordado, fui para a sala de cirurgia.
Passaram-se três dias...eu, ainda desacordado.
Ao acordar, o médico disse-me:
- Jeff, não se assuste, mas seu rosto mudou bastante.
Tirou a faixa do meu rosto. Meus pais olharam-me intensamente. O médico tirou toda a bandagem e entregou-me um espelho para que pudesse olhar-me. Mamãe falou:
- Amor, fica tranquilo, você ainda está lindo!
Olhei-me no espelhoe assustei-me. Joguei o espelho na parede com força e dissecom uma expressão triste no rosto:
- Mãe, eu sou um monstro! Eu me tornei o ser dos meus sonhos. Não épossível! Ele estava certo!
Recebi alta do hospital.
No carro de meus pais, fomos para casa.
Subi para o meu quarto, tranquei a porta e fiquei lá, sozinho, no escuro, deitado em minha cama. Dormi. Sonhei com o demônio e começamos a conversar:
- Eu avisei, Jeff! Avisei que se transformaria em mim.Agora só falta o sorriso eterno em seu rosto e o jeito de assassino.
Pegou uma faca e começou a brincar com ela.
- Eu não vou me transformar em você, eu não sou você! EU NUNCA SEREI VOCÊ! - gritei e comecei a chorar.
O demônio, que dizia ser eu, no espelho, chorava e sorria ao mesmo tempo.
- Eu lhe disse Jeff, eu sou você. Não adianta! Estamos ligados. Uma hora ou outra, você se transformara por inteiro, não demorará muito.
E rindo, desapareceu.
Acordei e dormi novamente, mas dessa vez sem sonhar.
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Jeff The Killer
HorrorOlá, sou Jeff! Quero contar minha história para vocês. Não se assustem, mas... Eu sou uma pessoa legal... aprincípio. Depois, vocês não gostarão de ter me conhecido, com certeza. Bons sonhos para vocês, pois esses serão os últimos. Quer saber quem s...