2 Capitulo- A escola

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Acordei e levantei-me da cama. Fui até o banheiro tomar banho,para despertar-me e ir para a escola.Nova casa, nova vida.
Olhando meu reflexo na água da banheira, mais uma vez vi refletido o ser parecido comigo. Fechei os olhos e comecei a sentir uma enorme dor na musculatura novamente. Caí no chão, mas logo me levantei e saí do banheiro.
No quarto, coloquei minha calça jeans preta, um casaco branco e tênis preto.
Desci até a cozinha e sentei-me a mesa. Minha mãe falou:
- Bom dia filho! Como foi a noite?
- A mesma coisa de sempre, com o mesmo pesadelo que me atormenta há dias!
- Calma, filho! Deve ser por conta da mudança. Daqui alguns dias isso deve melhorar, você vai ver.
- É mãe, assim espero, mas esse sonho me atormentará por mais um tempo, eu acho.
- Filho, é só não pensar nele que ele desaparecerá, ok?
- Ok, mãe!
- Filho, a mamãe vai arrumar o seu café da manhã e do Liu.
Liu ainda dormia e Margaret pediua Jeff para acordá-lo.
Subi ao quarto, bati na portae gritei: - Liu!
- Humm! - ele murmurou.
- Acorda, senão a gente perderá a aula!
- Jeff, deixa-me em paz!
- Quem vai levar bronca da mamãe é você, então!
Desci as escadas,fui até a cozinha e falei para mamãe:
- Mãe, o Liu não quer sair do quarto.
- Falou para ele que hoje vocês têm escola?
- Falei, mas ele mandou-me deixá-lo em paz
- Eu vou chamá-lo, fiquetranquilo, filho.
Mamãesubiu e chamou Liu, quese levantou, abriu a porta do quarto e falou:- Oi mãe, o que a senhora quer?
- Quero que você se arrume para ir para a escola
- Mãe, mas é meu segundo dia aqui.
- Mesmo assim Liu, você tem que ir para a escola. A vida continua!
- "Tá bom", mãe - bufou Liu.
Ele se arrumou e desceu para tomar o café com Jeff.
Mamãe havia colocado uma panqueca em cada pratopara comermos.
Levantei-me primeiro e fui ao banheiro escovar os dentes, arrumar meus cabelos loiros.
Saí do banheiro e sentei-me no sofá esperando por Liu, que fora ao banheiro arrumar-se.
Pegamos as mochilas e o dinheiro para lanche e fomos para o ponto de ônibus rumo à escola.
Liu questionou-me:- Jeff, o que está achando daqui?
- Liu, sinceramente, não estou gostando nenhum pouco daqui!
- Mas irmão, você terá de se acostumar, essa será nossa vida daqui pra frente. Pelo menos, vivemos em uma casa boa e grande, temos comida e não passamos dificuldade!
- Liu, mas minha vida até agora era to... Ahhh!!!! - gritei de dor.
- Jeff o que foi?- Liu perguntou desesperado.
- Nada não, Liu; ando tendo essas dores do nada mesmo, é normal.
- Jeff, certeza de que você está bem, irmão?
- Sim, vamos andando!
- Ok, qualquer coisa, fala, que eu ligopara a mamãe!
- Pode deixar, Liu, eu sei me cuidar.
Chegamos ao ponto de ônibus e ficamos esperando pelo ônibus.
O ônibus chega. Entramos, pagamos a passagem e fomos para a escola. Lá, descemos e fomos para a sala do diretor.Batemos na porta e entramos. Então falei:
- Olá, sou o Jeff e esse e meu irmão Liu. Somos novos aqui e queríamos saber quais serão as nossas salas de aula.
- Ah, sim! Sou o diretor Joey. Vocês estão na mesma sala, sãodo 3º do Ensino Médio, certo?
- Sim senhor.
- Então vocês estão no 3º ano C; eu levarei vocês até lá.
- Ok, muito obrigado, senhor Joey!
Fomos até a sala de aulas. Joey bateu na porta e entrou falando:
- Olá, alunos! Esses são os novos alunos, Jeff e Liu. Eles ficarão aqui na sala de vocês.Tratem-os bem, não queremos perder alunos esse ano, hem?!
- "Tá bem", diretor Joey! - todos da sala gritaram.
- Opa, sem gritaria hem?!Jeff , Liu, podem sentar-se.
Sentamo-nos perto um do outro, para melhor nos acostumarmosao novo ambiente.
Comecei a sentir a dor no corpo mais uma vez...Contorcia-me na cadeira. Liu percebeu e pediu ao professor para permitir queeu saísse da sala.
Autorizado, saí correndo até o banheiro. Lavei o rosto eolhei no espelho...o ser maligno estava em meu reflexo...
Falei:-O que você quer de mim?
- Que você se transforme em mim!
- Não, eu não sou um demônio como você.
- Sim, Jeff, você é! Sabe porque eu sei?
- Não, porquê?
- Porque eu sou você.
Soquei o reflexono espelho, rachando o vidro. Saí correndo até o pátio da escola, falando comigo mesmo:
- Não, não, não! Aquele não sou eu! Eu não sou aquele ser diabólico, não! Aquele sorriso não é o meu! Aquela pessoa não sou eu!Saí da minha cabeça pelo amor de Deus!!!
Deitei-me no chão e comecei a chorar, sentindo a dor em meu corpo, minha musculatura aumentando novamente, e gritei:- AHHH

Jeff The KillerOnde histórias criam vida. Descubra agora