Capitulo 2

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Alô galera do Upper Side, eu fiquei sabendo que uns certos amigos foram ao cinema, e não foi para assistir ao lançamento de Velozes e Furiosos.O filme ? Esse segredinho eu ainda não vou contar.

– O que ela quer dizer com isso ? – perguntou Nate, guardando o celular no bolso.

– Sei lá, vai saber o que se passa na mente dessas pessoas...

– O filme até que foi legal. – revelou Nate

É claro que o filme prendeu Dan, que se não fosse pela preocupação com Nate e sobre o que ele estava achando daquilo, ele não ficaria para trás, pois Nate foi quem manteve os olhos grudados na tela.

– Sério que você gostou ? – Dan perguntou impressionado

– Claro. – Nate disse como se fosse obvio – O cara era cego, e conheceu um melhor amigo, o que ele nunca havia tido antes, as coisas começam a ficar interessante, a partir daí. Porque ele tá gostando, e é algo natural, não é como hoje em dia que todo mundo faz maior auê. – Dan estava chocado com as palavras de Nate, afinal, Archibald estava se revelando um defensor e também mostrando que não era contra o que Dan era. Embora ele não soubesse que Dan estava no grupo do garotinho cego

– É tem isso também...

– Dan? – Alguém o chamou, e ele reconhecia aquela voz, voz que sussurrou em seus ouvidos várias vezes, uma voz que falou seu nome por vezes incontáveis. O que Mark estaria fazendo ali? – Vejo que você arrumou outra companhia pra essa noite.

Mark disse com um certo receio na voz, Nate observava a cena sem tentar se entrometer, mas não estava entendo o porque do cara falar como se fosse uma reclamação.

– Na verdade...– Nate tomou a vez antes de Dan ter alguma reação. – Foi eu quem insisti, já que você teve que cancelar de última hora, e o Dan queria estudar o roteiro e a história, então tive que vim.

– Estudar é ? – Mark zombou, o que fez o sangue de Dan ferver, queimar.

– Mark, porque você não se manda daqui? Acho que na ultima conversa você deixou as coisas bem clara, não ?

– É...deixei sim. – Mark disse secamente, mas continuou encarando Nate, o ciúme por Dan ter sido mais rápido que ele era quase notório.

– O que esse cara quer ? E o que foi isso – Nate perguntou quando Mark se afastou de vez.

– É um babaca.

– É deu pra ver – Nate respondeu como se fosse obvio, e era. – Mas não entendi porque ele ficou me encarando, tipo com raiva por você ter arrumado alguém pra vim com você.

– Ele com certeza deve pensar que você é algum editor – Mentiu Dan.

– Ahhh, sendo assim, fico feliz, por fazer ele quebrar a cara

***

– Eu não acredito que ele teve a ousadia de falar com você ? – Blair disse gritando.

– Teve, e ainda ficou encarando o Nate.

Blair era a única que sabia que Dan era Gay, afinal de contas eles eram melhores amigos, desconfio que a vida os fez assim, porque uma ligação entre Dan Humphrey e Blair Waldorf é quase inquebrável.

– Nossa! O Nate desconfiou de algo ?

– Não... graças a Deus,não.

Os celulares biparam, dois sons distintos, e é claro que o primeiro pensamento é que seria euzinha aqui, mas dessa vez não.
Blair e Dan se entre-olharam quando viram que a mensagem era de Chuck.

"O avô do Nate faleceu, ele precisa da gente. C." Blair colocou a mão na boca, chocada, os olhos encheram-se de lagrimas.

– Blair...– Dan a abraçou.

– Ele deve tá arrasado, Dan. Ele amava o avô, e era o favorito dele.– Blair disse com a voz entre-cortada.

– Precisamos ser forte para ajudar eles, principalmente Nate.

Blair limpou as lágrimas que caiam.

Perder alguém é como perder parte de si, perder alguém da família para sempre é mil vezes pior, partir e não dizer adeus, partir sem dizer um último "eu te amo", partir sem dizer o quanto aquela pessoa significou. O mundo de Nate girava, o terno o apertava mais que o normal, era como se ar lhe faltasse, lágrimas queriam sair, mas ele estava se segurando, não queria chorar, precisava se demonstrar forte, como o avô lhe ensinara.

– Dan vá na frente, eu vou esperar o Chuck aqui na entrada, okay ? – Pediu Blair.

– Tudo bem. – Dan concordou, embora contra a sua vontade, pois não sabia como lidar com a situação, não sabia como Nate estava, não sabia o que se passava. Não sabia como o ajudar, como dar força,era uma morte, e mortes não tem solução, não há concerto para uma vida tirada.

As portas do elevador se abriram, a sala estava lotada, de familiares e amigos, era nítida a tristeza, a mãe de Nate soluçava no sofá, enquanto suas amigas a calentavam. Dan procurou Nate, mas não o encontrou no meio da pequena multidão.

– Dan! – uma voz feminina o chamou

– Oi Eleanor. – Ele disse ainda olhando por cima a procura de Nate.

– Aonde está a Blair, ela disse que viria com você. – Perguntou a mãe preocupada.

– Sim, ela já vai subir, está esperando o Chuck chegar.

– ahh, sim – Ela disse com um tom de desgosto.

– Você viu o Nate? – Perguntou Dan, já cansado de procurar.

– Sim, ele está no quarto, pobre garoto, está arrasado.

– Eu vou lá

– Vá querido.

Dan entrou no quarto, silenciosamente, não queria interromper o momento de Nate, poderia sair se quisesse. Mas Nate só estava olhando para avenida de sua janela.

– Ei ! – Dan disse com um voz triste.

Nate virou instantaneamente, assustado, Dan já tinha se aproximado dele, quando Nate lhe estendeu os braços para um abraço que Dan não esperava, o choro foi instantâneo, as lagrimas e os soluços de Nate desabrocharam, como se estivessem apenas esperando por um ombro pra chorar. Dan não conseguiu resistir, ver o amigo chorando lhe abalava.

– Vai ficar tudo bem, beleza ? – Dan dizia para ele, ainda em seu ombro

– Ele tava tão bem. – Nate disse entre soluços, fazendo Dan sentir o calor e sussurrar em sua orelha, o que não era o melhor momento, ou a melhor pessoa, segundo ele.

– Você tem que ser forte, a gente vai tá aqui, pra passar por isso com você. – Nate viu que não estava sozinho...e que não precisava passar por aquilo sozinho. Ele se afastou do abraço de Dan.

–Obrigado,cara. – Ele disse enxugando as lágrimas.

No enterro, Dan ficou ao lado de Nate, embora ele quisera ficar para trás, Nate sempre o puxava para o lado, Blair caminhava do lado dele, e Chuck do lado da B. No momento, Dan era a força de Nate, porque não importa o tempo para os Upper East Siders, o que importa é a amizade.

Próximo Capitulo....

Um passarinho me contou que um certo Van Der Woodsen está de volta, depois da família ter se debandado para Malibu, parece que alguém sentiu a nossa falta,porque apesar de dizer que nos odeia, eles nos amam, e amam mais ainda as nossas intrigas, ou melhor dizendo amam a mim, não é mesmo Eric?

O celular de Dan vibrou.

" O Eric, tá de volta. B"
" Você acha que le voltou porque ? D. "

" Por você, obvio. "

Boys In InsideOnde histórias criam vida. Descubra agora