Alô galera do Upper Side, eu fiquei sabendo que uns certos amigos foram ao cinema, e não foi para assistir ao lançamento de Velozes e Furiosos.O filme ? Esse segredinho eu ainda não vou contar.
– O que ela quer dizer com isso ? – perguntou Nate, guardando o celular no bolso.
– Sei lá, vai saber o que se passa na mente dessas pessoas...
– O filme até que foi legal. – revelou Nate
É claro que o filme prendeu Dan, que se não fosse pela preocupação com Nate e sobre o que ele estava achando daquilo, ele não ficaria para trás, pois Nate foi quem manteve os olhos grudados na tela.
– Sério que você gostou ? – Dan perguntou impressionado
– Claro. – Nate disse como se fosse obvio – O cara era cego, e conheceu um melhor amigo, o que ele nunca havia tido antes, as coisas começam a ficar interessante, a partir daí. Porque ele tá gostando, e é algo natural, não é como hoje em dia que todo mundo faz maior auê. – Dan estava chocado com as palavras de Nate, afinal, Archibald estava se revelando um defensor e também mostrando que não era contra o que Dan era. Embora ele não soubesse que Dan estava no grupo do garotinho cego
– É tem isso também...
– Dan? – Alguém o chamou, e ele reconhecia aquela voz, voz que sussurrou em seus ouvidos várias vezes, uma voz que falou seu nome por vezes incontáveis. O que Mark estaria fazendo ali? – Vejo que você arrumou outra companhia pra essa noite.
Mark disse com um certo receio na voz, Nate observava a cena sem tentar se entrometer, mas não estava entendo o porque do cara falar como se fosse uma reclamação.
– Na verdade...– Nate tomou a vez antes de Dan ter alguma reação. – Foi eu quem insisti, já que você teve que cancelar de última hora, e o Dan queria estudar o roteiro e a história, então tive que vim.
– Estudar é ? – Mark zombou, o que fez o sangue de Dan ferver, queimar.
– Mark, porque você não se manda daqui? Acho que na ultima conversa você deixou as coisas bem clara, não ?
– É...deixei sim. – Mark disse secamente, mas continuou encarando Nate, o ciúme por Dan ter sido mais rápido que ele era quase notório.
– O que esse cara quer ? E o que foi isso – Nate perguntou quando Mark se afastou de vez.
– É um babaca.
– É deu pra ver – Nate respondeu como se fosse obvio, e era. – Mas não entendi porque ele ficou me encarando, tipo com raiva por você ter arrumado alguém pra vim com você.
– Ele com certeza deve pensar que você é algum editor – Mentiu Dan.
– Ahhh, sendo assim, fico feliz, por fazer ele quebrar a cara
***
– Eu não acredito que ele teve a ousadia de falar com você ? – Blair disse gritando.
– Teve, e ainda ficou encarando o Nate.
Blair era a única que sabia que Dan era Gay, afinal de contas eles eram melhores amigos, desconfio que a vida os fez assim, porque uma ligação entre Dan Humphrey e Blair Waldorf é quase inquebrável.
– Nossa! O Nate desconfiou de algo ?
– Não... graças a Deus,não.
Os celulares biparam, dois sons distintos, e é claro que o primeiro pensamento é que seria euzinha aqui, mas dessa vez não.
Blair e Dan se entre-olharam quando viram que a mensagem era de Chuck."O avô do Nate faleceu, ele precisa da gente. C." Blair colocou a mão na boca, chocada, os olhos encheram-se de lagrimas.
– Blair...– Dan a abraçou.
– Ele deve tá arrasado, Dan. Ele amava o avô, e era o favorito dele.– Blair disse com a voz entre-cortada.
– Precisamos ser forte para ajudar eles, principalmente Nate.
Blair limpou as lágrimas que caiam.
Perder alguém é como perder parte de si, perder alguém da família para sempre é mil vezes pior, partir e não dizer adeus, partir sem dizer um último "eu te amo", partir sem dizer o quanto aquela pessoa significou. O mundo de Nate girava, o terno o apertava mais que o normal, era como se ar lhe faltasse, lágrimas queriam sair, mas ele estava se segurando, não queria chorar, precisava se demonstrar forte, como o avô lhe ensinara.
– Dan vá na frente, eu vou esperar o Chuck aqui na entrada, okay ? – Pediu Blair.
– Tudo bem. – Dan concordou, embora contra a sua vontade, pois não sabia como lidar com a situação, não sabia como Nate estava, não sabia o que se passava. Não sabia como o ajudar, como dar força,era uma morte, e mortes não tem solução, não há concerto para uma vida tirada.
As portas do elevador se abriram, a sala estava lotada, de familiares e amigos, era nítida a tristeza, a mãe de Nate soluçava no sofá, enquanto suas amigas a calentavam. Dan procurou Nate, mas não o encontrou no meio da pequena multidão.
– Dan! – uma voz feminina o chamou
– Oi Eleanor. – Ele disse ainda olhando por cima a procura de Nate.
– Aonde está a Blair, ela disse que viria com você. – Perguntou a mãe preocupada.
– Sim, ela já vai subir, está esperando o Chuck chegar.
– ahh, sim – Ela disse com um tom de desgosto.
– Você viu o Nate? – Perguntou Dan, já cansado de procurar.
– Sim, ele está no quarto, pobre garoto, está arrasado.
– Eu vou lá
– Vá querido.
Dan entrou no quarto, silenciosamente, não queria interromper o momento de Nate, poderia sair se quisesse. Mas Nate só estava olhando para avenida de sua janela.
– Ei ! – Dan disse com um voz triste.
Nate virou instantaneamente, assustado, Dan já tinha se aproximado dele, quando Nate lhe estendeu os braços para um abraço que Dan não esperava, o choro foi instantâneo, as lagrimas e os soluços de Nate desabrocharam, como se estivessem apenas esperando por um ombro pra chorar. Dan não conseguiu resistir, ver o amigo chorando lhe abalava.
– Vai ficar tudo bem, beleza ? – Dan dizia para ele, ainda em seu ombro
– Ele tava tão bem. – Nate disse entre soluços, fazendo Dan sentir o calor e sussurrar em sua orelha, o que não era o melhor momento, ou a melhor pessoa, segundo ele.
– Você tem que ser forte, a gente vai tá aqui, pra passar por isso com você. – Nate viu que não estava sozinho...e que não precisava passar por aquilo sozinho. Ele se afastou do abraço de Dan.
–Obrigado,cara. – Ele disse enxugando as lágrimas.
No enterro, Dan ficou ao lado de Nate, embora ele quisera ficar para trás, Nate sempre o puxava para o lado, Blair caminhava do lado dele, e Chuck do lado da B. No momento, Dan era a força de Nate, porque não importa o tempo para os Upper East Siders, o que importa é a amizade.
Próximo Capitulo....
Um passarinho me contou que um certo Van Der Woodsen está de volta, depois da família ter se debandado para Malibu, parece que alguém sentiu a nossa falta,porque apesar de dizer que nos odeia, eles nos amam, e amam mais ainda as nossas intrigas, ou melhor dizendo amam a mim, não é mesmo Eric?
O celular de Dan vibrou.
" O Eric, tá de volta. B"
" Você acha que le voltou porque ? D. "" Por você, obvio. "
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Boys In Inside
Roman d'amourO mundo da voltas não é ? Quem diria que um dia ele daria essa volta, que os novos ventos soprasse tal destino, quem diria que tal flecha do amor viria envenenada de engano. Tenho uma história para contar para vocês queridos, e adivinhem? É uma hist...