5 Capitulo- A festa

49 0 1
                                    

Naquela noite, cansado, não sonhei com nada, apenas dormi. Eram, aproximadamente, 11 horas da manhã, quando mamãe sacudiu-me e falou:
- Jeff, acorda filho, a mamãe tem uma surpresa pra você!
- Mãe, deixe-me dormir! - falei com voz de cansado.
- Mas nem quer ver a sua surpresa? E também, hoje tem a festa de aniversário do vizinho, meu amorzinho.
- "Tá, mãe!"
Levantei-me e fui até a cozinha. Que alegria quando avisteiLiu encostado na parede. Corri e o abracei.E ficamos conversando sobre o que havia acontecido nos últimos dias. Logo que saímos, mamãe conversour consigo mesma:
-Será que os dois vão continuar a dar certo? Jeff está diferente...; estou com medo de dar algo errado...; o Jeff mudou eLiu não sei como está...Estou com tanto medo!
Depois de uma longa conversa, subimos cada um para o seu quarto, e nosaprontarmos para ir a festa.
Coloquei uma blusa com capuz branca, calça jeans preta e um tênis preto.Saí do quarto com foninhosde ouvido, escutando música. Já meu irmão, usava bermuda azul, camisa branca com estampa de skatee tênis branco-azul.
Mamãe e papai vestiam-se com trajes requintados.
Mamãe perguntou: - Vamos?
Respondemos que sim e concordamos com todas as regras propostas por mamãe para aquela noite.
Fomos caminhando até a casa do vizinho, cada um com um presente na mão.
Chegamos. Eu e Liu á frente e meus pais atrás. Colocamos os presentes sobre uma cesta já cheia de presentes e nos sentamos em uma mesa.
Assim que nos sentamos, dois garotos nos chamam (eu e Liu) para brincar.Sorrindo, recusamos, mas mamãe pede que fôssemos com eles.
Os garotos entregaram-nos uma arma de brinquedo e um chapéu de fazendeiro.Começamos a brincar, fazendo piu, piu, piu, mateeei, "yes!"
Logo depois, os três meninos que já haviam brigado comigo apareceram...
Um deles, armado -Randy, o líderda gangue, falou:
- Olá Jeff, feliz em me ver? Olha só, você esta brincando comarminha, mas a minha é de verdade. Vamos ver qual machuca mais?
Nesse instante,Randy deu um tiro no chão, e todos da festa sairam até lá, com medo.
Liu queria ajudar-me, mas, fraco,sentiu medo ecorreu, se escondendo em um lugar na casa dos seus pais.
Falei: -Pára, velho! Eu não lhe fiz nada, foi você quem me atacounaquele dia, eu apenas me defendi!
Randyrespondeu: - Mas quase matou os meus amigos e por isso deve morrer!
Corri em direção a ele, o soquei, peguei a arma e atirei em sua perna, fazendo-o cair.
Troy correu em direção a mim, com intenção de esmagar-me.
Atirei na barriga de Troy, fazendo-o cair no chão duro.
Keith foi o último. Foi até Jeff, e tentou atirar, mas a arma estava descarregada.
Saí correndo e Keith veio atrás. Brigamos. Era soco pra lá, soco pra cá... Próximo a porta do porão, escorregamos e caímos lá embaixo.
Bati em uma prateleira de substâncias químicas. Uma delascaiu em meu rosto. Corri até o banheiro tentado lavar-me.Segurando a toalha de mão, bati em Keith, quando ele, sentindo o cheiro que exalava do meu rosto, pegou um isqueiro, acendeu-o e o jogou sobre mim, falando: - Queime até ir para o inferno!
Corri, pulei no gramado de frente a casa de Bárbara e rolei.
O fogo se apagou.
Meus pais levaram-me ao hospital mais próximo.Desacordado, fui para a sala de cirurgia.
Passaram-se três dias...eu, ainda desacordado.
Ao acordar, o médico disse-me:
- Jeff, não se assuste, mas seu rosto mudou bastante.
Tirou a faixa do meu rosto. Meus pais olharam-me intensamente. O médico tirou toda a bandagem e entregou-me um espelho para que pudesse olhar-me. Mamãe falou:
- Amor, fica tranquilo, você ainda está lindo!
Olhei-me no espelhoe assustei-me. Joguei o espelho na parede com força e dissecom uma expressão triste no rosto:
- Mãe, eu sou um monstro! Eu me tornei o ser dos meus sonhos. Não épossível! Ele estava certo!
Recebi alta do hospital.
No carro de meus pais, fomos para casa.
Subi para o meu quarto, tranquei a porta e fiquei lá, sozinho, no escuro, deitado em minha cama. Dormi. Sonhei com o demônio e começamos a conversar:
- Eu avisei, Jeff! Avisei que se transformaria em mim.Agora só falta o sorriso eterno em seu rosto e o jeito de assassino.
Pegou uma faca e começou a brincar com ela.
- Eu não vou me transformar em você, eu não sou você! EU NUNCA SEREI VOCÊ! - gritei e comecei a chorar.
O demônio, que dizia ser eu, no espelho, chorava e sorria ao mesmo tempo.
- Eu lhe disse Jeff, eu sou você. Não adianta! Estamos ligados. Uma hora ou outra, você se transformara por inteiro, não demorará muito.
E rindo, desapareceu.
Acordei e dormi novamente, mas dessa vez sem sonhar.

Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora