Monster

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Harry estava quase pedindo para que Louis voltasse à ficar ao seu lado. O medo de escuro era maior que o medo do garoto de olhos azuis.

"Você sabia, ele adora comer o Niall?!" - Ele sorriu. - "Imagina o que seria dele se alguém soubesse disso? Ele pegaria tantos anos de cadeia, por estar mantendo relações sexuais com um adolescente que nem ao menos sabe o que está fazendo".

Harry grunhiu de medo.

"Medo de escuro Styles?" - Ele perguntou. - " Você pode me falar quem é Nick?" - A respiração de Harry travou. Ele ouviu um som agudo. Seguindo de um grave. Um piano.

Louis estava tocando um piano.
Havia um piano naquela escuridão.

"Ele te abraçava quando você sentia medo do escuro, uh?" - Louis continuou afundando os dedos nas teclas, uma melodia calma soava pelo local. Harry sentiu seus olhos arderem, mas ele se recusou a fecha-los e deixar as lágrimas pesadas caírem. - "Ele dizia 'eu te amo, haz" no seu ouvido até você adormecer?" - Os olhos de Harry encheram-se de lágrimas de uma forma assustadora, mas dessa vez eram lágrimas de tristeza. Tristeza era a única coisa que Harry sabia sentir no momento. - "Vocês eram felizes? Apaixonados um pelo outro?" - Louis dizia calmamente. Na verdade ele nem ao menos esperava uma resposta ele sabia de todas. Ele já sabia de tudo. - "Então em um trágico dia você e ele resolveram levar adiante, ir além de beijos..." - Louis sorria. Dessa vez esse apertava os dedos com uma força desnecessária contra as teclas. - "Imagino como deve ter sido terrível ser pego pelo seu pai pastor, símbolo religioso, com um pau enterrado na sua bunda. Que vergonha, Styles". - Os joelhos de Harry fraquejavam. Ele estava próximo a desabar. Seu choro já se era mais audível que a melodia do local. - "Você foi obrigado a se mudar, pobre Hazz, foi embora e até hoje Nick não faz ideia de onde você possa estar". - Harry já implorava de joelhos no escuro para Louis parasse. Mas o mesmo ignorou. - "Você ficou tão abalado, nem as porradas do seu pai por ter um filho gay e uma completa vergonha, doeram tanto, nem seja lá o que você usou pra tentar se matar te mataram tanto, nada o machucou tanto quanto não poder se despedir de Nicholas, sem deixa-lo com um mísero eu te amo". - Louis se afastou do piano por um momento. Harry chorava como se tivesse sendo espancado, e Louis nem ao menos havia tocado nele. - "E é por isso que você tenta ser melhor que os outros, uh? Você quer dar orgulho pro seu papai.Quer dar a volta por cima. Mas você é, e sempre vai ser apenas uma vergonha". - Louis se levantou e acendeu a luz.

Os olhos de Harry estavam fechados. Ele estava deitado no chão, suas bochechas eram avermelhadas, desciam um filete de sangue por entre os lábios de Harry. Seus dentes ainda estavam fincados nos mesmos.

Alguma coisa abateu Louis, ele pensou por um instante que nunca mais queria ver uma cena com aquela. Ele se sentiu algo, definitivamente não era remorso. Ele não se arrependia das coisas que fazia e não seria por um cuzão como Harry, que isso iria acontecer.

"Amor não existe, Harry". - Louis se ajoelhou para sussurrar no ouvido do garoto que estava com os olhos fechados. - "Olha o que esse amor fez com você. Fez você se sentir um lixo. Amor fez com que seu pai o odiasse. Amor só serve para quebrar, queimar e acabar com a gente". - Louis amaciou os cachos de Harry, quase que ele pediu para que o garoto parasse de chorar. Se Harry não estivesse tão alheio e magoado talvez ele tivesse percebido o quanto Louis estava afetado com as próprias palavras. - "Você é um ingênuo, Nicholas iria apenas transar com você e depois te deixaria, sabe como eu sei disso?" - Como o esperado Harry não respondeu. Ele apenas se encolheu mais e fungou algumas vezes.

Louis pensou em lhe dar a resposta mais tarde e apenas saiu deixando Harry e seus fantasmas no chão de uma sala de música.

[...]

Original Prankster | L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora