O Conto do Conto

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Vou contar um conto de um homem que queria escrever um conto, mas ele não sabia por onde começar pensou muito sobre vários temas, então chegou à conclusão que iria escrever sobre si mesmo, porém dando nome fictício a seu personagem.

Seu nome é Ângelo Rios Limeira, um rapaz não tão vivido, mas conhecia alguma coisa útil da vida, tem bom gosto musical e, além disso, é um bom leitor nas horas vagas, certo dia ele pegou um papel e assim começou seu conto de si...

"Numa noite de lua amarelada no pináculo do enegrecido céu estrelado que parecia mais um teto abobadado e as estrelas mesmo paradas pareciam dançar conforme a música que estava nos ouvidos de Gelo". Este era o nome do personagem que criara

Neste momento ele para pra ler o que escreveu, gostou do primeiro parágrafo e assim deu continuidade ao conto...

"Seu caminhar firme e calmo o fez pensar em muita coisa em que vivera suas dores, seus risos, tristezas e alegrias, seus romances quebrados com o tempo e até aqueles platônicos. Pela noite a fora seus olhos cast".

Dessa vez deixou o parágrafo incompleto e reescreveu para que soasse melhor...

"Seu caminhar firme e calmo o fez pensar em muita coisa em que vivera suas dores, seus risos, tristezas e alegrias, seus romances quebrados com o tempo. Pela noite adentro observava os passos das pessoas e se questionava como seria a vida de cada uma delas, mas já que não tinha resposta decidiu apenas prestar atenção na paisagem".

Ângelo nem sabia o que escrever, ele queria que seu personagem fosse alguém mais forte e seguro de si, assim como todo escritor deseja ser como o ser que cria, com Ângelo não era diferente.

Decidiu não escrever mais, fechou o caderno e foi fazer um café. Passaram-se dias, enquanto vivia sua vida acabou esquecendo daquilo que deveria ser um conto. Certa vez ele pegou seu caderno novamente e começou a reler o que tinha escrito tempos atrás. Resolveu terminar o conto desta forma...

"Numa noite de lua amarelada no pináculo do enegrecido céu estrelado que parecia mais um teto abobadado e as estrelas mesmo paradas pareciam dançar conforme a música que estava nos ouvidos de Gelo. Seu caminhar firme e calmo o fez pensar em muita coisa em que vivera suas dores, seus risos, tristezas e alegrias, seus romances quebrados com o tempo. Pela noite adentro observava os passos das pessoas e se questionava como seria a vida de cada uma delas, mas já que não tinha resposta decidiu apenas prestar atenção na paisagem e continuar a viver a sua vida de forma simples e feliz".

Ângelo já não queria ser igual ao personagem que criou ou a qualquer outro que poderia criar, ele fez o contrário, fez com que seu personagem fosse igual a ele, com defeitos e virtudes como todo ser humano é e decidiu fazer um novo café.

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Os Fragmentos do IlusionistaOnde histórias criam vida. Descubra agora