Em meio a um vale montanhoso encontra-se um reino esquecido pelo tempo e pelos mapas. Outrora fosse imponente, hoje jaz sem importância. Nos primórdios de seu surgimento havera uma grande batalha por seu maior tesouro, e não era ouro ou poder, mas sim um coração de dragão. O então rei Draugr IV que a pouco havia reivindicado seu trono enfrentava um grande colapso em suas alianças com outros reinos importantes daquela época e sofria por diversas vezes represálias durante viagens designadas por seu conselho para tentar buscar a paz em terras controladas por outros reis.
Durante mais uma de suas viagens ele recebe a notícia de que fora vítima de traição e seu castelo havia sido saqueado. Sua única filha morrera na tentativa de proteger o coração de dragão tão cobiçado por seus vizinhos. Desse dia em diante o rei declarou guerra aos seus inimigos e jurou derrubar um por um até que encontrasse o mandante de tal ato.
Devoto da velha magia, o grande rei também era um poderoso mago, por isso haviam lhe confiado o tão precioso objeto. Passados anos desde a invasão, Draugr consegue unir um grande exército, não só de humanos, mas também de todos os seres na qual depositava confiança. Dado o dia para se iniciarem os ataques, o rei tem uma visão, pouco tempo depois retorna desnorteado e contente. Ele havia visto sua filha próximo a um lago na floresta negra, berço de demasiadas criaturas horrendas, estas também detentoras de um colossal poder.
Uma vez a cada 100 anos é feito um sabbath negro para decidir o representando dos seres das sombras. Quando começa a votação um misterioso ceifador aparece exibindo o coração de dragão e todos em volta se curvam diante da criatura misteriosa. Sendo o rei um mago um mago muito poderoso, percebeu que uma força obscura havia tomado controle do poderoso objeto que lhe fora roubado, porém, cego pelo desejo de rever sua falecida filha, este é guiado pela força do coração até a floresta de sua visão, à beira do lago onde vira sua primogênita.
A euforia lhe consumira a ponto de passar despercebido pela armadilha tramada pelo misterioso ser que lhe roubara. Quando viu a miragem de sua filha ao longe, seus olhos se encheram de lágrimas que se transformaram no veneno mais nocivo quando reparou na emboscada em que caira. A raiva e a fúria fez Draugr perder os sentidos e enfrentar as criaturas que o rodeavam, aniquilando uma a uma até chegar a criatura que detinha o coração de dragão.
Sem que o rei esperasse, o ceifador acertou-lhe um golpe fatal com sua gélida foice que arrancou seu coração e depois comeu-o como prova de fidelidade ao pacto feito com uma velha inimiga de Draugr, Luciferia. A bruxa cujo nome deriva do mais conhecido dos demônios era simpatizante da arte da magia negra e era profunda conhecedora desta. Por vezes tentara dominar o reino na qual Draugr dominava, mas nunca obtivera êxito. Uma vez que realizara seu maior sonho, Lucifera jogou trevas sobre todo o mundo, trevas estas que perduram até os dias atuais, a nova era. A era dos cavaleiros.